O caminho para seu coração
A proposta ousada do CEO
Uma noite inesquecível: o dilema de Camila
Minha assistente, minha esposa misteriosa
A esposa em fuga do CEO
Noiva por contrato - Bella mia(série: Destinos entrelaçados)
A Segunda Chance com Meu Amor Bilionário
Um casamento arranjado
A ex-mulher muda do bilionário
Acabando com o sofrimento de amor
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ALEXANDRA WILSON
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2018
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As turbinas do avião em que estávamos ressoavam em meus ouvidos, me deixando ainda mais animada para pular do jato. Meu irmão, Matthew, ajustava seus paraquedas, juntamente a mim, que estava tão entusiasmada que demorei alguns segundos a mais para conseguir ajustar as amarras. Eu estava entusiasmada com o que estava prestes a fazer, já que eu adorava esse tipo de missão. Adorava a emoção de voar e sentir os a brisa em meu rosto, mesmo que fosse apenas para uma missão e que logo eu tivesse que pisar os pés no chão e me arriscar com algo. Ventos frios entravam pela abertura do jato, soprando meus cabelos, antes mesmo de eu colocar o capacete que estava em minhas mãos.
— Isso é incrível! — exclamei baixinho, mas satisfeita por estar ali, ainda mais com essa sendo a primeira missão que eu faria junto com o meu irmão para a Superintendência Mundial de Intervenção. Eu estava orgulhoso e contente por estar com ele ali naquele avião.
Estava quase na hora de pularmos do veículo, destino a uma das bases secretas de uma organização criminosa denominada como Gênesis, que para mim, ainda é um tanto quanto desconhecida, já que o pouco que eu sabia sobre o lugar, era das poucas palavras que eu havia lido de relatórios. Só sabia que a agência toda havia sido criada com base nessa organização terrorista, eu não sabia o que eles faziam, não sabia quem eram. Geralmente, agentes como eu, de baixo nível, ainda não tinha tanto acesso a informações assim como o nível um, mas um dia eu conseguiria entender um pouco mais desse mundo.
— Alex, tem certeza de que quer ir? — Matthew terminou de arrumar suas coisas, ele perguntou preocupado, sabendo que eu havia passado por um mau estar hoje mais cedo, mas já estava me sentindo um pouco melhor. Até me questionei sobre o que se tratava meu mau estar, já que eu já havia sentido aquilo antes. Mas acredito que seja por falta de vitaminas.
— Absoluta. Tenho certeza absoluta, Matt — concordei e sorri, mesmo que ele não estivesse vendo meu rosto. — Foi só uma torturazinha, Matt, eu me sinto bem melhor agora. — estapeei o vento e me virei para alcançar uma pequena maleta na cor preta.
Quando eu me virei para olha-lo, meu irmão me encarou com uma feição assombrada e assustada, me observando de forma estranha e preocupada ao mesmo tempo. Logo, a feição feição em seu rosto se tornou ainda mais confusa para mim. Embora soubesse que eu não estava muito bem desde cedo, não imaginei que ficaria daquele jeito preocupado o tempo todo, achei que ficaria mais relaxado quando visse que eu estava até mesmo animada para a nossa missão e que eu queria fazer aquilo.
— Alex, — chamou minha atenção, se aproximando um pouco mais de mim e me analisando. — o seu nariz, ele... — começou a falar, mas logo parou, apontando o dedo para meu nariz. Franzi o senhor confusa, e senti uma pequena pontada em minha cabeça, uma dor aguda, mas não tão insuportável quanto parecia.
Levei a minha mão até meu rosto, tocando o local onde ele havia acusado e me alarmado para algo que não estava correto. Quando retirei minha mão do rosto, abaixei meu braço e meus olhos encararam o sangue de cor vermelha escarlate que manchava as pontas de meus dedos, me fazendo ficar estagnada e parada no lugar, apaneas encarando o sangue, como se eu meu cérebro tentasse processar de onde saia aquilo e o porque de eu estar sangrando assim do nada. E o pior de tudo é que eu odiava ver sangue, tinha até mesmo pavor de tal coisa.
— Deve ser... O ar. Eu acho. — tentei arrumar uma explicação para aquilo, mas não parecia fazer sentido nem mesmo para mim. E acredito que foi por isso mesmo que não consegui pronunciar mais nenhuma palavra.
Nenhuma outra palavra fora pronunciada depois daquele momento, e pelo que eu percebi em poucos segundos, nem mesmo a minha mente tentava se comunicar em silêncio, tentando entender toda a situação ainda. Meu corpo cambaleou um pouco para frente, e depois para trás e quando eu fui para tentar me apoiar em algo, não consegui me manter sobre meus próprios pés, e logo meu corpo se chocou contra o chão frio da aeronave, fazendo minha cabeça bater com certa brutalidade e fazendo com que o barulho agudo aumentasse ainda mais. Ainda um pouco conciente por conta da queda que havia sofrido, mal consegui sentir as mãos de Matthew tentando me ajudar e sua boca se abrir e fechar, mas eu não conseguia escutar nenhuma palavra sequer. Era tudo um grande eco dentro da minha cabeça, me deixando surda por algum momento e desnorteada. A única coisa em que eu tinha certeza naquele momento é que a minha missão estava completamente arruinada e que eu provavelmente não teria mais a chance de atuar ao lado do meu irmão. Eu não iria mais pular de paraquedas, e eu só queria pular de paraquedas naquele dia.
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ALEXANDRA WILSON
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2020
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Quantos tropeços na rua uma pessoa precisa dar para chegar em um mísero e único lugar?
Isso era o que eu questionava em minha mente, depois de ter tropeçado duas vezes em uma única calçada enquanto andava normalmente, quase caindo e dando de cara no chão frio, e deixado os meus papéis caírem e se espalharem pelo chão em uma das vezes em que eu havia tropeçado. Era o meu primeiro dia de trabalho, eu deveria tentar me manter o mais confiante possível para que a grande equipe me visse, afinal, eu estava finalmente no nível um, mas eu já estava me atrapalhado toda antes mesmo de chegar ao local de encontro.
Ter uma boa coordenação motora não era muito bem o meu forte, e no momento, não estava sendo muito bem a minha prioridade.
Todo esse rebuliço não era de total culpa minha, já que eu mesma tive que estacionar o meu carro a duas quadras do prédio onde eu trabalharia pelos próximos meses, e ainda mais cedo, tive que lidar com o problema irritante envolvendo minhas bagagens, que por algum motivo que ainda desconheço, não foram entregues a tempo para a minha mudança e acabaram sendo extraviadas. Em uma hora dessas, todas as minhas coisas já deveriam estar em Massachusetts ou algum outro lugar aleatório pelo país
Pouco mais de duas horas depois de eu ter pousado em Washington DC, finalmente consegui passar pela portaria do prédio, pegar o elevador e chegar no andar onde haviam me indicado.
Aposto que muitas das pessoas presentes naquela sala conseguiram ver e ouvir eu chegar pelo vidro enorme e transparente da janela da sala de reuniões. Provavelmente, o prédio todo já deveria ter escutado o barulho irritante do salto alto, que eu usava para me sentir um pouco mais alta, se chocar contra o chão várias e várias vezes por conta da pessoa em que eu estava andando. Meus passos eram apressados e desengonçados, quase que iguais aos de uma criança enquanto aprende a andar. Consegui ver também uma mulher loira e alta parada e com a mão em frente sua boca. Sharon escondeu seus sorriso zombeteiro ao perceber — antes de mim mesma — que muito provável eu iria dar de cara na porta transparente que estava fechada e eu não havia percebido, mas um homem alto, intercedeu a minha causa e a abriu rapidamente, me dando passagem para conseguir entrar no recinto, já que minhas mãos estavam ocupadas de mais naquele momento.
Um sorriso meigo e genuíno foi o meu agradecimento pela ajuda e gentileza que ele havia mostrado com a sua atitude, apesar de ele ter feito basicamente o mínimo e algo que qualquer pessoa educada faria.
— Nossa, como você é grande... — comentei sobre os prováveis um metro e noventa do homem loiro que havia me ajudado. — vemos que ninguém aqui precisa de escadas para trocar uma lâmpada. — deixei escapar, observando todas as pessoas altas na sala e ele riu. — Só eu. — reclamei de meus trinta centímetros a menos que ele, fazendo careta. Nem mesmo meus saltos altos estavam resolvendo meu problema com altura, e perto dele, eu estava parecendo uma formiguinha.
— Quer uma ajudinha aí? — outra voz surgiu no ambiente, interrompendo minha troca de de olhares com o homem de cabelos loiros e ombros largos. Olhei para o outro, que estava com um de seus braços já esticado em minha direção. Era meu irmão, Matthew e ele se ofereceu, vendo que uma pilha de papéis estavam sobre os meus braços e um pouco pesados, pela forma desajeitada em que eu as carregava durante o meu percurso.
Acenti com a cabeça, aceitando a sua ajuda e me virei para o restante do grupo, já que ainda restava uma explicação vinda de mim por conta de meu grande atraso.
— Geralmente não sou tão atrapalhada assim. — coloquei uma de minhas mãos em minha cintura, e Sharon arqueou sua sobrancelha e Matt deu uma tossida, coçando a sua garganta e me olhando como se eu tivesse dito a maior mentira de todo o mundo. — Okay. — abaixei um pouco os ombros, perdendo um pouco da postura que eu queria mostrar. — Sou só um pouco pior do que isso. — soltei uma pequena risada. — Sou a agente Wilson, Alexandra Wilson, mas podem me chamar de Alex, se quiserem — sorri para todos de forma amigável e educada. — É um prazer ver todos vocês... Principalmente a Sherry. — sorri, apertando uma das bochechas da mulher loira com meu dedo indicador e o polegar, enquanto ela fazia careta.
— Não faça isso na frente de tantas pessoas, Girassol — a agente reclamou, revirando os seus olhos verdes e dando um tapa em minha mão, para que eu parasse de aperta-la como se ela fosse um grande bebê e eu uma avó orgulhosa. Observei ela se revoltando um pouco pelo jeito que eu a chamei.
— Então, — a voz veio de um outro homem, de cabelos pretos, cavanhaque e um pouco mais baixo que os outros, mas ainda sim maior que eu, se pronunciou pela primeira vez desde que eu cheguei. — vão dar as mãos uma para a outra e cantarem uma musiquinha esquisita como a do clube das winx, ou explicará o por quê do seu atraso? — Ele perguntou, em um tom sério. Engoli a seco, temendo uma bronca vinda daquele homem. — Nos fez esperar por muito tempo, agente Wilson. — e então, ele se levantou da cadeira onde estava sentado, vindo em minha direção e ficando em minha frente.
Senti que uma bronca se aproximar, odiei pensar naquilo. Fechei meus olhos rápidamente, alertando eles, mas logo abrindo. Não poderia acontecer uma coisa dessas, pelo menos não vindo de Gregory Heywie.
"Não!", minha mente exclamou, como se eu mesma estivesse me dando uma bronca.
— Me desculpem por tudo isso, eu não tinha nenhuma intenção de deixar todos vocês esperando por mim. — falei e o homem que eu achava um pouco intimidante gragalhou, me deixando surpresa e aliviada.
— Eu estou brincando com você. — me tranquilizou um pouco. — É um prazer lhe conhecer, Alex. — o bilionário tomou a liberdade de se aproximar e colocar seu braço aí redor de meus ombros, repousando o mesmo lá, como se estivesse me abraçando e fossemos os melhores amigos do mundo. Sorri, me sentindo um pouco mais tranquila com todo aquilo e com a recepção. Pelo menos eles não parecem me odiar. — Acho que não precisaremos de apresentações aqui, não é mesmo?
— Eu... — antes que eu falasse mais alguma palavra, ele tomou frente, me interrompendo.
— Tudo bem, eu faço as honras, então. — se ofereceu, mesmo eu conhecendo todas aquelas pessoas presentes na sala. Ele me puxou até a única mulher que fazia parte da equipe principal da SMI. — Essa belíssima mulher, de cabelos loiros oxigenados... — começou, fazendo com que Sherry revirasse os dois olhos novamente e cruzasse seus braços. — Desculpa. — ele riu, como se estivesse arrependido de sua fala anterior e fosse começar novamente a apresentação que já começou de forma errada. — Essa é Agente especial Sharon Campbell, o membro mais importante da nossa equipe, pois todos sabemos que por trás de grandes homens, há sempre uma grande mulher. Aqui, Sharon é quem faz todos nós ficarmos na linha e também é a nossa gênia da tecnologia da informação. Uma nerd da cadeira.
— Tenho que te informar, Gregory, mas eu já a conheço a muito tempo.
— Eu não ligo, só estou sendo educado e apresentando a moça.
Ele me puxou novamente, de forma brusca e me fazendo sentir uma criança carregada pelos pais.
— Esse, o nosso eletricista, — se lembrou de minha fala quando cheguei no cômodo, me senti envergonhada pelas minhas falas anteriores. Mas era o que sempre acontecia, eu abria a boca, falava merda e só ia me tocar disso depois de muito tempo. — é Dean Tompson. O Agente, não tão especial, Tompson é responsável por grande parte das decisões tomadas na equipe, e ele acha que é nosso líder, esse iludindo.
— Gregory, eu não acho que sou o líder da equipe, — se defendeu. — eu tenho certeza de que sou o líder. — ele deu uma advertência no homem, olhando sério para ele e cruzando os braços e revelando seus músculos.
— Tudo bem, continue pensando assim, querido. — zombou, dando de ombros e me puxando em direção ao último membro da equipe. — Esse é Matthew Evans, mas ninguém se importa com ele também. — falou como se meu irmão não fosse importante para a equipe. — sei que se conhecem muito bem, desde que saíram da barriga da mãe de vocês, não é mesmo? — fez careta e Matt revirou seus olhos também.
— Você irá se acostumar com o tempo, apesar de ser bem fácil a adaptação a equipe, creio que vai se divertir com o ótimo senso de humor que o Agente Heywie tem. — ele se aproximou, tirando o braço de Gregory do redor de meus ombros, me libertando daquela situação maçante. — Aliás, ele é o narcisista do nosso grupo, caso não tenha percebido isso ainda. E exibe seu talento de ser incoveniente muito bem, como todos nós podemos ver. — meu irmão forçou um sorriso, empurrando Gregory com a mão em seu peito e depois dando um leve soquinho em seu braço.
O homem levantou seus braços em sinal de rendição e deu um leve sorriso divertido, levando seu terno caro para um pouco mais longe de mim.