A Esposa Negligenciada: O Preço da Decepção

A Esposa Negligenciada: O Preço da Decepção

Gavin

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Capítulo

O trânsito parou de repente, e a minha cabeça bateu contra o vidro do carro. Ao meu lado, o meu filho, Leo, gritou assustado. Luzes azuis e vermelhas piscavam na rua bloqueada, refletindo-se nos prédios molhados pela chuva. Liguei para o meu marido Pedro, mal sabendo que aquela chamada seria o início do fim. A sua voz, irritada e distante, confirmou os meus piores medos: ele tinha corrido para o hospital porque a irmã dele, a Sofia, torceu o pé. Enquanto eu e o nosso filho estávamos presos no trânsito de um acidente grave, ele só tinha olhos para "socorrer" a maninha, sem sequer perguntar se estávamos bem. A voz da minha sogra ao fundo, e depois a da cunhada, teatral e chorosa, revelaram a farsa. Pedro ainda teve a audácia de me bloquear e de me acusar de loucura e egoísmo por sequer pensar em divórcio. A humilhação atingiu o pico quando a sogra me mandou levar o Leo para casa da minha mãe para não "incomodar" a Sofia. Eles não viam problema algum em tudo isto. Eu, a esposa e mãe, era o problema. Será que era pedir demais ser a prioridade? Naquele momento de revolta, enquanto arrumava as minhas coisas, um detalhe inesperado transformou o desespero em fúria. Parei de ser a esposa compreensiva. Era tempo de a justiça ser servida.

Introdução

O trânsito parou de repente, e a minha cabeça bateu contra o vidro do carro. Ao meu lado, o meu filho, Leo, gritou assustado.

Luzes azuis e vermelhas piscavam na rua bloqueada, refletindo-se nos prédios molhados pela chuva.

Liguei para o meu marido Pedro, mal sabendo que aquela chamada seria o início do fim.

A sua voz, irritada e distante, confirmou os meus piores medos: ele tinha corrido para o hospital porque a irmã dele, a Sofia, torceu o pé.

Enquanto eu e o nosso filho estávamos presos no trânsito de um acidente grave, ele só tinha olhos para "socorrer" a maninha, sem sequer perguntar se estávamos bem.

A voz da minha sogra ao fundo, e depois a da cunhada, teatral e chorosa, revelaram a farsa.

Pedro ainda teve a audácia de me bloquear e de me acusar de loucura e egoísmo por sequer pensar em divórcio.

A humilhação atingiu o pico quando a sogra me mandou levar o Leo para casa da minha mãe para não "incomodar" a Sofia.

Eles não viam problema algum em tudo isto. Eu, a esposa e mãe, era o problema.

Será que era pedir demais ser a prioridade?

Naquele momento de revolta, enquanto arrumava as minhas coisas, um detalhe inesperado transformou o desespero em fúria.

Parei de ser a esposa compreensiva. Era tempo de a justiça ser servida.

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No dia do terceiro aniversário do meu filho, Lucas, o meu marido, Pedro, simplesmente não voltou para casa. Preparei o seu bolo favorito e enchi a sala com balões azuis, enquanto Lucas esperava, adormecendo no sofá com o seu pequeno carro de corrida. Liguei para o Pedro dezenas de vezes, mas só encontrei o silêncio do telemóvel desligado. O meu coração afundava a cada tentativa falhada, até que a campainha tocou, já perto da meia-noite. Corri para a porta, com a esperança a reacender-se, mas não era ele. Eram dois polícias, com expressões sérias, que trouxeram a notícia: Pedro sofrera um acidente de carro, estado crítico. O mundo parou, as palavras ecoavam na minha cabeça: "crítico", "acidente". Mas a próxima frase atingiu-me como um raio: "Havia outra pessoa no carro... uma mulher. Infelizmente, ela não sobreviveu." O nome dela? Clara Bastos. A ex-namorada de Pedro, aquela que ele jurou ter ficado no passado. Antes que eu pudesse processar a traição, a minha sogra, Dona Alice, subiu as escadas, o seu medo transformado em raiva pura. "A culpa é tua! Tu nunca o fizeste feliz! A Clara era o verdadeiro amor da vida dele! Se ele morrer, a culpa é tua!" As palavras dela, o facto de que toda a minha vida tinha sido uma farsa, atingiram-me mais do que qualquer golpe físico. O nosso casamento, o nosso filho... Seríamos apenas um obstáculo? Uma mentira? Senti o meu telemóvel vibrar no bolso: uma notificação de transferência bancária. Pedro tinha transferido quase todo o nosso dinheiro da conta conjunta para a sua conta pessoal, horas antes do acidente. Ele não me estava apenas a deixar; estava a deixar-me sem nada. Num piscar de olhos, a minha vida desmoronou-se. Mas eu não me ajoelharia. Enquanto a minha sogra me amaldiçoava, senti uma raiva fria a crescer. Não olhei para trás. A batalha pela minha vida e pela do meu filho tinha acabado de começar.

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