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A dor, a sede, o cansaço... Tudo tava contra ele, mas ele não parou. Deu tudo de si para conseguir andar naquele corredor, procurando uma porta. Só via parede branca dos dois lados. 'Por que esse corredor não acaba nunca?', ele pensou. Caiu, mas lutou e se levantou, se apoiando na parede. A dor atrasava ele, mas ele não desistiu. A respiração estava pesada só para ele se arrastar mais um pouquinho, mas ele continuou. Procurava e procurava, até que enxergou duas portas. Caiu no chão de cansado e olhou pra cima, confuso. Com a visão embaçada, encarou as duas portas.
"Eu tava procurando uma porta só, por que tem duas?", pensou.
Ele só queria cair fora daquele lugar maldito. A dor no corpo era insuportável. Ele não aguentava mais. Se continuasse assim, ia ficar louco. Quando foi que ele ficou preso ali? Não sabia. Há quanto tempo? Nem ideia. Por que ele estava ali? Também não sabia. Não lembrava de nada, só daquelas paredes brancas e de uma dor foda no corpo todo. A garganta estava seca, parece que fazia séculos que não bebia água. É... quando foi a última vez que ele comeu? Não lembrava. Como ele ainda tava vivo? Não fazia sentido. Só sabia de uma coisa: precisava sair dali logo. Na meia-luz, ele ficou na frente das duas portas, sem saber o que fazer. No final, escolheu a porta da esquerda e abriu. A luz forte do outro lado quase o cegou. Ele apertou os olhos e tentou abrir devagar, para se acostumar.
Bip bip beeeeeep. Uns barulhos esquisitos ecoaram. Parecia que os tímpanos iam estourar. Fazia quanto tempo que ele não ouvia um som? Franziu a testa.
"Ele tá tentando abrir o olho!", gritou uma voz de mulher.
"Olha, ele tá franzindo a testa!", disse outra voz, animada.
'Quem é? Não conheço essa voz. Por que estão gritando?', ele pensou.
"Nossa, a pressão dele subiu. Enfermeira, aplica a injeção agora!", ordenou uma voz de homem, preocupada.
'Eu conheço essa voz... Onde foi que eu ouvi? Por que a cabeça dói tanto?', ele pensou. Ele fez força para abrir os olhos e, depois de tentar algumas vezes, conseguiu. Piscou várias vezes para se acostumar com a luz. Devia ter ficado muito tempo naquela escuridão, porque a claridade doía. Quando os olhos abriram de vez, ele olhou em volta.
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