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Amor em Chamas - Os Petersons

Amor em Chamas - Os Petersons

Bela Blair

5.0
Comentário(s)
68
Leituras
1
Capítulo

Meg Sanders apenas rezou para ser salva, ela não pensou que fosse encontrar Gael Peterson, o amor de sua vida. Quando um incêndio surge tudo o que Gael Peterson faz é arriscar sua vida pelo próximo, ele só não pensou que também fosse arriscar seu coração. Com a vida que ele sempre desejou e mulheres aos seus pés, Gael se vê condenado a um amor repentino, mas que por ele será por anos, bem diferente de Meg Sanders, que fechou seu coração desde que compreendeu que sua mãe deixou ela e o pai, para viver uma vida de amores. Com medo de magoar o carinhoso e irresistível Gael e a si mesmo, Meg faz uma proposta de terem somente o físico, mas ao ver os sentimento mudando e que Gael está mais entregue do que deveria... Ela foge. E agora? Meg será capaz de esquecer essa paixão que ela mesma causou com um simples beijo ou será que Gael irá mostrar que se arriscar por um amor vale a pena?

Capítulo 1 Meg Sanders

Ouço a sirene chegando, mas temo que já seja tarde. Tudo que respiro é fumaça. Depois de tanto tempo, faço aquilo que já não fazia há muitos anos.

Meu nome é Meg Sanders e vocês estão prestes a presenciar uma morte quente e horrível.

Duas horas antes.

- Tem certeza que vai ficar? - Liz pergunta pela segunda vez enquanto pinto uma tela.

- Vou sim. - confirmo e paro para olhá-la. - Sabe que tenho uma exposição importante daqui três semanas. É a primeira vez que vou expor e as telas...

- Têm que estar perfeitas. - ela me interrompe repetindo a frase que tenho falado durante dias e sorrio.

- Isso! Ainda está faltando três peças para a coleção e quero terminar o quanto antes. Não quero correr o risco de acontecer alguma coisa errada.

- Você que sabe... Tenta pelo menos não ficar até muito tarde. Não quero voltar aqui amanhã e vê-la dormindo no chão. - provoca e balanço a cabeça com sua preocupação.

- Sim senhora! Mas fique sabendo que o chão não é tão duro assim. - faço graça e vejo ela revirar os olhos.

Ela se aproxima beijando minha testa e sai me deixando sozinha. Liz se tornou minha melhor amiga quando me mudei para Seattle. Estudamos na mesma faculdade, só que na época ela fazia Jornalismo enquanto eu melhorava minha pintura, cursando Artes Plásticas. Ela estava pregando no quadro de aviso da faculdade, que tinha um quarto para alugar, eu aproveitei a vaga e fiz de tudo para o quarto ser meu, não que eu não tivesse um lugar para ficar, mas queria ser independente e sair da casa do meu pai.

Hoje em dia vejo que fiz bem, pois um ano depois, perdi meu pai em um acidente de carro. O impacto foi tão grande que ele morreu na hora. Liz foi comigo para confirmar que aquele homem em cima de uma maca, era meu pai. Foi doloroso. Passei uma semana trancada em meu quarto chorando por achar que estava sozinha, já que não conhecia minha mãe, a única coisa que sei dela foi que três dias depois de eu nascer, ela desapareceu e me largou com meu pai. Demorei a perceber que eu tinha uma irmã e ela estava o tempo todo do meu lado. Liz foi compreensiva e amorosa e quando ergui minha cabeça, ela veio junto comigo.

Se meu pai pudesse ver como eu estava, ele com certeza me deixaria de castigo.

"Eu não criei uma filha para ser um zumbi!" - isso era o que ele diria.

Tranquei a faculdade e fiz apenas um curso de pintura. Com o dinheiro guardado que eu tinha e com a herança de meu pai, aluguei um espaço em cima de uma loja de roupas femininas. A dona precisava do dinheiro e eu de um lugar para minhas telas. Liz como sempre me apoiou, e é graças a ela que tenho uma exposição de quadros em breve, ou melhor, graças ao irmão de uma amiga dela.

Semana que vem vou ver o dono da galeria mais renomada de Seattle, que conheci através da Liz, como o irresistível e idiota Noah Peterson. Liz tem uma rixa com o rapaz e para mim isso é amor, mas ela odeia que eu fale isso. Levarei algumas das minhas telas para ele dar uma olhada e ter uma noção de onde elas possam ficar no dia do evento.

Minhas pinturas acabam sendo aquilo que sinto ou vejo. Quando algo me chama atenção eu pinto, e tento expressar a emoção do momento, seja das mãos dadas de um casal de idosos, até a boca suja entre namorados raivosos.

Neste momento estou pintando uma mulher nas sombras, sozinha e esquecida pelo mundo. Estou tão entretida que nem percebo que já passa das onze horas e pela primeira vez sinto um cheiro de fumaça.

Quem está colocando fogo a essa hora? Penso com repulsa.

Pego apenas meu celular que é a única coisa que trago e apago as luzes. Ao abrir a porta o cheiro de fumaça se intensifica e noto uma claridade incomum na parte inferior do local. Desço somente três degraus quando um varal de blusas cai sobre ela. Estaco.

Fogo!

Minhas pernas se movem segundos depois do susto tomado. Subo correndo e fecho a porta atrás de mim. Isso não pode estar acontecendo. Só agora noto o quão está quente aqui em cima. Olho em volta pelo salão vendo a única janela existente, que por sinal, está emperrada e com grades para evitar arrombamentos. Corro até ela mesmo assim na tentativa de chamar por ajuda.

- SOCORROOOOO! POR FAVOR! - grito, mas meu som sai abafado pela janela. Passo minhas mãos pelas grades e bato com tanta força no vidro que ele quebra, machucando minha mão. - Droga!

Tiro o pequeno pedaço de vidro da minha mão e olho em volta. O desespero me atinge quando noto as chamas já na porta. Mal percebo que já estou chorando.

O que eu faço? O que faço? O banheiro!

Corro em sua direção e me tranco. Abro a porta de vidro do box e entro me encolhendo no chão. Aperto forte o celular em minhas mãos. O celular! Digito os números de Liz e espero angustiada que ela atenda.

- Fala minha linda! - ignoro sua alegria e tento controlar meu choro. Tudo em vão.

- Liz, me ajuda, está tudo pegando fogo!

- O quê? Onde você está? - pergunta desorientada e começo a tossir. Vejo a fumaça adentrando o lugar.

- No banheiro... Do meu salão. A loja está pegando fogo.

- VOCÊ ESTÁ AÍ DENTRO? - ela grita no telefone preocupada, mas não consigo responder sua pergunta.

- Eu não quero morrer Liz... - pronuncio aos prantos.

- Não vai Meg, eu vou conseguir ajuda.

A chamada se encerra e eu escuto apenas o bip da linha muda. Olho para a tela do meu telefone me sentindo angustiada e levo de volta ao meu ouvido.

- Liz?... Liz? Não me deixa! - suplico para o nada e desabo em choro.

Tusso outra vez e ergo os olhos ainda vendo a fumaça entrar. Levanto-me e pego uma toalha molhando-a e colocando nas frestas da porta, volto para o box e me encolho novamente. Fecho os olhos e faço aquilo que não faço há seis anos.

Eu rezo.

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