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ACOMPANHANTE DE LUXO | Uma noite de luxo e capaz de mudar sua vida para sempre!

ACOMPANHANTE DE LUXO | Uma noite de luxo e capaz de mudar sua vida para sempre!

Jayne Oliveira Souza

5.0
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Capítulo

Ele é um empresário implacável no ramo da Tecnologia... Ela uma simples cidadã com uma grande responsabilidade... Ele precisa comparecer a um grande evento... Ela precisa do dinheiro para sobreviver... Ele precisa de uma acompanhante de luxo... Ela não encontra outra saída a não ser aceitar... O desejo de tê-la para si baterá forte como um raio, porém ela não está acostumada a ter as coisas de maneira fácil em sua vida. Emma Collins, uma mãe capaz de fazer tudo por sua filha, mas que por obra do destino tem sua vida mudada completamente quando seu caminho se cruza com os de Andrew Foster, um homem que será capaz de encantar mãe e filha, trazendo para suas vidas um feliz para sempre.

Capítulo 1 MUNDOS OPOSTOS

EMMA COLLINS

O vento gelado bate em meu rosto ao sair da lanchonete, meus pés doloridos, de tanto ficar em pé a noite toda pedem água quente e massagem, mas sei que será impossível. Suspiro e sigo pelas ruas frias e perigosas do Harlem, ás vezes, penso que talvez fosse tão mais fácil ter um emprego que pagasse mais, o pouco salário que recebo na lanchonete, mais algumas gorjetas, mal dão para as contas no final do mês, sem contar os remédios, que são tão caros. O aluguel já está atrasado, e ainda preciso lidar com os custos de alimentação, roupa, e mais uma dívida, que chegará no final do mês, do hospital, meus olhos marejados e o aperto no coração revelam como me sinto, uma irresponsável por não ser capaz de cuidar de Giulia como deveria.

Mas o que esperar de uma mulher de vinte dois anos que só conseguiu terminar o ensino médio porque Deus colocou em sua vida uma senhora que foi como uma mãe para ela?

Aperto meu casaco velho em volta do corpo, tentando afastar o frio, apenas mais um quarteirão e estarei em casa, apresso o passo quando a chuva começa a cair; corro e rapidamente avisto o prédio antigo. Abro a porta e subo correndo, e antes de chegar à minha porta, escuto o choro, partindo meu coração, corro para entrar em casa, Lucia está com Giulia nos braços tentando acalentá-la, observo em sua expressão o quanto lhe dói ver a menina daquele jeito.

- Prontinho, meu amor, cheguei. - Falo a pegando nos braços. Seus braços gordinhos se enrolam em meu pescoço junto com seu rosto, se escondendo. - Ela jantou?

- Não quis querida, apenas ficava chorando. - Diz em um suspiro triste. Quando o choro para por um momento, escutamos a respiração difícil e o peito com um chiado de dar medo. Aperto minha menina em meus braços e beijo seu pescoço.

- Vou tentar dar comida a ela, muito obrigada por ficar até mais tarde. - Falo agradecida, enquanto sigo em direção a minha bolsa para pegar seu dinheiro.

- Não é necessário agradecer, eu amo a pequena Giulia. - Diz de maneira amorosa, e logo em seguida faz uma careta ao ver o dinheiro em minha mão. - Não precisa me pagar, saber disso, Emma. Me faz muito bem cuidar dela, meus dias não são mais solitários.

- Eu me sinto culpada por você cuidar dela sem receber, mesmo quando fica até mais tarde.

- Eu não me importo, guarde esse dinheiro para as despesas, sei que precisa pagar a conta do hospital. - Suspira. - Se eu tivesse mais condições, te ajudava, mas sabe como são as coisas.

- De jeito nenhum, já faz muito por mim.

- Ainda vou te ajudar, minha querida! - Diz. - Estou indo, até amanhã, às duas. Deixei uma sopa para você, é só esquentar. Tenta fazer essa pequena se alimentar.

- Ok, obrigada! - Caminho até Lucia, dando um beijo em sua testa, e ela logo em seguida faz o mesmo comigo, desenha o sinal da cruz em minha Giulia e dá um beijo. Minha bebê levanta a cabeça e dá um pequeno sorriso cansado em sua direção, voltando para a mesma posição.

- Até, menina! - Diz e fecha a porta.

Eu me sento no velho sofá e retiro os braços de Giulia do meu pescoço, seus grandes olhos cor de âmbar me encaram, vermelhos e cansados.

- Vo... cê demorou, mãe... - Diz com os olhos marejados outra vez, o chiado do peito diminuiu um pouco, mas a respiração difícil permanece. Maldito apartamento com mofo.

- Me desculpa meu amor. - Falo beijando seus cabelos. - Estou aqui, vamos jantar.

Eu a deixo no sofá enquanto vou à cozinha esquentar nossa sopa, com a comida quente, sirvo em nossos pratos e levo para a mesinha de canto. Antes de ir em direção à Giulia, que está concentrada na televisão, alguém bate na porta.

Chego até a porta e olho pelo olho mágico e suspiro ao ver o senhor Borges do outro lado. Abro a porta, e lá está ele com a mesma calça social marrom e uma camisa perfeitamente branca.

- Boa noite, senhorita Collins.

- Boa noite, senhor Borges.

- Eu vim cobrar o aluguel atrasado. - Diz. - Não tem como esperar mais.

- Senhor, as coisas ficaram difíceis. Sabe que a Giulia precisou ir para o hospital. - Falo. - Não poderia espe...?

- Não posso, são dois aluguéis atrasados. Ou você me paga, ou terá que deixar o apartamento. - Corta minha fala. - Mas caso a senhora queira, pode pagar de outra forma. - Sua voz diminui um pouco o tom, passando a língua pelos lábios. Seus olhos viajam pelo meu corpo de forma maliciosa, fazendo um tremor de nojo e medo passar pelo meu corpo.

ANDREW FOSTER

As luzes da boate e a música alta fazem meu humor ficar cada vez pior, e fico me perguntando o porquê de estar aqui, mas basta olhar para frente que encontro o senhor Thompson, dono da Engenharia Thompson, encarando as mulheres praticamente babando em cima delas. Faço tudo por um bom contrato, e o dele vale milhões de dólares.

- Foster, tenho certeza de que essa é uma das melhores boates que já fui! - Diz de maneira alegre depois de algumas doses de uísque.

- Que bom que gostou! - Falo tentando não transparecer meu desagrado.

- Muito, amanhã poderemos conversar sobre o contrato e o que eu quero fazer nos meus mais novos projetos na Espanha. - Diz se levantando e indo em direção a alguma mulher que não me interessa nem um pouco saber quem é.

- Fico feliz com preferência pela minha empresa.

- A sua é a melhor no mundo! - Diz saindo, mas antes o sujeito vê meu sorriso arrogante por saber que eu sei disso.

Levanto-me da mesa e fecho os botões do terno, louco para sair o mais rápido possível daqui.

Porra!

Queria esta na minha casa, no silêncio, sem essa barulhada toda, logo encontro meus seguranças se aproximando, cada um de um lado, algumas mulheres me olham de forma sugestiva e passam a língua nos lábios, me olhando dos pés à cabeça.

Não dou nem uma segunda olhada para elas, nenhuma delas me chama atenção, e para falar a verdade, há muito tempo mulher alguma tem me chamado atenção o bastante. Saímos da boate pelos fundos, assim não chamamos a atenção dos paparazzi que estão na porta da frente, e seguimos em direção à minha casa. Solto um suspiro, encostando a cabeça no banco do carro.

Espero que amanhã o dia seja melhor!

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