Manuela, uma plebéia formosa. Perseguida e cobiçada pelo rei do seu reino. Sua única saída é fugir. Mas fugir para onde? Willian Walters é rei, pai e amigo. Perdeu sua esposa no parto de sua única filha, Arya. Frio e calculista, Willian não percebeu que uma plebéia do reino inimigo residia em seu castelo, mas uma hora irá saber e esse primeiro encontro ficará na mente de todos. Louis Ebert pensou: "vou me deitar com a linda Manuela e depois matá-la." Então ela foge para o único lugar que ele não pode ir, o REINO DE WILIAN. Uma guerra entre dois reinos e uma paixão avassaladora.
Era madrugada. O reino inteiro dormia, exceto uns poucos. Os poucos que não dormiam tinham um tom de urgência.
-Tome isso. - Disse Leno, tirando a própria capa. Manuela estava branca feito papel, abraçada à Mãe. - Vai ajudar ocultá-la.
Ela se virou. Seus olhos eram de um mel impactante. Os seus cabelos cor de chocolate, caiam em cachos generosos até o meio de suas costas. Não tinha vestidos caros, mas mesmo com os que usava, seu corpo generoso em suas curvas podia ser percebido, mas seu rosto estava triste e assustado. O pai tinha saído para verificar se o caminho estava livre.
- É mesmo necessário?- perguntou enquanto Leno passava a capa por seus ombros.
- Se quiser proteger sua vida, é. - Disse puxando o capuz por cima da cabeça dela. - Eu sei o que ouvi dentro do castelo. Louis se cansou. Mandará seus homens atrás de você, a possuirá e matará em seguida.
A Mãe de Manuela gemeu, desolada. Acha a beleza da filha uma maldição.
- Mas para o reino de Willian, Leno? Para o castelo dele? Ele próprio me matará se souber da verdade. - Disse angustiada.
- Dentro do castelo de Willian é o único lugar onde Louis não pode alcançá-la. Estamos em guerra e os homens dele mal conseguem passar a fronteira, quem dirá do castelo. - Explicou. - Mantenha seu segredo e enquanto estiver sob os domínios de Willian, estará salva.
- Meus pais... - Tentou com os olhos lacrimejados de preocupação.
- O caminho está livre. - Disse seu pai em um sussurro, parando na porta.
- Vamos. - Manuela se agarrou à Mãe. - Não vai poder protegê-los, Manu. Vamos.
Manuela abraçou a Mãe deixando que o soluço abafado em seu peito viesse. Sentiu quando o pai à abraçou, se despedindo. Não haveria retorno, não havia certeza de que ela sobreviveria.
Leno a levou pelas ruas, ambos em silêncio. Os dois se embrenharam nas árvores, para o lado da fronteira do território de Willian, onde havia um cavalo amarrado em uma árvore em meio às sombras.
- Agora presta atenção. Quando chegares à fronteira, de modo algum deixe ser vista. - Disse sério após colocá-la no cavalo. - Larga o cavalo a uma distância e siga a pé. Fique escondida entre as árvores. Espere o anoitecer de amanhã, e não permita que ninguém a veja. Quando for madrugada outra vez, um homem de nome Kiko irá buscá-la, e deverá seguir com ele. - Manuela assentiu. - Boa sorte, Manuela. Eu realmente espero que tu não morra.
Manuela agradeceu. Leno sempre foi um bom amigo. Porém os dois pensaram ter escutado o barulho de algo entre as árvores e ela saiu a galope. Ela não pararia até chegar perto da fronteira. Sua vida dependia disso.