"Elisabeth era uma menina normal até conhecer sua irmã gêmea, Elisa. Elisabeth descobre um segredo enorme de sua irmã e, com essa descoberta, enfrenta diversos desafios em sua vida, que jamais imaginou que um dia passaria. Com a revelação desse segredo, surgem muitos outros. Elisabeth é transportada para outro mundo onde realmente nasceu, graças a um colar que encontrou na bolsa de sua irmã. Sem saber quem é seu pai e tendo uma irmã extremamente reservada, ela tenta correr atrás da verdade sozinha. Mas, nessa longa caminhada, ela terá uma grande aventura...".
"Vamos, Elizabeth! Vamos!" - "Já vou, mãe! Já vou!". Não eram nem 8h e minha mãe já estava tendo um surto.
"Mãe, agora são 7h30. Pra quê se apressar desse jeito?"
"Minha filha, sua irmã vai chegar na rodoviária e a gente não vai estar lá. E eu vou...!"
"Tá bom, tá bom. Não precisa ir buscar ela na rodoviária, sendo que ela mesma poderia vir aqui de Uber. Na minha opinião, não tem necessidade disso."
"Elisabeth, se organize mais e fale menos."
"Af, tá bom." "Não adianta discutir com a minha mãe; quando ela coloca uma coisa na cabeça, não tem quem tire."
Quando eu terminei de me arrumar, já eram 8h. Estou usando uma calça jeans branca colada e uma croppet preto que tem um bolsinho pequeno no lado direito. No cabelo, fiz um rabo de cavalo, e para finalizar o look, um tênis preto. Minha irmã gêmea chegaria na rodoviária às 9h.
Peguei as chaves do carro e me dirigi a ele. Chegando no carro, minha mãe já estava me esperando encostada no carro. Entramos no carro e seguimos nosso caminho. Chegamos na rodoviária; faltavam 20 minutos para ela chegar. Deixei minha mãe no carro e fui comprar um lanche para nós.
Encontrei uma hamburgueria, comprei três hambúrgueres e três copos de suco de maracujá, já que minha mãe precisava esfriar a cabeça. Quando voltei, minha irmã já havia chegado... E nossa! Ela é bem parecida comigo! Nossa única diferença é que eu tenho cabelos longos e o dela é acima do ombro. Mas que está muito bonita! Eu não sei se teria coragem para fazer isso no meu cabelo; eu amo meu cabelo longo.
Minha irmã Elisa estava usando um vestido azul royal rodado simples, sem manga nem detalhe, e uma bota cano longo preto. Ficou um look simples, mas muito bonito.
Em toda a nossa vida, era a primeira vez que nos víamos pessoalmente.
"Oi, tudo bem? Eu espero que a sua viagem não tenha sido muito cansativa. Eu comprei um lanche para nós." (Eu a cumprimentei, levantando a mão).
Elisa: "Oi, está tudo bem. A viagem foi cansativa, sim, mas nada muito estressante." (Ela me respondeu, me cumprimentando).
"Então, vamos para casa para podemos lanchar?" Minha mãe falou, chamando nossa atenção.
"Claro, mãe." Eu respondi.
Rodiei o carro e entrei; minha mãe e minha irmã também já haviam entrado no carro. Colocamos o cinto de segurança e partimos. Chegamos em casa, lanchamos e, depois, fui mostrar o quarto da minha irmã.
"Então, esse é o seu quarto. Você pode ficar à vontade; qualquer coisa que você não souber usar, você pode chamar eu ou a mãe." Eu falei, enquanto entrava e sentava na cama.
_"Ok, obrigada pela sua ajuda." Ela não é de conversar muito; na hora do lanche ou quando estávamos no carro, ela não falou muita coisa também.
"Certo, então eu... eu vou sair e deixar você à vontade."
"Ok, obrigada." Ela é meio complicada de entender; parece que ela não tem muito costume de socializar. Por enquanto, vou deixá-la em paz.
Fui para o meu quarto para organizar o trabalho de casa que deixei pendente. Tenho que entregar esse trabalho hoje na faculdade. Só espero que o professor não me faça refazer, como da última vez. Ultimamente, estou pegando ódio do professor... mas, enfim, nem tudo sai do jeito que a gente quer. É a vida, né.
Eu estava na metade do trabalho quando minha mãe me chamou para almoçar. Eu já estava morrendo de fome, então foi num ótimo momento. Sai do meu quarto e fui chamar minha irmã no quarto dela. Bati na porta, mas ela não atendeu. Não sou uma pessoa que abre a porta do quarto dos outros sem permissão, mas ainda não sei qual é a dela. Então, eu abri. No entanto, não tinha ninguém. Entrei para ver se ela estava no banheiro. "Elisa! Eliiisa?".
Fui chamando enquanto passava pelo quarto, mas ela não estava no banheiro também. No quarto dela, tem uma cama de casal no canto da parede do lado esquerdo; do lado direito, tem um guarda-roupa de frente com a cama. Tem uma janela acima da cama. Fui olhar pela janela e a vi no jardim.
Então, dei meia-volta para sair, mas assim que me virei, vi um colar pendurado no puxador da porta do guarda-roupa. Ele era lindo e delicado. O pingente tinha a forma de um círculo de fogo; no meio do círculo, tinha uma pérola negra que brilhava muito. Era como se o colar estivesse me chamando. Eu o toquei, e a sensação era ótima. Então, o coloquei no meu pescoço e desmaiei.
Quando acordei, estava em um lugar estranho, debaixo de uma árvore de ipê rosa. O vento estava forte, e havia um monte de flores rosa da árvore sobre mim. Eu estava totalmente confusa. Onde eu estava? O que aconteceu? Eram perguntas que não saíam da minha cabeça. Eu saí dos meus pensamentos quando escutei uma voz masculina.
"Então, a bela adormecida acordou!? Achei que ficaríamos aqui a tarde toda!"
"O quê? Quem é você? Onde eu estou?"
"Como assim quem sou eu? Você me invoca e nem ao menos sabe quem sou eu?" Ele me respondeu.
"EU INVOQUEI VOCÊ!? " Comecei a rir. "Amigo, eu não sei mexer com essas coisas, não."
Ele começou a me olhar com agressividade. Do nada, ele me agarra pelo pescoço, me levanta e me empurra contra a árvore.
"Eu só não a mato porque estou ligado a você. Caso contrário, você já estaria morta pela sua insolência." Ele falou com calma, mas em tom ameaçador, me encarando de uma maneira que congela até a alma. E, inclusive, que homem bonito, mas não era hora para pensar nisso!, pois eu já estava quase desmaiando quando ele me soltou de repente. E eu caí no chão, tossindo.
"Você é louco!? Cof, cof, cof" Perguntei, ainda sem ar e tossindo. "Por que você fez isso?"
Ele fica me olhando, dá um suspiro e se abaixa, passando a mão acima do meu peito. "Você falou que não me invocou, mas que marca é essa em você?"
Eu olhei para onde ele estava se referindo e só então notei uma tatuagem acima do meu peito. Era um esprial em preto e branco com uma caveira no centro. Levei um susto quando vi aquela tatuagem.
"O QUÊ!!! EU NUNCA FIZ ISSO! QUANDO FOI QUE ISSO APARECEU AQUI!"
"Eu que sei!? Eu simplesmente apareci aqui! Que, inclusive, foi você quem me chamou, e pelo visto já fez paquito e tudo sem o meu consentimento!"
"PARA DE GRITAR COMIGO!!! EU ESTOU TÃO CONFUSA QUANTO VOCÊ!"
"Tá ok, tá ok. Vamos nos acalmar e entender o que aconteceu." Ele agora parecia mais calmo, mas ainda com raiva.
"O que aconteceu antes de você ter desmaiado, porque quando encontrei você, você já estava desmaiada?" Ele perguntou.
"Eu não sei. Eu só me lembro de ter pego um colar que encontrei no quarto da minha irmã. Quando o coloquei em mim, depois disso eu não lembro de mais nada."
"Você deve ter usado a joia Milenar, mas não é qualquer pessoa que pode usá-la. Normalmente, quando uma pessoa normal usa, estoura todos os órgãos por dentro, por causa da grande quantidade de mana. Você deve ser uma pessoa importante, caso contrário você não conseguiria usar, e muito menos fazer um pacto com um Deus da morte sem o próprio consentimento, que foi o que você fez."
"Sinceramente, eu estou achando essa história ridícula! Quem iria fazer um pacto... ah!"
Do nada, esse louco me levanta e começa a me puxar.
"Ei, qual é a sua? Você tem algum problema?"
"Onde é a sua casa?" Ele pergunta calmamente.
"Casa? É... eu, eu não sei, eu não conheço este lugar, eu não moro aqui."
"Como assim, você não sabe onde fica a sua casa?"
"Este lugar não tem nada a ver com a minha cidade, eu nunca vi esse lugar na minha vida."
"Cidade? O que é isso?"
"Anão, você deve estar brincando com a minha cara, só pode!.
"Não estou. Eu não tenho ideia de onde fica esse lugar chamado cidade."
Pelo jeito dele falar, eu acredito que ele deve estar falando realmente sério. Eu fiquei um pouco em transe pelo fato dele não saber o que é uma cidade.
Ele solta a minha mão e fica de frente comigo. Tem um monte de flores da árvore de ipê rosa caindo sobre nós. Essa vista ficou muito mais bonita: a grama, o rio que estava embaixo da montanha em que nos estávamos, e tem ele... que, apesar de ser esquentadinho, é muito bonito. Ele tem olhos verdes, cabelos pretos acima do ombro, um nariz grego. Nunca vi tanta beleza em uma só pessoa a roupa dele era toda preta uma camisa social e uma calsa jeans preta e um sapato casual. E, cara, será que ele usa lip tint? Mas ninguém é perfeito, né? Esse cara é muito estranho.
"O que você pretende fazer agora?" Ele me perguntou, me tirando do meu transe.
"Como assim?" Eu perguntei.
"Bem claramente você está perdida. E não tem para onde ir. O que você vai fazer agora? Na verdade, o que nós vamos fazer, né, já que não tem como eu voltar para minha casa também."
"AAAH! Eu não sei. Onde estamos?"
Ele fica de cócoras, coloca a mão no chão e fecha os olhos. Do nada, ele se levanta. (Sinceramente, já estou com medo desse cara).
"Estamos no Reino de Engracia, na região sul do extremo norte." (Ai, meu Deus, eu não sei se ele ajudou muito).
"Estamos em um reino? Tipo princesa, rainha e rei?"
"Normalmente, é assim que se chama os líderes de uma nação. Por que você é tão estranha?"
"Olha só quem fala. O estranho aqui é você, não eu." Falei encarando ele.
"Eu não irei discutir com você, criatura ignorante, porque discussão não nos leva a nada." (Ele falou isso na cara dura; eu não estou acreditando que ele teve coragem de me chamar de ignorante. Ele que quase me matou agora, e a ignorante sou eu).
Nesse momento, ele começa a descer a ladeira e eu começo a segui-lo.
"Ei, onde vamos?"
"Procurar um lugar para ficarmos."
"Assim! E qual é o seu nome?"
Nesse momento, ele para de andar de repente e eu acabo me batendo nas costas dele.
"O que foi agora?" Perguto para ele.
"Você realmente não sabe meu nome?" Ele me pergunta com uma cara de confuso.
"Não, eu não sei. Por quê? Você é famoso?"
"Não sou... Deixa pra lá. Meu nome é Yato."
"Deixa pra lá, nada! Você está me escondendo alguma coisa, Yato. Pode me falar!" Eu falei, me posicionando na frente dele e olhando nos seus olhos.
"Nossa, como você é chata, em!" Ele fala, desviando de mim e continuando a andar de novo.
E eu começo a andar do lado dele, olhando para ele.
"Ei, eu não sou chata! Eu sou muito bacana. Como você fala uma coisa tão cruel para uma dama como eu?".
Aqui
Nesse momento, ele acelera o passo e é quase necessário eu correr para acompanhá-lo.
"Ei! Anda mais devagar!"
(Ele simplesmente me ignora)
Nesse momento, estávamos passando por umas árvores.
"Ei! Eu perguntei seu nome, mas você não tem curiosidade de saber o meu?"
"Eu não. Por que eu teria?"
"Como assim você não tem curiosidade?"
"Simplemente porque depois não estaremos mais andando juntos."
"Somente por isso você não quer saber meu nome? E se nós tornarmos amigos? Na verdade, mesmo sem sermos amigos, temos que saber o nome um do outro."
"Isso é tão importante assim para você?"
"Claro que é!"
"Tá bom, então. Qual é o seu nome?"
Nessa hora, eu dei um pulinho e um grito de alegria, e ele levantou a sobrancelha direita, me encarando.
"Tá bom", eu falei, rindo.
"Meu nome é Elisabeth." Falei rindo e desviando de outra árvore.
Ele faz uma cara de surpreso.
"Nossa! Você é uma caixa de surpresas. Agora eu entendo por que você conseguiu usar a joia Milenar."
"Por quê? Me fale, que eu ainda não sei o motivo."
"Uma hora você irá descobrir", ele respondeu, me deixando em branco.
Capítulo 1 Elizabeth
10/11/2024