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Intensidade Do Amor a Guerra

Intensidade Do Amor a Guerra

Juliana Andrade

5.0
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Capítulo

Mariana Bermanelli é uma jovem estudante de administração, que pra tentar sua independência longe dos negócios do seu avô, começa a estagiar na segunda maior empresa do país. Essa empresa pertence a Henrique Bianchini, um homem apaixonado por sua empresa, totalmente focado em sua carreira e um dominador adepto do bdsm, sem a menor intenção de levar ninguém a sério, até conhecer Mariana. As coisas desandam quando no leito de morte seu avô, que além de ser o maior concorrente de Henrique, foi responsável por um grande problema na vida dela, pede que ela assuma os negócios da família. Mariana se afasta de Henrique após ele começar a enxerga-la como sua rival, e começa a reparar em Pedro, vice presidente da empresa de seu avô, um cara lindo e insuportável na mesma proporção também será capaz de mexer com sua cabeça, mas por estar sofrendo por Henrique, também acaba se interessando pelo BDSM e vê nisso uma nova forma de prazer e fuga.

Capítulo 1 Mariana

Hoje é o meu primeiro dia de estágio na empresa DomBian , uma das maiores e melhores empresas do país. Essa vaga foi bastante concorrida, mas tive a vantagem de ser uma das melhores alunas da turma e consegui me destacar.

Fiz questão de concorrer a essa vaga pra tentar a minha independência, longe da empresa do meu avô materno Mário Bermanelli, que por ironia do destino é a Lemari, concorrente direta da DomBian. Minha relação com o meu avô é bem complexa, pois através dele tive um problemão que quase me custou a vida, ensaio para mim, quanto mais longe melhor.

Me chamo Mariana Sobral Bermanelli, tenho 22 anos e sou estudante de administração. Sempre fui uma das melhores da turma, pois desde pequena sempre amei estudar. Fora isso sou atrapalhada, tímida e só consigo ser disciplinada quando o assunto é estudo e trabalho.

Sou a filha mais velha de Paulo Sobral e Ana Bermanelli Sobral e tenho um irmão de 17 anos que se chama Matheus.

Desde pequena tenho o exemplo do meu pai, que mesmo sendo genro de um dos homens mais rico do país, nunca quis tirar proveito disso e conseguiu tocar a pequena empresa que ele fundou um pouco depois de casar com minha mãe.

Meu avô não gostou da ideia de me ver na concorrência e insistiu que eu fizesse o estágio na empresa dele pra aprender sobre os negócios da família. Mas como disse, não quero depender dele e nem que ele tente controlar ou interferir na minha vida novamente. As lembranças de tudo o que aconteceu ainda estão bem vivas na minha memória, então prefiro o lado "inimigo" por enquanto.

Termino de me arrumar e me sento à mesa com meus pais e meu irmão mais novo. Conversamos enquanto tomamos café, e meu pai está super empolgado por eu ter conseguido o estágio. Minha mãe também está feliz, mas nem tanto. No fundo ela me vê como a possibilidade dela não ter que ficar no lugar do meu avô.

-Eu te desejo toda a sorte do mundo nesse primeiro dia, minha filha.

- Obrigada, papai. Eu estou super nervosa, com medo de alguma coisa dar errada

- Você é super competente, Mari _minha mãe diz_ Você vai tirar de letra esse estágio.

- Deus te ouça, mamãe. Agora preciso ir, não quero chegar atrasada no meu primeiro dia.

Dou um beijo na minha mãe e outro no meu pai. Coloco o endereço no GPS e dirijo até o endereço do meu novo emprego.

Como moro próximo ao centro da cidade, depois de 20 minutos estaciono meu carro e pego minhas coisas. Dou uma última olhada em meu rosto e ando até a recepção. Cumprimento a simpática recepcionista, que me cumprimenta com um belo sorriso.

- Bom dia, me chamo Mariana Bermanelli, estou aqui pelo estágio.

-Bom dia, o Sr Bianchini ainda não chegou, mas a secretária dele já está deve estar esperando. Só um minuto.

Ela pega o telefone e liga pra alguém, provavelmente pra secretária do tal Sr Bianchini. A ligação se encerra e ela pede minha identidade, fazendo meu cadastro e me entregando um cartão de acesso logo em seguida.

Eu sempre tive medo de elevador, morro de medo de cair ou algo do tipo, então como cheguei um pouco antes do horário consigo esperar a pequena fila acabar.

Entro e abaixo a cabeça, torcendo pra sair logo dali. Logo após alguém entra e pára na parte de trás do elevador, mas nem me preocupo em olhar.

Quando as portas estão prestes a se fechar, ouço uma voz vindo do lado de fora pedindo pra segurar o elevador. Em milésimos de segundos, enquanto penso se seguro ou não, a mão da pessoa impede que as portas se fechem.

- Não me ouviu pedir pra segurar a porta? Você é surda? Ouço a voz ríspida de um homem.

Levanto a cabeça e um homem baixo e calvo, aparentando ter uns 45 anos me olha de cara feia. Antes que eu pudesse responder, um rapaz atrás de mim se manifesta num tom autoritário.

- Deveria ser mais educado. Com certeza a moça não escutou seu pedido.

- Sim, Sr. Me desculpe, Srta. - O homem fala comigo e abaixa a cabeça. Não demora muito e ele sai do elevador.

Me viro pra agradecer, quando meus olhos encontram os olhos do homem que entrou e eu não vi, perco as palavras quando olho pra ele. Ele deve ter 1,80, ombros largos, os braços se destacam bastante, mesmo que ele esteja usando paletó, cabelos pretos e olhos castanhos.

Quando consigo voltar a raciocinar, chegamos no meu andar e ele passa por mim sem me dar a chance de agradecer.

Procuro pela secretária do Sr Bianchini e ela já está na porta de uma sala me esperando.

- Bom dia, Srta Bermanelli. Me chamo Bruna Ferraz e sou a secretária do Sr Henrique Bianchini.

- Bom dia, Bruna. Pode me chamar de Mariana, por favor. Vim pelo estágio.

- Tudo bem, Mariana. Me acompanhe, por favor, vou te mostrar o andar e onde você vai ficar. Depois te levo até o Sr Bianchini.

- Obrigada.

Bruna me mostra onde fica a sala de reunião, o almoxarifado, a copa, onde será a minha sala e enquanto ela vai me mostrando e me apresentando para as pessoas que estão presentes, fico pensando pra onde foi o homem que me defendeu no elevador.

Andamos até que Bruna pára na frente de uma porta, na porta está escrito "CEO" e imagino que seja a sala do tal Henrique Bianchini.

Ela bate na porta e logo ouvimos uma voz nos mandando entrar.

Assim que entro, me deparo com o homem do elevador e entendo pq o calvo mal humorado ficou tão nervoso quando viu quem ele era.

Mais uma vez me vejo sem palavras e fico paralisada com o olhar dele pra mim.

- Sr Bianchini, bom dia. Essa é a nova estagiária. ela diz com um sorriso simpático

- Bom dia, Srta. -Ele se levanta e aperta minha mão. - Me chamo Henrique Bianchini, o CEO.

- Bom dia, Sr Bianchini. Prazer em conhecê-lo. Me chamo Mariana, a estagiária. Digo sem graça.

- Sr Bianchini, se me der licença preciso arrumar a sala de reunião. Mariana, consegue achar sua sala sozinha?

- Sim, Bruna. Obrigada pela recepção.

- Pode se retirar, Srta Ferraz. Se a Srta aqui precisar, eu ensino o caminho pra ela.

Bruna sai e Henrique se senta novamente, enquanto eu fico em pé segurando meus dedos.

- E então, Srta...?

- Bermanelli.

- Bermanelli... Srta Bermanelli. Animada em fazer parte dessa empresa?

- Sim, senhor.

Respondo e noto que ele me olha dos pés a cabeça, depois da um sorriso de canto de boca.

- Gosto assim. Bem, prazer em conhecê-la, Srta Bermanelli. Ainda nos encontraremos muitas vezes. Agora precisamos trabalhar, consegue se achar sozinha?

- Acredito que sim. Muito obrigada por ter me defendido no elevador.

- Não precisa agradecer, ele foi mal educado e eu não tolero isso. Ainda mais com uma dama tão bonita quanto a Srta. Tenha um ótimo dia.

Henrique se levanta e abre a porta pra mim. Ele me cumprimenta com outro aperto de mão e dessa vez sinto como se me ligassem na tomada, todo meu corpo se esquenta ao toque dele. Eu sorrio pra ele tentando disfarçar meu nervosismo, mas ele parece perceber.

- Tudo bem? Você parece nervosa.

- Tudo bem sim, é só nervosismo da primeiro vez. Até a próxima.

Saio quase correndo dali e adianto meus passos até chegar na minha sala. Me sento e espero o restante do pessoal chegar, enquanto sorrio feito boba por lembrar da sensação que senti ao toque dele. Nunca tinha sentido nada parecido antes.

Meus pensamentos são interrompidos pela Bruna, que me entrega alguns documentos pra passar pro computador.

Agradeço mentalmente por isso, talvez ocupando a cabeça esqueço esses pensamentos bobos.

Passo a manhã inteira ocupada entre digitalizar os documentos e tirar minhas dúvidas com a Alice, uma estagiária que já está aqui há um pouco mais de um ano, e com o Gabriel assistente administrativo e responsável por nós duas.

Alice é bem alto astral, solícita e simpática. Ela tem dois anos a mais que eu, é ruiva e tem sardas pelo rosto.

Gabriel é mais fechado mas também é legal. Ele é magro, tem cabelos curtos e usa óculos.

- Mariana, podemos continuar depois do almoço? Eu preciso ir almoçar, tô cheia de fome.

- Claro, Alice. Desculpe ter ocupado seu tempo.

- Não precisa se desculpar, sei que faria o mesmo por mim. Eu também já fui novata aqui e enchi o saco do Gabriel.

- Imagina aguentar essa garota chata sozinho, Mariana. Vamos almoçar, também estou morto de fome.

- Vão indo, eu vou terminar essas duas folhas e já vou também.

Alice e Gabriel vão em direção da copa e eu fico terminando de digitalizar as duas folhas restantes.

Quando termino, pego meu celular e me levanto pra ir almoçar também.

Saio da sala e ando tentando me lembrar onde fica a copa.

Depois de andar um pouco, abro uma porta que deduzo ser a que eu estou procurando, mas dou de cara com o Henrique em pé fazendo uma apresentação para um grupo de homens sentados ao redor de uma mesa.

Percebo que estou na sala de reunião e peço desculpas. Acabo ficando nervosa, tropeço em minhas próprias pernas e caio de quatro no chão. Henrique corre e me ajuda a levantar.

- Sr Bianchini, mil desculpas. Acabei me perdendo e não achei a copa.

- Tudo bem, se machucou? ele me olha enquanto me ajuda a levantar.

- Não, estou bem. Desculpe.

- A copa fica duas portas a esquerda.

- Obrigada.

Saio da sala e fecho a porta. Me encosto nela e tento me recuperar do susto.

Conto duas portas a esquerda e abro a porta da copa.

Eu cumprimento dando boa tarde a todos e esquento meu almoço.

Me sento a mesa junto com Alice, Gabriel, Bruna e uma loira que se chama Vanessa, mas eu ainda não a conheço.

- O que houve, Mariana? Você parece assustada.

- Bruna, eu me perdi e entrei na sala de reunião. Como se não bastasse ainda cai quando tentei sair.

Todos caem na gargalhada enquanto eu conto.

- Sr Bianchini deve ter adorado a cena.

- Deixa de ser faladeira, Vanessa.

- Ah, como se aqui ninguém tivesse ouvido a fama dele, Alice.

Nesse momento somos surpreendidos pelo Henrique, que entrou enquanto a Vanessa falava e ninguém se deu conta.

- Fama de quem? Posso saber também, Vanessa?

- Do Jorge do RH, Sr Bianchini. Dizem que ele tem fama de ser bem exigente com o horário, a gente tava contando pra Mariana.

- Ah sim, achei que tivesse ouvido demais. Srta Bermanelli, quando terminar o expediente venha até meu escritório, por favor.

Ele fala e se retira, sem me dar a chance de responder nada. Será que fiz algo errado?.

- Eu disse.

- VANESSA!! Tá querendo ser mandada embora?

Todos rimos dela.

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