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– ACORDA SUA IMPRESTÁVEL! - Ouço os gritos de meu pai. Logo, os fortes estrondos na madeira da porta pelas suas grossas batidas. - EU QUERO MEU CAFÉ EM MENOS DE VINTE MINUTOS!
Por um momento eu me assustei pelo fato de ainda não ter me acostumado com suas alterações de humor. Na última batida é um pontapé que faz-me pular na cama.
Céus! Coitada da pobre porta!
Meu pai é Sivan Colucci. Um ex empresário que faliu sua empresa com apostas em cassinos. Infelizmente, somos apenas nós dois a seis longos anos. É quase inacreditável que antes era diferente pois minha mãe era viva. Meu pai era apaixonado. A tratava como uma linda flor, repleta de carinho e atenção, não apenas com ela, mas comigo também.
Mas nada é eterno. Com sua falência, meu pai mudou de um homem gentil a um crápula. Fui iludida ao achar que meu pai fosse se tornar mais presente ao lutar para que sua família seguisse em frente. Mas apenas pensei. Em pouco tempo virou um alcoólatra e adquiriu vício em jogos. Pensei que fosse passageiro. Mas vem sendo assim por seis anos.
Seis longos anos onde presenciei a falência da empresa e acúmulo altos de dívidas. Logo com 16 anos me vi obrigada a procurar emprego devido às suas severas palavras: "Precisa de emprego? Pois bem... Trabalhe!". Tornei-me garçonete para dar a essa casa condições de comprar comida.
Isso foi como um aprendizado. Consegui trabalhar em dois empregos de turnos diferentes. Com dificuldade de muitas noites mal dormidas, estresse, cansaço e fome, conclui o ensino médio. Com o tempo, entrei para a faculdade e com motivação de Giovana e Noah - meus melhores amigos - paguei as dúvidas. De minhas economias consegui um carro. E agora, aos meus 22 anos sou técnica de enfermagem no hospital escola em Los Angeles.
O relógio marcava 04h20. Ainda processando o maldito motivo de ter que me levantar da cama, rastejo para o banheiro. A contra gosto faço minhas higienes e entro em um banho quente.
Renovo minha preguiça deixando ciente que estou indo para missa um dia de trabalho. Um que sempre quis e agora orgulho-me de dizer que é meu! Minha mãe sempre me encorajou a lutar pelos menos sonhos. Não deixei meu pai pai - aquele que deveria me apoiar acima de tudo - destruir meus sonhos.
Ao retornar ao quarto depois de alguns minutos, ajeito meus pertences e com orgulho separo meu lindo jaleco branco. Embora tendo se passado apenas dois meses formada na área de saúde ainda não acredito que sou uma enfermeira. Sei que mamãe estaria extremamente contente vendo meu avanço.
Já pronta, saio do quarto. Desço as escadas e deixo minha bolsa no sofá da sala principal. Vou para a cozinha preparar o café da manhã do meu pai.
Quando ele faliu, não procurou outro emprego. Eu quem sustento a casa e a família desde então. Nossa casa é um apartamento moderno, sofisticado e aconchegante em Nova Jersey.
Separo o café dele e pego algumas torradas com Nutella quando decido ir trabalhar. Com calma, como no como enquanto certifico de que a chave da casa e do meu carro estão na bolsa. Estava prestes a sair quando escuto a voz do meu velho:
- Já vai para o emprego, vadi... digo; Ariel? - Ignorando seu quase insulto, viro-me para olhá-lo. Com seus cabelos desgrenhados e postura de homem derrotado, ele permanecia parado no meio da escada.
- Sim papai. Seu café já está pronto. - Ignoro sua face mal humorada e viro-me para sair.
- É um trabalho sem futuro. Deveria ser uma empresária e não uma enfermeira barata. - Suas palavras contém ódio. Um demônio apoiaria mais minhas decisões do que ele.
Ao destrancar e abrir a porta, digo:
- Para quem perdeu a fama de empresário por jogos baratos não tem direito de opinar nada. Se sou uma enfermeira barata, o que você é?
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