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O cara que eu odeio

O cara que eu odeio

Julia Sena

5.0
Comentário(s)
75
Leituras
5
Capítulo

Marie Santana, uma jovem brasileira de espírito livre, vê seu mundo virar de cabeça para baixo quando seu pai, que havia desaparecido anos atrás levando seu irmão gêmeo, Gustavo, reaparece em sua vida. A razão por trás de sua volta é avassaladora: sua mãe está lutando contra o câncer e precisa da ajuda do pai com os custos do tratamento. Forçada a deixar sua vida no Brasil para trás, Marie se muda para Londres com sua irmã adotiva, enfrentando não só o choque cultural, mas também a turbulenta convivência com seu pai e o retorno de Gustavo, que está profundamente mudado. Entretanto, o destino lhe reserva mais do que desafios familiares. No meio de sua nova vida, Marie cruza com Henry, um playboy britânico arrogante e mimado, cuja personalidade irritante parece destinada a testar seus limites. Desde o primeiro encontro, entre farpas e sarcasmos, uma tensão palpável surge entre eles, criando um jogo de flertes e provocações que nenhum dos dois esperava. Enquanto Marie tenta conciliar seus sentimentos conflitantes pelo pai, a batalha de sua mãe contra a doença, ela se vê cada vez mais envolvida em um romance imprevisível com Henry. No entanto, ambos terão que superar seus próprios preconceitos e barreiras emocionais para descobrir se o amor pode realmente florescer entre duas personalidades tão diferentes. "O cara que eu odeio" é uma história envolvente sobre superação, família e o poder do amor para transformar até mesmo os corações mais endurecidos.

Capítulo 1 1°

Na aula de ciências, quando sinto um papel ser arremessado em mim, olho para trás e vejo Carla e uns dois garotos, enquanto duas garotas riem. Pego o papel que estava preso em meu cabelo, abro e encontro escrito: "Volta para a favela, pobretona! Aqui não é o seu lugar."Leio, olho para trás, e eles riem. Mando meu melhor sorriso falso e jogo a bolinha que acerta em cheio na lata do lixo, ao lado da mesa do professor. Estava um pouco distante, mas me aconchego na cadeira, esperando a aula acabar. Quando finalmente termina, vou direto para fora da escola.

Há um banco sob a árvore, onde costumo ir sempre, e me sento, aguardando Amanda sair da sala de aula.

Amanda: Bu! - aparece atrás de mim.

Eu: Ai, garota, tá doida! - a abraço - Por que demorou?

Amanda: A professora estava dando uma bronca em alguns alunos e acabou pegando nosso tempo.

Eu: Ah, entendi. - Levanto, e vamos caminhando para fora da escola.

Amanda: Hoje recebi um bilhete da menina mais popular da sala.

Eu: O que dizia?

Amanda: Falava que eu era uma favelada e que devia voltar para lá.

Eu: O que você fez?

Amanda: Escrevi "Pena que eu não te perguntei nada" - cantarolou.

Eu: Isso aí! - Fazemos um toque - Também recebi um hoje, mas acertei certinho na lata de lixo. - Rimos.

Amanda: Você devia fazer basquete.

Eu: Mas eu já jogo basquete na rua, só que prefiro ginástica.

Amanda: Prefiro futebol. - Entramos no ônibus e vamos a caminho de casa. Descemos no nosso ponto e fomos para nossa casa. Ao chegarmos, minha mãe estava sentada no sofá.

Eu: Oi, mãe.

Mãe: Oi, filha.

Amanda: Oi, mamãe.

Mãe: Oi, filha.

Eu: Como você está, mãe? - Me sento ao seu lado.

Mãe: Estou bem, com uma dor na barriga, mas estou bem. Preciso ir trabalhar, tchau para vocês. A comida está na cozinha. - Sai de casa.

Amanda: Ela está piorando, né?

Eu: É, está. - Troco minha roupa, sirvo-me, como e faço os deveres de casa, ajudando os de

Amanda. Quando termino, limpo a casa e lavo os pratos e as panelas do almoço.

Amanda: Marie, MARIE! - Corro até ela.

Eu: Quê? - Vou até ela.

Amanda: Mamãe passou mal.

Marie: Ai, meu Deus! Onde ela está?

Amanda: Levaram ela para um hospital público.

Marie: Droga, vamos. - Saímos de casa e vamos direto para o hospital. Chegamos lá, e vou até a recepcionista.

Eu: Mayara Santana.

Recepcionista: Está no leito 6, vai no corredor à esquerda.

Eu: Obrigado. - Vamos até o corredor e chegamos no leito 6. Minha mãe está com uma máscara de oxigênio.

Mãe: Estou.

Amanda: O que você tem?

Mãe: Suspeitam que seja câncer.

Amanda: Ai, meu Deus!

Eu: Como vão fazer o tratamento?

Mãe: Não sei, vamos dar um jeito.

Eu: Vou ligar para o meu pai, talvez ele possa...

Mãe: Não.

Amanda: Mãe, é o único jeito.

Mãe: Ele não vai me ajudar.

Eu: Você não sabe.

Mãe: Sei muito bem. - Chega uma enfermeira.

Enfermeira: Oi, vocês são as filhas. - Assentimos - Podem me acompanhar? - Acompanhamos ela - Então suspeitamos que seja câncer, precisa marcar algumas ressonâncias para termos certeza. Ela vai ser liberada hoje. Quero repouso total.

Eu: Tá bom. - Minha mãe tem alta, e vamos direto para casa. Ao chegarmos, coloco ela em seu quarto de repouso, Amanda fica com ela, vou para a sala e pego o telefone, pronta para ligar para meu pai. No entanto, o telefone toca primeiro.

**Ligação:**Eu: Alô?X: Filha.Eu: Pai.Pai: Oi, filha. Soube que a sua mãe piorou da doença. Quero ajudar.Eu: Como você sabe que ela está doente e, depois de 8 anos, você nem pergunta como estou?Pai: Filha, tenho pessoas aí que cuidam de vocês e me informam tudo que você faz. Sei que sua mãe acolheu uma menina chamada Amanda e a trata como filha. Sei que estou muito longe, não liguei, mas sempre cuidei de você e quero ajudar agora.Eu: Quer me ajudar como?Pai: Com dinheiro. Vou depositar todo mês para poder sustentar e vou pagar todo tratamento da sua mãe.Eu: Por que isso agora?Pai: Quero recompensar o tempo perdido.Eu: Ok. E quer o quê em troca?Pai: Que você e Amanda venham morar comigo aqui em Londres. Já tenho tudo pago, passagem e até a correria que vai levar vocês para cá.Eu: E se eu não quiser ir?Pai: Sua mãe vai ficar sofrendo de dor e também vai ficar sem dinheiro para comer.Eu: Ta bom.Pai: Até amanhã, Marie.Eu: Até, senhor Carlos.**Ligação off**

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