O aluno e a professora

O aluno e a professora

renata medeirosM

5.0
Comentário(s)
94.5K
Leituras
25
Capítulo

Chegou finalmente o dia tão esperado. Acabou a escola! Não preciso mais acordar às 6 da manhã. Tem sensação melhor do que essa? E claro também tem outra coisa boa: Não preciso mais fingir na frente dos meus amigos que não tenho nada com a Sabrina. Ela é professora da escola. Não pense coisas erradas de mim, ok? Eu não queria nada com ela exatamente por esse motivo. Imagina! Um aluno se relacionando com a professora? Uma mulher mais velha. Tá, não é tanta diferença de idade assim, o que pega mesmo é ela ser a minha professora. Mas foi só no último ano. Ela começou a dar aula para o ensino médio assim que entrei no terceiro ano. Sabrina tem vinte e três anos e eu completei dezoito. Não tem tanta distância assim entre nós, não é? Estava esperando minha mãe chegar. Detesto segredos e mentiras e por isso tomei a decisão de contar aos meus pais que estou apaixonado pela minha professora. Espero que não me condenem... - Oi, meu filho - ela se aproximou e beijou meu rosto. - Está tudo bem? - Sim. Eu queria conversar com você e o meu pai. - Aconteceu alguma coisa? - Não... nada demais... Ela cerrou os olhos na minha direção. Minha mãe sempre foi minha companheira. Me apoiava em tudo o que eu decidia, só que agora o assunto é delicado e isso me deixa nervoso. Meus amigos vivem dizendo que ela não parece ser minha mãe. Realmente ela não aparenta ter a idade que tem. Tem cabelos castanhos e olhos da mesma cor. Está sempre bem vestida e com um sorriso no rosto. Isso faz ela parecer dez anos mais nova. - Seu pai está chegando. Estou curiosa... Sorri com nervosismo. Ela também sorriu. - O que está aprontando? - Nada. - Me parece bem nervoso... Por que ela tem que me conhecer tão bem? Meu pai entrou em casa e olhou de mim para minha mãe. Logo franziu a testa. - Perdi alguma coisa? - Não. Seu filho diz que tem algo para contar - falou com mansidão. - É mesmo? E o que é? - Vamos para o seu escritório - falei. Minha boca estava seca. Por que estou tão nervoso? Com os dois acomodados confortavelmente, já podia contar. Eles estavam sentados nas poltronas de frente para mim. - Então...? - minha mãe falou curiosa. - Eu finalmente arrumei uma namorada - falei rápido e de uma só vez. Minha mãe sorriu largamente e meu pai soltou uma sonora risada. - Ah meu filho! Que coisa boa! - Ameaçou levantar. - Espera... tem mais uma coisa. - O que? - É a Sabrina. Agora os dois ficaram em silêncio. Minha mãe com os olhos um pouco arregalados. Meu pai estava mais surpreso. Não disfarçou o olhar de pavor. Ele passou a mão pelo cabelo. - A Sabrina? - Sim. - Mas ela é sua professora! - Era minha professora. As aulas acabaram. Os dois trocaram olhares. Depois de um longo momento em silêncio se encarando, minha mãe virou o rosto na minha direção. - Se é o que te faz feliz eu apoio - disse sorrindo. Ela levantou e me abraçou apertado. Mal sabia eu que era o começo de um tremendo pesadelo...  

Capítulo 1 O aluno e a professora

1º Capít lo

Quatro anos se passaram depois da minha revelação aos meus pais. No

início pareceu que meu pai não ficou muito satisfeito que eu namorasse a

Sabrina, mas depois de um tempo ele se acostumou com a ideia.

Nesse tempo eu tive altos e baixos com a Sabrina. Ela é complicada.

Quando cisma com alguma coisa, insiste até você confirmar. Minha mãe diz

que ela é mimada e que não mede esforços para conseguir o que quer.

Não acredito que seja uma coisa assim tão radical... Sabrina não faria mal a

alguém só para conseguir o que quer, não é? Eu acho que não. Ela só não sabe

ouvir um não quando quer algo. Os pais dela sempre tiveram dinheiro, mas

agora parece que o pai está tendo problemas no trabalho. Eu não sei ainda o

que é e a Sabrina fica furiosa quando tocam nesse assunto.

Meu pai milagrosamente estava em casa para o almoço e assim pude

perguntar. Ele é bem chegado ao pai da Sabrina.

- Pai?

- Oi, filho.

- O que aconteceu com o pai da Sabrina?

Ele ficou em silêncio me olhando por um momento.

- Ela não contou?

- Não. Na verdade, toda vez que alguém pergunta ela fica estressada,

então não quero tocar no assunto.

- Imagino mesmo o porquê de tanta revolta.

- Me diga então.

- O pai dela faliu.

- Faliu? Como?

- Ao que parece não pagava impostos... E também descobriram um

bocado de falcatruas na empresa dele.

- Jura?

- Qual a surpresa? Achou que ele fosse um homem honesto?

- Na verdade, achei. Você sabia que ele fazia essas coisas?

Meu pai suspirou e mexeu na comida sem prestar muita atenção ao que

fazia.

- Sim. Falei muitas vezes que um dia isso poderia dar problemas, mas ele

não quis me ouvir.

- Hum...

- Sabrina deve estar de mau humor, pois agora não terá mais a vida de

princesa que está acostumada.

- Mesmo que isso seja bem chato, ela tem emprego e ganha um salário.

Depois deve se acostumar.

Meu pai soltou uma sonora risada e eu franzi a testa. Qual a piada?

- Meu filho você não sabe que ela só está naquele emprego para encher

linguiça?

- Como assim?

- Geraldo deu um intimado. Ou ela arrumava um emprego, ou perdia a

mesada que ganha.

- Mas se ela arrumasse um emprego, qual a lógica da mesada continuar?

- A mesada é obscena, Daniel. Ele fez isso só pra ver se a Sabrina criava

um pouquinho de responsabilidade na vida. Mas pelo jeito... - A frase morreu

na boca dele e percebi que me olhou de um jeito esquisito.

- O que?

- Melhor mudarmos de assunto. Não quero que pense que estou falando

mal da sua namorada.

- Mas está? - perguntei calmo.

- Não. Só contei o que sei.

- Então pronto. Não vou achar nada.

- Tudo bem, mas vamos mudar de assunto. Chegaram dois novos

cavalos no Haras hoje. Quer conhecê-los?

- Claro. Você comprou?

- Ainda não... - Fez suspense.

- Hum... Que horas você vai?

- Depois de comer.

- Tá bom - falei sorrindo.

Adoro ficar no Haras. Principalmente quando tem algum cavalo novo.

Comecei a treinar salto há uns anos e gosto muito do que faço. Estou

pensando em começar a dar aulas lá...

Ao chegarmos ao Haras, meu pai pediu para ir até o estábulo e que os

cavalos estavam lá, mas não veio comigo. Dei de ombros e fui. Lá encontrei o

Miguel.

- Oi, Miguel. Meu pai falou que tem dois cavalos novos.

- Ah sim. Chegaram hoje de manhã. Vem cá. - Fez um movimento

pedindo para segui-lo.

Fui atrás dele e parei quando ele parou. Era um cavalo marrom com

manchas brancas. Bem bonito.

- Esse aqui tem dois anos. Disseram já ser adestrado e é bem manso. -

Passou a mão no focinho do cavalo e ele ficou parado.

- É bem bonito.

- Vamos ver o outro.

Segui ele até o fim do estábulo e assim que olhei o cavalo que estava lá

dentro, fiquei um longo momento sem piscar. Era o cavalo mais bonito que eu

já vi na minha vida! Todo preto. A crina lisa caia de um lado da cabeça e ele

brilhava de um jeito exuberante. Estava no final da baia, bem distante da porta.

Me aproximei e ele me olhou.

- Er... Sr. Daniel, não se aproxime muito...

- Por que não?

- Esse não é manso como o outro.

- É selvagem? - Virei meu rosto na direção de Miguel.

Sabe aquelas histórias de que pegam cavalos selvagens para adestrar?

Detesto esse tipo de coisa! Se o animal já está acostumado a ser livre, que

continue sendo!

- Bem, o dono diz que nasceu na fazenda dele, mas que nunca deixou

ninguém o montar.

- Sei... - Voltei a olhar o cavalo. Ele continuava no canto da baia e não

tirava os olhos de mim.

- Qual o Sr. gostou mais?

- Desse.

- Mas ele é indomesticado.

- Por que meu pai trouxe eles dois? - Voltei a olhar Miguel.

- Ele não disse?

- Não.

- Bem, então melhor perguntar a ele.

Franzi a testa e voltei a olhar o cavalo. Parecia hipnotizado. Estava do

mesmo jeito desde que me viu.

- Vou falar com ele então.

Segui até o escritório do meu pai e lá encontrei ele e o Rodrigo, que me

cumprimentou com um aperto de mão.

- E aí? Gostou deles?

- São lindos. Mas por que trouxe eles?

Meu pai sorriu largamente e eu pisquei, confuso.

- É seu presente de aniversário, filho.

Arregalei os olhos. Um cavalo? De aniversário? Será que meu pai sabe que

um presente é uma lembrança, ou uma blusa nova, ou qualquer coisa menos

extravagante, ou cara?

- Mas...

- Você não disse que queria começar a entrar em competições?

- Sim, mas...

- Então pronto! Precisa de um cavalo seu. Somente seu.

- É, mas...

- Ótimo! Estamos entendidos! Qual você escolheu?

Suspirei derrotado.

- O preto.

- Tem certeza? - Rodrigo perguntou.

- Sim.

- Mas ele não está adestrado.

- Tudo bem. Não tem problema - falei olhando meu pai, que sorria

largamente me olhando.

- Que coisa boa! Qual nome vai dar a ele?

- Ainda não sei. Vou ver como ele se comporta primeiro.

Depois de conversar com meu pai e tomar a decisão de ficar com o cavalo

preto, fiquei muito empolgado com a ideia. Rodrigo pareceu não aprovar

minha escolha, mas se o presente é meu, quem escolhe sou eu, certo?

Queria pegar o cavalo e montar, mas não deixaram. Miguel e Rodrigo

foram categóricos: nada de montar o cavalo até que se acostume. Tudo bem.

Eles não estão errados, mas eu estava tão empolgado que queria logo! Miguel

chegou a trancar a porta da baia... Não tenho cinco anos! Não vou entrar lá se

falaram que ele é indomesticado.

Não sei porque, mas não acho que seja...

Parei em frente a baia dele. Pelo menos a porta de cima o Miguel deixou

aberta e assim eu o vejo dali. Continuava no canto afastado da porta. Por um

momento passou pela minha cabeça que ele estava era com medo, mas no

segundo em que ele se aproximou da porta, eu quase corri, mas resolvi não me

mover e esperei para ver o que ele ia fazer.

O cavalo se aproximou da porta, mas não muito e ficou me encarando.

Fiquei parado no mesmo lugar olhando-o. Sempre gostei de cavalo, mas esse

tem algo a mais que não sei explicar...

Durante um bom tempo ele ficou no mesmo lugar me encarando. Achei

realmente que estivesse com medo e por isso não se aproximava, porém, ele

bufou e sacudiu a cabeça. Nesse momento fiquei tenso, mas não saí do lugar.

Ele se aproximou da porta lentamente. Os olhos presos em mim.

Agora estávamos um de frente para o outro, mas não me movi. Ele

esticou o pescoço na minha direção e então levantei a mão para acariciá-lo. Isso

bem lentamente. Toquei seu focinho delicadamente e ele balançou a cauda.

Logo moveu rápido a cabeça e por um momento achei que perderia os dedos,

mas ele só cheirou minha mão, para logo depois esfregar o focinho.

Sorri largamente e continuei acariciando-o delicadamente.

- Acho que é o começo de uma bela amizade, não é rapaz?

Ele bufou como se respondesse à pergunta.

À noite encontrei a Sabrina. Estávamos em um restaurante. Ela sempre

queria sair à noite e tinha que ser em um lugar bem chique e caro. Ela falava

sem parar sobre a escola e o quanto odiava aqueles adolescentes mimados e

respondões. Que se pudesse saia daquele lugar e de preferência dava na cara de

alguém. Disse que tinha um garoto que sempre a respondia atravessado e que a

única coisa que fez ele parar foi quando disse ser filha da diretora. Assim o

garoto passou a ser um anjo.

Sabrina continuou falando e falando, mas minha cabeça estava em outro

lugar. Pensava no cavalo preto e na possibilidade dele me deixar montá-lo. Isso

me empolgava demais! Nunca quis tanto subir em um cavalo bravo como

quero subir nele.

- Está me ouvindo?

- Claro que sim. - Me ajeitei na cadeira.

- Então...

Desviei o olhar dela, não é que eu ignore o que ela diz. É só que eu a

deixo falar e falar porque assim fica menos estressada, mas isso não quer dizer

que eu escute tudo o que ela fala. Até porque chega um momento que minha

mente vaga para outro lugar. Talvez um lugar mais alegre e com menos

reclamação...

Pensei de novo no cavalo e sorri. Ainda tenho que escolher seu nome.

- Está sorrindo pra quem?

- O que? - falei confuso.

- É aquela garota? - Apontou descaradamente para uma menina

sentada na mesa ao lado.

- Não estou sorrindo pra ninguém, Sabrina!

- Não se faça de idiota! Eu vi muito bem! - falou alto.

Olhei ao redor e as pessoas estavam olhando a gente.

- Para de falar alto, as pessoas estão olhando...

Ela olhou ao redor e ao perceber a mesma coisa que eu, amarrou a cara e

não falou mais nada. Sempre odiou pessoas escandalosas. E no momento ela

estava sendo uma dessas pessoas e sei que a raiva deve estar maior ainda agora.

Mas pelo menos não vai continuar gritando aqui.

Pedi a conta. Depois desse escândalo o melhor era ir para casa. Saímos do

restaurante e entramos no táxi. Sabrina não falou nada. O silêncio me

preocupa, pois acredito que quando for falar, não vai parar mais.

Tenho culpa por pensar em outras coisas quando ela só sabe reclamar?

O carro parou em frente ao apartamento dela. Desci do carro e

acompanhei até a portaria.

- Nunca mais sorria pra outra na minha frente!

- Sabrina eu não sorri pra ninguém.

- Eu vi muito bem! Não me faça parecer retardada! - Percebi que se

controlou para não gritar.

- Não sorri pra ninguém. Só me lembrei de uma coisa.

- Ah! Então nem prestava atenção no que eu falava?

- Você passou as últimas três horas falando sem parar! Eu nem tive

chance de contar as minhas coisas! - falei irritado.

Sabrina ficou em silêncio me encarando.

- Eu tenho que ir. - Virei as costas e segui para o carro, mas Sabrina

me segurou pela camisa. Respirei fundo. Estou cansado e quero ir embora

logo...

- Tudo bem. Me desculpe.

Franzi a testa e virei de frente para ela.

- É que eu estou estressada com as coisas aqui em casa. Aí nem notei

que... bem, não te ouvi.

- Sei...

- Você me desculpa? - Me puxou para mais perto.

- Tudo bem.

Ela sorriu largamente.

Me despedi dela e voltei para o táxi. Em alguns minutos, finalmente estava

em casa. Tomei banho e deitei na cama. Não sei se vou conseguir dormir.

Estou muito empolgado com meu cavalo novo...

Todos os dias eu visitava o cavalo e fazia carinho nele. Tinha que ter

paciência, então antes de tentar montar, queria que ele tivesse total confiança

em mim. E eu nele, é claro.

Depois de umas semanas o levei para fora depois de selá-lo. Diferente do

que Miguel achou, ele deixou fazer isso tranquilamente.

- Tem certeza? - Miguel perguntou visivelmente preocupado.

- Tenho e estou usando todos os equipamentos de proteção.

Miguel suspirou e se afastou. Me aproximei do cavalo e acariciei seu

focinho. Logo subi em suas costas. Esperei para ver a reação, mas ele ficou

parado. Arrisquei puxar a rédea para o lado e ele andou para o lado que eu

puxei. Fiz de novo para o outro lado e ele obedeceu.

Olhei Miguel com um grande sorriso e ele me devolveu um sorriso

nervoso.

Fiz o cavalo começar a andar e ele foi sem relutar. Quando percebi que ele

não me negava, fiz ele correr pelo lugar com a maior velocidade que consegui.

E põe veloz nisso! Acho que vou chamá-lo de Veloz.

Não... isso é muito clichê. Se bem que não me importo com isso. Mas

Veloz? Veloz... hum... Puxei as rédeas e ele parou.

- O que acha de Veloz?

Ele bufou e bateu a pata da frente no chão.

- Hum... Relâmpago?

Ele balançou a cabeça e bufou de novo.

- Tá... E que tal.... Cometa?

Agora ele relinchou alto e deu uns passos para trás, me fazendo agarrar as

rédeas. Achei que fosse me derrubar...

- Tudo bem. Então, Cometa.

Continuar lendo

Outros livros de renata medeirosM

Ver Mais
Inocência com sedução

Inocência com sedução

Romance

5.0

O que Taylor Magnus está fazendo aqui? Me encostei na parede com a saia subindo pela minha bunda enquanto me ajeitava na áspera parede de estuque. Eu não a ajeitei. O belo anfitrião, vestido incrivelmente bem, definitivamente percebeu. Enquanto lambia os lábios e andava na minha direção, eu sabia que ele se perguntava se eu estava usando calcinha. - É o bar mitzvah do melhor amigo da filha dele. O que você está fazendo aqui? Senhorita... Ele inclinou a cabeça para baixo e leu o nome no meu crachá de imprensa. Fitzpatrick? Aprendi com o tempo a não ficar nervosa; as pessoas farejam aproveitadoras de longe. Respirei fundo para afastar o medo. - Essa é uma festa e tanto. Trabalho na coluna de sociedade, sabe? Noticiando todo mundo que é alguém. Dei meu sorriso característico, uma expressão bem ensaiada de inocência com uma pitada de sedução. - Muito ousada, você não devia estar aqui. Essa é uma festa particular! Estava claro que ele não ia me dedurar. - Não se eu for convidada. Me abaixei um pouco na parede, fazendo minha saia subir ainda mais. - Clara Fitzpatrick, disse ele, lendo meu crachá. - Um nome muito judeu... - Vem da minha mãe. Então, você acha que Taylor vai passar o projeto da educação? Aquele dá àqueles garotos uma chance real de se educar... com faculdade, alimentação e moradia gratuitos? Eu sabia que estava pressionando, mas o cara sabia muito mais do que estava dizendo. Acho que ele esperava algo do tipo. - Ele deve assinar essa noite. Tem algo a dizer? Endireitei a gravata dele, que estava realmente torta. - Quero dizer, você é o anfitrião do pós Bar Mitzvah, recebendo na própria casa uma lista de convidados muito exclusiva".

Luxúria por uma noite

Luxúria por uma noite

Romance

5.0

Ela não conseguia decidir. Quando ele estava entre suas pernas, gemendo seu nome, ela não se importava. Sua mãe sempre a advertiu sobre homens como ele. O - bad boy. - O cara que vai te foder e te esquecer em um piscar de olhos. Mas quando você se apaixona por alguém, as coisas raramente são simples. Eles estavam fazendo amor ou apenas fodendo intensamente um ao outro? Ela só tinha certeza de uma coisa. Ela aproveitaria cada segundo com ele. ... e aguentaria cada centímetro. Kara: Não acredito que estou fazendo isso Kara: Estou com tanto medo, Meg Megan: Kara Megan: pense bem nisso!!! Megan: e se Max disser não?! Kara: Eu tenho que tentar Kara: Tô cansada de esconder a verdade Megan: ok... Megan: não importa o que aconteça... Megan: eu te amo. Kara: (emoji de coração) Kara: Eu sei, Meg Kara: Vamos torcer para que Max sinta o mesmo KARA Kara entregou sua carteirinha de estudante ao funcionário da universidade. Prendeu a respiração e olhou para o refeitório, onde sabia que encontraria Max. Mesmo tendo pago pela refeição, agora a comida era a última coisa na mente de Kara. Ela estava prestes a dizer a Max, seu melhor amigo desde o primeiro ano, que sentia algo por ele. Talvez fosse só um crush. Talvez fosse algo mais. Mas Kara sabia de uma coisa com certeza - ela estava cansada de esconder isso. Desde que Max voltou para Minnesota, depois de estudar um período fora do estado na Universidade do Texas, ela estava tentando encontrar uma maneira de dizer a ele. Deveria tentar algum grande gesto romântico? Ou deixá-lo dar o primeiro passo? E se ele não sentisse o mesmo por ela? Kara finalmente decidiu que usaria suas palavras. Ela só esperava que finalmente tivesse coragem suficiente para fazer isso. Quando entrou no refeitório, cheio de estudantes universitários desnutridos, ela logo o avistou. Aff. O menino era lindo. Um grande sorriso travesso, olhos castanhos comoventes e um corpo atlético, embora um tanto compacto - ele era tudo que Kara sempre quis. Seu - Cara Certo. - Seu cavaleiro de armadura brilhante. O escolhido. Ela acenou para ele e ele sorriu, acenando de volta. Aqui vai, ela pensou.

Jogos adultos

Jogos adultos

Romance

5.0

tamborilava o tampo de vidro da mesa do escritório com uma caneta de cem dólares sem importar-me em danif ci á-la. Aquele caso estava me tirando do sério. O cliente insistia em uma ação que não tinha mérito e que não nos levaria a lugar algum - apenas a f alência do escritório. Não estava nada interessada em perder o único emprego decente que tinha conseguido desde o f im do tratamento. Já tinha pesquisado todos os precedentes possí veis e ainda não tinha encontrado uma brecha que pudesse signif icar sucesso na demanda. Meus olhos estavam cansados de tanto olhar para a tela do computador, mesmo estando de óculos o dia inteiro. Respirando f undo, levantei-me e caminhei até a cozinha. Precisava de um caf é bem forte e provavelmente os pensamentos iriam clarear. Enquanto esperava a ruidosa caf eteira preparar-me um expresso, lembrei-me da primeira vez em que pisei no Metcalf e & Matthews Advogados Associados. Tinha acabado de sair de uma clí nica de reabilitação. Nunca tinha usado drogas nem nunca tinha bebido além do admissí velem sociedade. Eu tinha dois problemas que me levaram a f icar internada para tratamento por um ano - era maní aco-depressiva e tinha tentado o suicí dioduas vezes. Na segunda vez a f amí liaachou que deveria importar-se comigo e conseguiu uma ordem judicial para me trancar em uma clí nicae f orçaruma medicação que eu não desejava. Foi um ano excelente. No iní cio, detestei o lugar e as pessoas com quem tinha que conviver. As regras eram insuportáveis. Com o passar do tempo, a compreensão do problema e o vislumbre de que sairia curada f ez com que aceitasse o tratamento. Meus antecedentes, no entanto, não auxiliaram na busca por trabalho. A f amí lianão iria me sustentar; eu já tinha vinte e nove anos, então. O namorado não iria mais me aturar depois de ter tido que lidar com meu comportamento por quase três anos. Meu único bem, um apartamento, f oi vendido para pagar o tratamento. Eu precisava de um emprego que me garantisse uma renda razoável para alugar um novo apartamento e sobreviver. - Terra chamando Layla. - A voz de Melanie me tirou do transe de vários minutos. O caf éjá estava pronto há bastante tempo, mas eu continuava divagando sobre o passado recente. - Está tudo bem com você? Melanie era a melhor amiga desde minha contratação pelo Metcalf e& Matthews. A vida tinha mudado completamente - eu era mais f eliz e tinha relacionamentos mais saudáveis. Melanie era parte f undamental naquele processo. - Sim, é o caso Gandini que está me tirando do sério. Não sei por que aceitaram esse cliente nem por que me passaram esse pepino. - Jura que não sabe? - Melanie baixou o tom de voz e também serviu-se de um caf é. - Olson não gosta de você. Ele vai f azer de tudo para te sacanear e mostrar que você não é capaz de dar conta do cargo que assumiu. - Ele tinha pretensões para a minha vaga, não é? - Recordei- me que Jeremy Olson, um advogado que estava há mais tempo no escritório, ansiava pela vaga de advogado júnior que eu consegui apenas alguns meses depois de contratada.

Você deve gostar

Noiva por contrato - Bella Mia

Noiva por contrato - Bella Mia

Afrodite LesFolies
5.0

Livro 1: "Noiva por Contrato – Bella Mia" Dante Montallegro é um homem poderoso, determinado e que para vencer está disposto a tudo! Seu império ele conseguiu através de muita ambição, sua vida pessoal estava ligada completamente ao seu trabalho. Mas em um imprevisto da vida, ele jogou e apostou alto demais, fazendo um contrato que poderá mudar sua vida para sempre. Karen, uma jovem batalhadora, dedicada e amorosa ao seu pequeno irmão Gabriel. Ela cuida dele desde que seus pais morreram. Ela se viu tendo que enfrentar o mundo para sustentar os estudos dela e de seu irmão. Ela estava cheia de dívidas e em uma atitude desesperada decidiu entrar para uma vida oculta. Mesmo ganhando bem na boate Red Angel, ela sempre quis sair daquela vida de uma vez por todas, aquele contrato pagaria os seus estudos e a permitiria deixar a vida de acompanhante de luxo para trás. O que ela não sabia era que pela primeira vez neste trabalho, ela não estaria disposta a deixar o sexo de lado. O irresistível Dante seria capaz de conquistar além do seu corpo, também o seu coração? Livro 2: "Vita Mia: Amor Sob o Céu da Toscana" LIVRO EXCLUSIVO LERA Lana Sophie é uma dedicada e reservada secretária na empresa de destilados da família italiana Montallegro. Após uma desastrosa experiência amorosa, ela se empenha em manter seu coração protegido e focar exclusivamente no trabalho. Acostumada com a rotina de seu chefe Dante, Lana de repente se vê tendo que trabalhar para Aron, o irmão mais velho dele, um playboy provocador e intensamente lindo. Tudo muda quando Lana é obrigada a viajar para a Toscana em uma missão de negócios ao lado de Aron. Em meio aos belos vinhedos e paisagens encantadoras, eles se veem envolvidos em uma trama para alcançar seus objetivos empresariais, fingindo um relacionamento amoroso. O que começa como uma fachada logo se transforma em uma conexão intensa. Entretanto, quando pensam que tudo está resolvido e que encontraram um equilíbrio, imprevistos surgem, ameaçando desestruturar tudo o que construíram. Em um cenário repleto de intrigas, paixões e desafios, Lana e Aron terão que lutar para proteger seu amor e provar que estão dispostos a enfrentar qualquer obstáculo. Mas será que o amor deles será forte o suficiente para sobreviver aos segredos e armadilhas que os aguardam? ***Se gostou de Bella Mia e Vita Mia, leia também "Per sempre Mia - Um contrato de amor com o Italiano" e "O acordo irresistível (Série Destinos Entrelaçados - Volume 2)"

Capítulo
Ler agora
Baixar livro