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Pensem em uma pessoa sem sorte, pois bem, essa pessoa sou eu, perdi minha mãe quando eu tinha 7 anos de idade em um acidente de carro, meu irmão mais velho, Dylan, até que é um cara legal mas, depois que nosso pai se viciou em jogos e bebidas meu irmão praticamente sumiu no mundo sem deixar muitas pistas.
Dylan se deu bem na vida e é dono de uma concessionária de carros, tudo que eu sei dele é que vai se casar, mas nem o nome da sua noiva eu não sei, e tudo isso só para o papai não descobrir onde ele estar para não ter que dar dinheiro para os seus vícios, mas já faz mais de um ano que não sei do meu irmão e ele nem imagina que nosso pai foi assassinado a seis meses, ele foi vítima de agiotas a quem ele devia muito dinheiro e não tinha como pagar.
Por mais que meu irmão pagasse suas dívidas, papai sempre fazia outras e mais outras na qual ele pagou com a própria vida, e aqui estou eu sozinha nessa casa ainda sofrendo a sua morte, mas também com raiva dele por ter cometido a loucura de nomear um guardião pra cuidar de mim, não sou mais criança não preciso de babá ou de pais adotivos, sei muito bem me virar sozinha mas obviamente meu pai não pensava assim, aliás, acho até que ele já imaginava qual seria o seu fim e que esse fim já estava próximo, pois antes de morrer deixou alguns documentos e um testamento informando que a casa foi penhorada para pagar suas dívidas, e como ele não conseguiu recuperar os documentos da casa, eu terei que sair daqui, terei que morar com essa pessoa na qual ele nomeou meu guardião legal até que eu complete meus 21 anos de idade "mas que droga é essa?"
Eu preferia ficar com meu irmão mas pelo o que eu fiquei sabendo, meu pai não conseguiu localizá-lo antes de fazer esse maldito documento.
— Srta. Fontinelli! As suas malas já estão no carro, temos que ir agora. — Avisa um dos advogados que veio a mando do meu guardião legal e que eu nem imagino quem seja esse sujeito.
— Eu não vou sair daqui! EU NÃO QUERO IR! NÃO QUERO! — Grito com as lágrimas escorrendo pelo meu rosto e tento correr pelo corredor indo para o meu quarto, mas um dos seguranças me alcança antes que eu chegue no mesmo.
— Não complica as coisas senhorita, vai ser bem mais fácil se você cooperar com a gente. — Diz o segurança com seus braços a minha volta e sua voz me faz tremer.
— Tudo bem eu vou... Mas me solta por favor? Eu não vou correr. — Peço me acalmando e ele me solta devagar com receio de que eu corra novamente.
Me viro para encará-lo e me surpreendo por ele ser bem mais jovem do que eu pensava, ele aparenta ter uns 24 anos mais ou menos e é muito bonito por sinal. O segurança me dá passagem e eu passo por ele voltando até a sala "eu não acredito que estou aceitando tudo isso assim com tanta facilidade, mas por outro lado eu não tenho para onde ir e também sou obrigada a aceitar essa situação".
O trajeto para o meu novo destino foi bem demorado já que tivemos que sair da cidade, posso perceber que estamos em uma das áreas mais caras e luxuosas de Chicago, me impressiono com isso e meu queixo cai ao ver diante de mim mansões tão lindas como essas.
Alguns poucos minutos depois o carro entra por um enorme portão de aço preto me dando a visão de uma belíssima mansão, e mais uma vez o meu queixo cai com tamanha beleza.
Entramos na mansão e eu fico encantada admirando tudo como se estivesse em outro mundo, essa pessoa deve ser podre de rica para ter um lugar como esse só para si, eu nunca imaginei que lugares como esses existissem de verdade, mas aqui está a prova de que eu estava redondamente enganada.
Enquanto eu admiro tudo de boca aberta uma senhora apareceu ao meu lado, com um sorriso gentil no rosto me encarando atenta.
— Olá, seja bem vinda, eu me chamo Carmen e sou a governanta da casa, é um prazer conhecê-la. — Ela me estende a mão com aquele mesmo sorriso gentil no rosto e rapidamente eu pego-a.
— O prazer é todo meu Sra. Carmen, eu me chamo Carolina, mas pode me chamar de Carol se preferir. — Cumprimento-a meio sem graça e ela sorrir para mim.
— Oh minha querida me chame apenas de Carmen, está bem? — Diz enquanto me leva para o centro do holl de entrada que é linda por sinal. — O Sr. Colliman não pôde esperar por você porque ele teve uma emergência na empresa, e não teve como deixar de ir, mas ele disse que no jantar estará em casa para conhecê-la. — Explica ela tranquilamente e eu começo a ficar meio nervosa por saber que não me livraria desse cara no jantar também.
— Tudo bem Carmen não se preocupe com isso, é até melhor porque assim eu posso me acomodar primeiro antes de conhecer esse senhor. — Concordo meio cabisbaixa e apreensiva e ela percebe.
— Oh meu anjo, eu sinto muito por você está passando por uma situação como essa, o patrão me contou sobre a sua situação e é lamentável você passar por tudo isso, apesar do Sr. Colliman ser um homem muito sério eu tenho certeza de que você vai se adaptar a essa casa. — Diz a última parte com um imenso carinho na voz e eu espero realmente me adotar a tudo isso.
— Obrigada Carmem, pelo menos com você eu tenho certeza de que vou me dar bem, eu gostei muito de você. — Afirmo um pouco mais empolgada e por impulso eu abraço-a e rapidamente ela retribui.
— Não tenha dúvidas disso, querida, porque eu também gostei muito você e sei que vamos nos dar muito bem. — Diz se soltando de mim com um sorriso amoroso no rosto. — Agora vamos, vou te levar até o seu quarto e você pode me chamar se precisar, está bem? — Avisa enquanto subimos as escadas para o andar de cima.
Não respondo nada apenas assenti e continuamos a subir. Já no topo da escada avisto dois corredores imensos um de cada lado da casa, mas seguimos pelo corredor da direita onde há apenas três portas, uma de cada lado do corredor e uma no final dele, no corredor do outro lado da casa há várias portas onde Carmem disse que ficam os quartos de hóspedes, fiquei intrigada com isso.