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— Assine — rosnou Simon, batendo o documento com força na mesa bamba.
Como o Alfa da Alcateia Lua de Prata e meu companheiro predestinado, ele não estava pedindo. Ele estava ordenando que eu entregasse minha Essência de Lobo — a fonte da minha vida — para minha irmã moribunda, Laila.
— Se eu der minha essência a ela, eu vou morrer — sussurrei, meu corpo já tremendo pelo veneno oculto que corria em minhas veias.
Mas Simon apenas me olhou com aqueles olhos âmbar frios e impiedosos.
— Pare de mentir, Zora. Você está apenas com inveja porque ela é a futura Luna e você não é nada. Assine isso, ou eu vou rejeitá-la publicamente agora mesmo.
Quebrada e sem esperanças, assinei minha sentença de morte.
Eu morri no momento em que o bisturi de prata tocou minha pele na mesa de operação.
Foi apenas durante a autópsia que a cirurgiã gritou de horror.
Ela descobriu que meus órgãos estavam liquefeitos por envenenamento crônico de Acônito.
E pior, ela descobriu que eu não tinha essência para dar. Minha essência primária já havia sido roubada cinco anos atrás — arrancada de mim pela própria Laila para forjar seu próprio poder.
Simon caiu de joelhos no necrotério, a compreensão o destruindo.
Ele havia forçado sua verdadeira companheira a morrer para salvar o monstro que a estava matando o tempo todo.
Em um ataque de loucura, ele executou Laila e depois cravou uma adaga de prata em seu próprio peito, desesperado para me encontrar no além.
— Estou aqui, Zora — chorou o fantasma dele, ajoelhado diante de mim no reino dos mortos. — Por favor, me perdoe.
Olhei para o homem que me viu apodrecer sem nunca realmente me enxergar.
— Não — eu disse.
E virei as costas para ele para sempre.
Capítulo 1
Ponto de Vista da Zora:
O sótão cheirava a mofo úmido e tristeza antiga. Eu estava encolhida no colchão fino, meu corpo tremendo não pela corrente de ar gelada, mas pelo fogo líquido que percorria minhas veias.
Acônito.
Não era uma morte rápida. Era um despejo lento e sádico da vida. Caçava o lobo primeiro, dissolvendo o espírito antes de vir buscar a carne. Minha loba, antes uma coisa vibrante e dourada em minha mente, estava silenciosa. Ela estava enrolada em uma bola apertada e trêmula no fundo da minha consciência, desaparecendo como uma brasa morrendo na chuva.
A porta se abriu com estrondo, a maçaneta batendo no gesso com uma violência que fez meus dentes baterem.
Simon preencheu o batente. Seus ombros largos bloqueavam a luz do corredor, lançando uma sombra longa e irregular sobre mim. Ele era o Alfa da Alcateia Lua de Prata, o predador no topo da cadeia alimentar. Ele costumava cheirar a nuvens de tempestade e ozônio — um cheiro que deixava meus joelhos fracos de desejo. Agora, ele só cheirava a perigo.
— Levante-se, Zora — ele rosnou. Não foi um pedido; foi uma vibração que sacudiu meus ossos.
Tentei me levantar, mas meus braços pareciam macarrão molhado. O veneno tinha consumido muito de mim. Tossí, o gosto de cobre e cinzas cobrindo minha língua.
— Eu... eu não consigo — raspei.
Simon entrou no quarto. Seus olhos âmbar eram coisas planas e mortas. Ele não via uma companheira. Ele não via uma mulher morrendo. Ele via um obstáculo.
— Eu não perguntei se você conseguia — disse ele, sua voz caindo para aquele registro aterrorizante de Alfa. — Eu estou ordenando.
O ar na sala virou chumbo, esmagando meus pulmões. O Comando Alfa não era algo que se lutava contra; era como a gravidade. Meu corpo me traiu, ignorando meu cérebro e minha dor. Meus músculos se moveram aos trancos, manipulados por sua voz. Fiquei de pé, balançando como uma bêbada, lágrimas de esforço embaçando minha visão.
Ele jogou um documento na mesa capenga.
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