Sangue por Vingança

Sangue por Vingança

Gavin

5.0
Comentário(s)
228
Leituras
11
Capítulo

Eu estava morta há cinco anos, uma alma presa a este mundo, flutuando sobre a floresta onde meu corpo foi abandonado. Então, ele chegou, Gustavo, meu ex-marido, o homem que me sentenciou à morte, parado na estrada de terra com seu carro caro e cara de nojo. Ele não estava ali por amor ou arrependimento, mas para salvar Clara, seu amor de infância, a mulher por quem ele me destruiu, doente novamente, e a cura? Meu sangue. Uma ironia cruel, pois foi por um simples chá calmante para Clara, atrasado por minutos, que ele me baniu para esta floresta grávida, onde os homens dela me torturaram até a última gota de sangue esvair de mim. Ele pensava que eu havia fugido, uma esposa ingrata, e agora, cinco anos depois, ele queria meu "sangue" para ela. A aldeia se fechou para ele, mas Dona Rosa, a matriarca que encontrou meu corpo e resgatou meu bebê, permaneceu firme, protegendo Leo, meu filho de cinco anos, com seus olhos castanhos e cachos escuros que eram uma cópia em miniatura dos meus. Gustavo viu Leo e, cego pela arrogância e pela mentira que ele próprio criou, não reconheceu seu próprio filho, apenas a prova de uma suposta traição. Ele ameaçou a aldeia, exigiu saber onde eu estava, e Dona Rosa, com a voz embargada pela dor, proferiu as palavras que ele se recusava a ouvir: "Sofia está morta". Mas a verdade só veio quando Leo, meu corajoso e pequeno Leo, na inocência de sua alma, deu um passo à frente e olhou para ele, dizendo: "Mamãe morreu". A raiva de Gustavo explodiu, acusando-me de ter me envolvido com outro homem, de ter tido um "bastardo", e eu, um fantasma impotente, vi meu filho, nosso filho, ser arrastado. Clara, a víbora em seu vestido branco, sussurrava veneno, alimentando a fúria de Gustavo, encorajando-o a drenar o sangue de Leo, nosso sangue, para sua própria cura doentia. Eu gritei, um som silencioso de agonia, enquanto a agulha perfurava a pequena veia do meu filho, e Clara, com um sorriso macabro, bebia de sua vida. Meu coração inexistente se despedaçou quando o último sopro de vida deixou Leo, e o sangue de Gustavo, ao cair no frasco, se misturou ao dele, uma prova inegável de sua paternidade, negada até o fim. A negação de Gustavo era uma muralha, mesmo com o corpo de Leo e a prova irrefutável do sangue, ele exigiu continuar "drenando" meu "sangue", levando seus homens a um túmulo improvisado na floresta. Ali, em meio a ossos manchados e o esqueleto de um feto, ele encontrou minha aliança, o brilho de ouro selou a verdade que ele tanto temia. A verdade o atingiu como um raio, a culpa o esmagou, e seu grito de agonia ecoou pela floresta, ele havia destruído tudo, inclusive a si mesmo. E assim, a vingança de Sofia começou, movida por uma fúria gélida, prometendo que cada gota de dor que Leo e eu sentimos seria retribuída.

Introdução

Eu estava morta há cinco anos, uma alma presa a este mundo, flutuando sobre a floresta onde meu corpo foi abandonado.

Então, ele chegou, Gustavo, meu ex-marido, o homem que me sentenciou à morte, parado na estrada de terra com seu carro caro e cara de nojo.

Ele não estava ali por amor ou arrependimento, mas para salvar Clara, seu amor de infância, a mulher por quem ele me destruiu, doente novamente, e a cura? Meu sangue.

Uma ironia cruel, pois foi por um simples chá calmante para Clara, atrasado por minutos, que ele me baniu para esta floresta grávida, onde os homens dela me torturaram até a última gota de sangue esvair de mim.

Ele pensava que eu havia fugido, uma esposa ingrata, e agora, cinco anos depois, ele queria meu "sangue" para ela.

A aldeia se fechou para ele, mas Dona Rosa, a matriarca que encontrou meu corpo e resgatou meu bebê, permaneceu firme, protegendo Leo, meu filho de cinco anos, com seus olhos castanhos e cachos escuros que eram uma cópia em miniatura dos meus.

Gustavo viu Leo e, cego pela arrogância e pela mentira que ele próprio criou, não reconheceu seu próprio filho, apenas a prova de uma suposta traição.

Ele ameaçou a aldeia, exigiu saber onde eu estava, e Dona Rosa, com a voz embargada pela dor, proferiu as palavras que ele se recusava a ouvir: "Sofia está morta".

Mas a verdade só veio quando Leo, meu corajoso e pequeno Leo, na inocência de sua alma, deu um passo à frente e olhou para ele, dizendo: "Mamãe morreu".

A raiva de Gustavo explodiu, acusando-me de ter me envolvido com outro homem, de ter tido um "bastardo", e eu, um fantasma impotente, vi meu filho, nosso filho, ser arrastado.

Clara, a víbora em seu vestido branco, sussurrava veneno, alimentando a fúria de Gustavo, encorajando-o a drenar o sangue de Leo, nosso sangue, para sua própria cura doentia.

Eu gritei, um som silencioso de agonia, enquanto a agulha perfurava a pequena veia do meu filho, e Clara, com um sorriso macabro, bebia de sua vida.

Meu coração inexistente se despedaçou quando o último sopro de vida deixou Leo, e o sangue de Gustavo, ao cair no frasco, se misturou ao dele, uma prova inegável de sua paternidade, negada até o fim.

A negação de Gustavo era uma muralha, mesmo com o corpo de Leo e a prova irrefutável do sangue, ele exigiu continuar "drenando" meu "sangue", levando seus homens a um túmulo improvisado na floresta.

Ali, em meio a ossos manchados e o esqueleto de um feto, ele encontrou minha aliança, o brilho de ouro selou a verdade que ele tanto temia.

A verdade o atingiu como um raio, a culpa o esmagou, e seu grito de agonia ecoou pela floresta, ele havia destruído tudo, inclusive a si mesmo.

E assim, a vingança de Sofia começou, movida por uma fúria gélida, prometendo que cada gota de dor que Leo e eu sentimos seria retribuída.

Continuar lendo

Outros livros de Gavin

Ver Mais
Quando o Amor Vira Mentira: A Luta de Sofia

Quando o Amor Vira Mentira: A Luta de Sofia

Moderno

5.0

No dia do terceiro aniversário do meu filho, Lucas, o meu marido, Pedro, simplesmente não voltou para casa. Preparei o seu bolo favorito e enchi a sala com balões azuis, enquanto Lucas esperava, adormecendo no sofá com o seu pequeno carro de corrida. Liguei para o Pedro dezenas de vezes, mas só encontrei o silêncio do telemóvel desligado. O meu coração afundava a cada tentativa falhada, até que a campainha tocou, já perto da meia-noite. Corri para a porta, com a esperança a reacender-se, mas não era ele. Eram dois polícias, com expressões sérias, que trouxeram a notícia: Pedro sofrera um acidente de carro, estado crítico. O mundo parou, as palavras ecoavam na minha cabeça: "crítico", "acidente". Mas a próxima frase atingiu-me como um raio: "Havia outra pessoa no carro... uma mulher. Infelizmente, ela não sobreviveu." O nome dela? Clara Bastos. A ex-namorada de Pedro, aquela que ele jurou ter ficado no passado. Antes que eu pudesse processar a traição, a minha sogra, Dona Alice, subiu as escadas, o seu medo transformado em raiva pura. "A culpa é tua! Tu nunca o fizeste feliz! A Clara era o verdadeiro amor da vida dele! Se ele morrer, a culpa é tua!" As palavras dela, o facto de que toda a minha vida tinha sido uma farsa, atingiram-me mais do que qualquer golpe físico. O nosso casamento, o nosso filho... Seríamos apenas um obstáculo? Uma mentira? Senti o meu telemóvel vibrar no bolso: uma notificação de transferência bancária. Pedro tinha transferido quase todo o nosso dinheiro da conta conjunta para a sua conta pessoal, horas antes do acidente. Ele não me estava apenas a deixar; estava a deixar-me sem nada. Num piscar de olhos, a minha vida desmoronou-se. Mas eu não me ajoelharia. Enquanto a minha sogra me amaldiçoava, senti uma raiva fria a crescer. Não olhei para trás. A batalha pela minha vida e pela do meu filho tinha acabado de começar.

Você deve gostar

Capítulo
Ler agora
Baixar livro