O Primeiro Amor em Nova York

Charm Club era uma das boates mais sofisticadas de toda a Cidade A. Lá, tinha um sistema de som espetacular que fazia o chão tremer e uma pista de dança onde homens e mulheres apaixonados se moviam ao ritmo da música do anoitecer ao amanhecer. Neste lugar, todos conseguiam o que queriam: permissão total para experimentar prazer e o tipo de vínculo que não poderia ser concedido na frieza do mundo exterior.

Havia duas jovens sentadas em um canto, algo que parecia contraditório ao lugar. Era a primeira vez que Shirley veio a um lugar como este. Ela preferia o silêncio de sua casa a estar em um lugar barulhento como este. Suas sobrancelhas franziram em preocupação quando olhou para sua amiga, Chloe, que estava tomando várias doses de tequila. "Chloe, pare de beber, acho que você já bebeu o suficiente por hoje."

"Shirley, você deveria beber também! O álcool é muito bom, pode fazer você esquecer todos os seus problemas. Saúde!" Chloe já estava tão bêbada que entregou a Shirley uma garrafa de conhaque, apesar de suas reclamações, e despreocupadamente abriu outra. "Sabe, homens são sem-vergonha, não vou mais cair nas mentiras deles. Que cara... desgraçado... Eu nunca vou amar..."

Shirley suspirou, sentiu pena de sua pobre amiga, que estava presa em um círculo vicioso de amor. Por que o caminho dela para o amor era tão difícil? Chloe voltou-se para o álcool para curar seu coração partido após um relacionamento fracassado, e o homem que Shirley amava se tornaria seu cunhado em menos de 24 horas. Se esse era o plano de Deus para elas, ele era muito bom em enganar as pessoas. E se aqueles homens não eram para elas, então por que Deus os colocou em seu caminho em primeiro lugar? Shirley ergueu o copo e olhou seu conteúdo, perguntando-se se aquilo realmente a faria se sentir melhor. Isso realmente funcionaria? Ela poderia ficar bêbada pelo menos uma vez? Seria possível esquecer todos os seus problemas? Ela parou de pensar, respirou fundo e deu um gole no conhaque do copo, depois se serviu de outra bebida.

O tempo passou voando e a música nunca tinha parado, e havia um fluxo contínuo de pessoas chegando, parecendo procurando a mesma coisa que eles: algum conforto para sua angústia. Depois que todas as garrafas sobre a mesa foram esvaziadas e o balbucio incoerente de Chloe parou de fazer sentido, Shirley percebeu que era hora de ir para casa, então ela agarrou a mesa com as duas mãos e de alguma forma se pôs de pé. No entanto, quando ela tentou ajudar Chloe a se levantar, ela de repente ficou tonta e teve que se sentar novamente. Ela balançou a cabeça sem pensar, esperando que isso a ajudasse a ficar sóbria, e então uma figura familiar apareceu na discoteca. Ela parecia incrédula, apertando os olhos para ver melhor, talvez ela estivesse começando a imaginar coisas porque estava bêbada.

No entanto, quando ela fechou os olhos e os abriu novamente, o lindo rosto ainda estava lá e seu coração disparou. Atordoada, ela se perguntou se era realmente ele. O que ele estava fazendo aqui? Afinal, ele se casaria no dia seguinte. De todos os lugares da cidade, por que ele tinha que estar lá? A ideia de ele se tornar seu cunhado reacendeu a tristeza e o desespero dentro dela.

Isaac estava sentado no sofá, suas roupas elegantes combinando com sua beleza. Ele pegou a taça de vinho que seu amigo lhe ofereceu e seu sorriso iluminou suas belas feições.

"Não é ótimo como os eventos felizes mantêm as pessoas de bom humor?

Olha, nosso amigo Isaac está sorrindo a noite toda. É estranho vê-lo sorrir tanto! Na verdade, sou amigo dele e não o vejo fazendo isso com frequência. É realmente uma bênção poder testemunhar um momento tão importante em nossas vidas!" Zachary sabia que não teria muitas oportunidades como essa para provocar seu amigo, então fez questão de aproveitar ao máximo o momento. No entanto, ele não podia deixar de ficar animado com a ideia de que um de seus amigos mais próximos se casaria no dia seguinte.

Isaac, porém, permaneceu calmo e distante. "De verdade? Parece estranho para você?"