Dana via a vida passar-lhe diante dos olhos. Os sonhos escapavam-lhe por entre os dedos. Todas as situações que ela abominava, acabaram por fazer parte da sua vida: viveu tudo o que sempre disse "eu nunca". Presa às pessoas que passavam por si, conseguiria ela libertar-se do passado, sentir paz, concretizar os seus sonhos de sempre e voltar a ser feliz? Havia dias que parecia que sim. E, outros dias, demasiado negros para acreditar. Conseguiria, ela, salvar-se a si mesma?
Dana via a vida passar-lhe diante dos olhos. Cada momento, cada pessoa, cada lição, cada lugar que visitou, as ruas que percorreu, as lágrimas e os sorrisos.
Os sonhos escapavam-lhe por entre os dedos. Os caminhos que seguiu, não lhe permitiram viver com sentido, como era suposto pela sociedade. Inverteu o suposto. À sua maneira. Fez as suas escolhas, da forma que mais acertada lhe parecia na altura. Talvez estivesse errada. Ou então não.
Todas as situações que ela abominava, acabaram por fazer parte da sua vida: viveu tudo o que sempre disse "eu nunca". Foi a amante, sem saber. E, ei-la mais tarde, sabendo que o era e mantendo-se como tal.
Houve uma altura em que se tornou extremamente calculista. Não dava ponta sem nó. E não se apercebia quando o fazia. Só mais tarde, quando repensava o que tinha acontecido é que conseguia ver, com mais clareza, a pessoa em que se estava a tornar. Mas, em algumas situações, não havia volta a dar. Tinha mesmo de ser assim.
Presa às pessoas que passavam por si, conseguiria ela libertar-se do passado, sentir paz, concretizar os seus sonhos de sempre e voltar a ser feliz?
Havia dias que parecia que sim.
E, outros dias, demasiado negros para acreditar.
Conseguiria, ela, salvar-se a si mesma?
Ou haveria alguém com capacidade para a resgatar dos seus fantasmas, dos mundos que imaginava e das histórias que criava dentro de si?
Outros livros de Olivia Martin
Ver Mais