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Roberta
Um local chamado Bar das Sensações, agitado e frequentado por pessoas menos abastadas financeiramente. Cheguei com meu uniforme de trabalho dentro da bolsa para cumprir o ritual de sempre, me trocar dentro do banheiro enquanto ainda era possível entrar nele. As outras meninas e eu sempre fazíamos isso.
— Animada, Robertinha?
— Daquele jeito, cheguei com vontade de ir embora! — sorrimos.
Aqui não temos muitos funcionários e todo o serviço é dividido entre nós, que ainda suportamos trabalhar aqui, obviamente por falta de uma opção melhor.
Essa é mais uma noite cansativa de trabalho. Todo fim de semana é agitado, mas na sexta-feira aqui é um verdadeiro caos. Carrego combos e combos de cerveja para matar um pouco da sede desses bêbados que parecem insaciáveis.
Aqui é sempre assim, cheio de pinguços que já vêm de outros lugares com a cara cheia e dispostos a criar confusão por qualquer coisa. Meu trabalho aqui não é apenas como garçonete ou atendendo no bar, sou uma espécie de faz-tudo nesse lugar. Minha vida nunca foi fácil, então não me dou o direito de reclamar do que faço para sustentar a nossa casa.
— Vá agora no beco. Roberta, aquele vagabundo da mesa três saiu sem pagar e a culpa é sua!
Não posso acreditar que mais uma vez vou ter que me submeter a fazer esse tipo de trabalhinho. O imbecil do segurança falta mais do que vem ao trabalho, e quando isso acontece, sobra para mim.
Eu nunca tive medo de cobrar esses homens. A maioria está bêbada demais para querer me agredir. O fato é que não estou disposta a ouvir mais ofensas nesta noite. Minhas pernas estão super doloridas e tudo que eu quero é que essa droga de música alta acabe para que possamos ser liberados e ir para casa descansar.
Sai irritada abrindo a porta dos fundos. Caminhei rapidamente pelo beco, ouvindo o som da música diminuir conforme avançava. Havia chovido recentemente, e eu tentava desviar das poças de lama.
Comecei a ouvir uns gemidos e alguns sons de socos. À frente no beco, havia dois homens e um deles estava sendo agredido violentamente. Olhei para o meu celular, senti uma imensa vontade de chamar a polícia naquele instante, mas também estava tão trêmula que acho que nem conseguiria discar nenhum número.
— Confessa, filho da mãe. Acha que vou te dar mais tempo do que já dei?
— Por favor, Érick. Estou falando a verdade.
Quanto mais aquele homem implorava por sua vida, mais violentamente era agredido, e eu estava chocada. Até que aquele monstro agressor retirou um soco-inglês, colocando-o em sua mão para causar ainda mais estrago do que já havia feito...
Fechei os olhos, mas ouvi o primeiro som da agressão e o grito de dor que aquele homem deu.
Antes que uma desgraça terrível acontecesse diante dos meus olhos, voltei correndo, mas fui pega por alguns homens. Eles queriam me colocar dentro de um carro, mas comecei a gritar desesperadamente, chamando a atenção do homem que estava agredindo o outro. Ele vinha em nossa direção.
— Chefe, pegamos essa bonequinha aqui de olho no que não interessa a ela. O que acha de cortarmos a língua dela ou o pescoço, para ensiná-la a manter um bom segredo?
Comecei a chorar desesperadamente. Aquele homem então entregou o outro, que estava agredindo, nas mãos de seus subordinados, e se aproximou mais de mim. Parte inferior do formulário
— O que está acontecendo, Roberta? — Respirei aliviada ao ouvir a voz do seu Jorge, o dono do bar onde eu trabalho. Apesar de saber que ele é apenas um velho e jamais poderia lidar com todos aqueles homens, pelo menos era alguém para me ajudar ou me ver morrer.
— Perdoe-me, senhor. Só estávamos tomando conta da sua funcionária! — Após ter visto os métodos daquele homem, eu só podia ter muito medo do que ele estava prestes a fazer comigo. Sua resposta debochada me deixou ainda mais apavorada.
— Não sei o que está acontecendo, mas vou levar a moça de volta para dentro e, por favor, nos desculpe pelo inconveniente, senhores!
— Certo, senhor. A garota pode voltar ao trabalho, mas tenha muito cuidado daqui para frente, moça!
Seu Jorge me puxou pela mão, praticamente jogando-me de volta para dentro do bar. Ele percebeu que eu estava gelada e trêmula, e ele não podia imaginar todo o medo que senti com aquela situação. Ou, na verdade, ele percebeu que aqueles caras eram barra pesada. Não consigo me lembrar se já havia visto algum deles pelo bar em algum momento.
— Não sei o que viu, menina, mas trate de esquecer e manter a boca fechada.
— Não se preocupe, senhor J. Tudo o que quero é esquecer essa noite e poder ir para casa.
— Então vá, uma vez. Por hoje, está liberada!
Parecia um grande milagre ele ter me mandado para casa mais cedo. Isso quase nunca acontecia, mesmo assim, eu tratei de aproveitar esse milagre. Seria incapaz de servir apenas uma mesa com toda a tensão que ainda sinto dentro de mim.
Sempre que voltava tarde da noite, precisava caminhar até um ponto de ônibus próximo ao bar. Depois de tudo aquilo que vi, fiquei com a imagem e a voz daquele homem em minha cabeça durante todo o percurso.
Parei no ponto de ônibus e esperei mais 5 minutos até que o próximo coletivo passou, e eu dei graças a Deus por isso. Quem sabe se algum daqueles homens não estava me seguindo e só esperando o momento certo de acabar com a minha vida, sentada naquele banco frio. Minha mente não conseguia pensar em outra coisa além dos olhos daquele homem sendo agredido covardemente.
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