A proposta ousada do CEO
Noiva por contrato - Bella mia(série: Destinos entrelaçados)
O caminho para seu coração
Acabando com o sofrimento de amor
O retorno chocante da Madisyn
Minha assistente, minha esposa misteriosa
Uma noite inesquecível: o dilema de Camila
A ex-mulher muda do bilionário
A Segunda Chance com Meu Amor Bilionário
Um casamento arranjado
O dia do casamento com certeza era para ser o dia mais feliz da minha vida, depois da minha formatura como uma cirurgiã, e quando comecei a trabalhar no hospital onde meu pai o grande dr Ricardo Hoffmann é dono, para resumir a minha caótica historia de amor, temos de voltar um pouco no tempo, vamos começar pela melhor parte da minha faculdade, onde conheci minhas amigas e diria que escudeiras, as gêmeas Cintia e Felícia Alcântara, eu costumava chamar as duas de razão e emoção, de tão diferentes que elas eram, fazíamos tudo juntas, e escolhemos até a mesma especialidade.
Até que no ultimo ano da faculdade eu conheci ele, o desgraçado do Danilo, me encantei por aqueles olhos azuis e cabelos castanhos, um corpo atlético e uma lábia de dar inveja a qualquer don Juan, depois de ter ficado com ele durante seis meses ele me pediu em namoro, éramos aquele casal de capa de revista, um casal inter–racial, um homem negro e uma mulher branca não era muito aceitável, mas nós não ligávamos para isso, depois de dois anos juntos, veio o pedido de casamento, no meio da faculdade, com direito a flores e musica romântica, ali eu pensei que teria encontrado o grande e verdadeiro amor da minha vida...que besteira, um ano depois estávamos no altar, nossos amigos e familiares na igreja toda decorada, eu usava um vestido digno de contos de fadas, minha vida mudou quando o padre pergunta:
- Gabriela, você aceita Danilo como seu legitimo esposo, para amar e respeitar até que a morte os separe!?
- Sim, eu aceito! – respondo com um sorriso que não cabia em mim, o padre pergunta a Danilo e ele hesita, engole seco o padre pergunta mais uma vez depois do silencio instalado, ele solta minha mão e responde sem ao menos me olhar no olhos.
- Não... não posso fazer isso! – ele vira de costas e vai embora com o mesmo carro em que foi para a igreja.
Aquilo estava mesmo acontecendo, eu estava sendo deixada no altar, naquele momento eu desejei que o chão se abrisse para eu poder me enfiar e sumir do mapa, a decepção e surpresa na cara dos meus pais estava mais do que evidente, o pior de tudo foi ouvir as pessoas cochichando atrás de mim, todos foram pegos de surpresa pela audácia de Danilo, Cintia e Felícia em questão de segundos mandaram todos da igreja irem embora, enquanto isso eu saia do altar e ia para a parte de trás da igreja, até aquele momento eu estava sem entender absolutamente nada do que tinha acontecido. Somente nós três estávamos naquela salinha, até que eu escuto meus pais discutindo com os pais de Danilo na porta da sala, estavam discutindo sobre quem falaria comigo primeiro, até que Cintia, mais conhecida como a razão, sai da sala e manda todo mundo ir embora dali, ela era a única corajosa o bastante para enfrentar os meus pais, eu e Felícia estávamos chorando juntas, então eu pergunto:
- Amiga, você está chorando por que!?
- Porque você está chorando amiga!
Pouco depois escuto alguém batendo na porta, era Fernanda, esposa do meu irmão Nicholas, eles também eram médicos, ela era pediatra e ele dermatologista, Felícia se afasta um pouco e ela me abraça com força, ficamos ali por algumas horas depois do que aconteceu, Nicholas foi ao meu apartamento pegar algumas roupas para mim. Pouco depois estava chegando ao meu apartamento, que para meu azar estava cheio de presentes de casamento na sala, ignorei a vista e fui tomar um banho relaxante, querendo que a água leve junto a minha vontade de existir para sempre, deixo meus cabelos loiros molharem com a água gelada, sento no chão e choro como se não houvesse amanhã.
Mas sempre tem um amanhã.
Acordo com minha empregada entrando no meu quarto, Helena, uma baiana nervosa, ela entra com meu café da manhã em uma bandeja, eu tinha chorado até dormir, acordei com meus olhos vermelhos, ela coloca a bandeja na ponta da cama de casal e me abraça, Helena já trabalhava comigo desde quando me mudei para o apartamento, ou seja, quatro anos atrás, tínhamos intimidade para falar e fazer algumas coisas, e ela também estava na igreja, ficamos abraçadas em silencio e ela fazia um carinho tão gostoso nos meus cabelos. Pouco depois fomos para a sala e ela me pergunta o que fazer com aquela quantidade de presentes, eram muitos, eles estavam ocupando todo o chão, os dois sofás grandes, a mesa de centro, tinha presentes em caixas empilhadas, eu observei aquilo e respondi respirando fundo:
- Faz o que você achar melhor, leva, vende, joga fora...tanto faz!
- Tudo bem, você vai para o hospital hoje?
- Não, eu vou ficar aqui até definhar!
- Quer almoçar o que hoje?
- Nada não, eu não quero nada!
- Saco vazio não para em pé, vai almoçar sim senhora, nem que eu tenha que te dar na boca! – ela ordena.
Fico o dia inteiro de moletom e meia na sala, assistindo canal combate, Helena termina de limpar o meu quarto e sai de lá com algumas roupas que Danilo havia deixado, de algum jeito ela sabia como cuidar de mim, então apenas pega as roupas e joga fora, os pijamas de algodão dele ela faz pano de chão, as roupas sociais caras, ela tira os botões para usar em outras roupas, as gravatas ela joga fora, mas um relógio em especifico ela deixa para eu destruir, um Rolex de ouro edição especial que eu havia dado de presente em nosso segundo ano juntos, assim que ela me entrega eu tento quebrar o vidro jogando no chão e pisando, logo me arrependo de pisar naquilo descalça, levo o relógio para o meu closet, coloco meu melhor salto agulha e piso com força no vidro “ Creck, creck ” ouço quebrando, tiro meu pé de cima e o relógio ficou irreconhecível.
Sim, coloquei salto só para isso, mas ainda não estava satisfeita.
Guardei o relógio em uma caixinha decorativa, esperando o momento certo para devolver ao dono, as horas passaram e sem que eu tivesse convidado alguém, de repente meus amigos e minha família tocaram a campainha, eles tinham levado pizza e muito vinho, Helena coloca a mesa e se senta conosco aceitando meu convite, até que minha mãe diz depois que ela se afasta um pouco para ir a cozinha:
- Gabriela, desde quando os empregados se sentam a mesa com os patrões!? – Disse Patrícia, minha mãe, mais conhecida também como Hitler de vagina, mas ela não sabia do apelido carinhoso, respiro fundo e com meu olhar mais matador ela encara meus olhos verdes então eu rebato.
- Desde quando a senhora manda em alguma coisa nessa casa? Ela é minha amiga e vai jantar comigo sim, se não gostou a porta está bem ali. – respondo apontando discretamente para a porta.
- Mais respeito comigo menina! – ela responde apontando para mim e pensando que ainda me assusto com seu tom de voz duro.
- Sai da minha casa...agora! – aponto mais uma vez para a porta e ela pega sua bolsa e vai embora sozinha, deixando meu pai, meu irmão e minhas amigas na mesa, todos me encaram chocados.
- Perdi o apetite! – me levanto da mesa e vou para meu quarto.
Meu pai e meu irmão foram embora logo depois, me despeço deles ainda no quarto, depois de vinte minutos sozinha, entram as únicas mulheres no meu quarto, Cintia levava uma garrafa de vinho e duas taças, Felícia as outras duas, Helena uma caixa de pizza, depois de secarmos a garrafa de vinho Helena foi para o quarto dela, já as gêmeas dormiram comigo, eu estava no meio das duas.
Duas semanas depois...
Hoje eu vou voltar ao hospital, tenho uma reunião com o conselho, e depois vou ficar no plantão, hoje será um dia daqueles e não é no bom sentido da palavra, antes do sol nascer eu já estava de acordada, faço meu café, ouço as noticias enquanto tomo banho, saio do banho e abro minha gaveta de anéis, e encontro mais um rastro do que um dia chamei de amor, o anel de noivado, junto com a minha aliança de compromisso, ainda de toalha pego aquelas porcarias, coloco no balcão da cozinha em cima de um bilhete para Helena ler:
“Helena, venda esses anéis e fica com o dinheiro para você, e nem ouse em tentar me dar alguma coisa bjs, tenha um ótimo dia ”
Pouco depois visto uma calça jeans, tênis casual preto e uma camisa branca, meu jaleco sempre ficava na lavanderia, lavado e passado, pego e antes de ir até a garagem me olho no espelho, talvez estivesse procurando alguma coisa para me deixar com a auto estima baixa, mas não tinha nada, sempre cuidei muito bem do meu corpo perfeito. Depois de vinte minutos chego ao trabalho, fico encarando a entrada dentro do meu carro, pensando se era uma boa ideia, encosto minha cabeça no banco de couro e fecho meus olhos, deixando minha mente vagar a vontade, até que minhas amigas encostam no carro, Cintia bate três vezes no vidro da minha janela, me assustando, eu olho e ela aponta para seu relógio de pulso me chamando para entrar, saio do carro com minha mochila preta e meu jaleco no braço, ajeito o batom enquanto nós andávamos para a entrada, as duas não paravam de falar, elas não faziam por mal, até quando estávamos indo pegar os prontuários elas conversavam, interrompo a conversa dizendo:
- Meninas, com licença, eu tenho reunião com a diretoria, vejo vocês depois! – coloco meu jaleco e entro no elevador enquanto olho meu celular.
Entrei na sala e meu pai estava me esperando com outros dois médicos da direção, me sento ao seu lado depois de der um bom dia sonoro a todos, eles respondem não muito contentes com a novidade, de uma mulher estar assumindo a direção em breve, meu pai cansou-se da burocracia e estava a fim de voltar a sala de cirurgia mas logo se aposentaria, me deixando como diretora da rede de Hospitais, enquanto eu falava meu pai observava atento, até quando um dos médicos mais experientes do hospital me interrompe:
- Como a nova diretora da ala cirúrgica, eu proponho que mais cirurgiões sejam contratados, eu pedi que Luana cuidasse das entrevistas ainda essa semana...
- E desde quando você, uma garota, que mal saiu das fraldas entende de cuidar de uma ala inteira de um hospital...pela sua idade o máximo que já deve ter cuidado é das suas bonecas. – disse dr Claudio, um medico de muita idade e com olhar de deboche.
- Não sou uma garota, sim uma mulher, e já que estamos aqui para discutir idade, pelo que eu sei, você foi medico na época da peste negra...estou certa? – rebati com mais desdém ainda...por favor não me interrompa mais! – assim que rebato ele olha para meu pai como se ele fosse me expulsar da sala ou algo do tipo, mas meu pai não faz isso, muito pelo contrario, ele endossa o que eu disse levantando as mãos em rendição, pouco depois eu continuo.
Saio da sala depois de me chamarem para uma emergência, sem tempo de ir pelo elevador vou de escadas, todos os sete andares, enquanto tiro meus brincos e anéis, chego e o caso era de um homem envolvido em acidente de moto, acho que nunca desci as escadas tão rápido.
Ele estava tendo uma parada quando eu peço o desfibrilador:
- Carga em 100...afasta!...de novo carga 100...afasta! – depois de três tentativas ele reage, pego o estetoscópio que estava pendurado no meu pescoço e ouço uma batida espaçada e lenta, então mandei que levassem ele para a sala de operações e eu já estava indo.
Fui o vestiário dos médicos e troquei de roupa, guardei meus acessórios e fui me paramentar, enquanto eu me lavava, entra outro medico, eu nunca vi ele pelo hospital então me apresentei, ao homem alto de olhos verdes, moreno e forte:
- Prazer, eu sou a Dra Gabriela, e você quem é!?
- Sou o dr Miguel, acho que vamos trabalhar nesse caso juntos! – ele me responde com um sorriso simpático, seu sotaque do Rio era bem característico.
Colocamos as nossas roupas cirúrgicas e enquanto ele dava um nó na minha mascara eu pude sentir o seu perfume marcante, pouco depois entramos na sala e ficamos lá por algumas horas, ele era muito habilidoso com as mãos, seus métodos inovadores com certeza foi um dos motivos de ter sido contratado, dentro da sala de cirurgia as únicas vezes que trocamos palavras era estritamente sobre o caso a nossa frente, apesar de discordarmos de algumas coisas, o jeito dele foi o que salvou a vida daquele paciente.
- Eu estou esperando você me agradecer pela ajuda! – ele fala comigo enquanto tiramos as roupas descartáveis e nos lavamos mais uma vez.
- Como é!? – pergunto confusa e surpresa
- É sabe, afinal foi eu quem descobriu que ele é alérgico a lidocaína...então um obrigado seria legal gracinha! – ele continua com convencimento e um pouco de arrogância
Ele sai da sala antes que eu possa responder alguma coisa, pouco depois eu volto para o posto do trauma, pego alguns prontuários, meu olhar de julgamento direcionado aquele arrogante estava bem claro, Cintia encosta do meu lado enquanto encaro ele, com seu sarcasmo de sempre ela diz:
- Se você vai encarar ele assim, devia pelo menos pedir uma foto!
- Conhece ele!? – pergunto surpresa