Noiva por contrato - Bella mia(série: Destinos entrelaçados)
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Lágrimas da Luna: Dançando com os príncipes licantropos
Sofia entrou na Granja Comary, onde a seleção brasileira estava treinando e em concentração para o próximo jogo da Copa das Confederações. Ela ficou um pouco chateada de ter sido chamada, junto com a equipe de quatro psicólogos, contando com ela, tão em cima da hora. A Copa das Confederações estava no meio e indo para o final quando o lance dos psicólogos finalmente engrenou. Sofia brincou com as amigas que o técnico havia a convocado e que ela precisava urgentemente ir.
Baiana de nascimento, capixaba de coração, Sofia vivia em Vitória, na capital do estado, quando viu que teria que teria que passar um tempo em Teresópolis. Foi um tapa na cara, de repente Sofia se viu desmarcando consultas, cursos e pedindo férias no trabalho dela, como RH. Claro que o salário era interessante. Ganharia mais ali do que em todos os seus empregos juntos e finalmente conseguiria ir para o mestrado em Londres assim que a Copa das Confederações acabasse.
Ela poderia realizar seus sonhos, poderia sair daquele ninho, deixar de trabalhar tanto, se dedicar a sexologia, matéria que sempre gostou, investir no que ela amava e finalmente sair do desconforto.
Ela foi em direção a secretaria e logo foi direcionada para onde ela iria trabalhar por uma mulher muito simpática. A CBF pagou a diária num hotel próximo a Granja para que ela pudesse transitar livremente do seu local de descanso até o trabalho.
A historia dela, como qualquer uma, tinha um cenário para começar, e começou num corredor branco, recém construído ou reformado, com luzes e um cantinho para café, com quatro salas, duas em cada lado do corredor amplo.
Ela respirou fundo, a mulher que estava levando-a até o corredor era uma moça morena, alta, com belas pernas, que estavam visíveis por causa de sua saia lápis que ia até a altura do joelho.
- Eu iria te guiar por todo o espaço da Granja, mas devido a uma mudança de horários em cima da hora eu vou ter que te levar direto para a sua sala. Você não vai ficar chateada com o jogador, não é? – Sofia sorriu. Ela era aquela mistura gostosa de capixaba com baiano, sempre calma, aparentando despreocupação, mas com aquele sotaque de “s” puxado e um sorriso animado no rosto. Deu de ombros e negou com a cabeça.
- Claro que não. Imagina só! Logo eu que sou a rainha das mudanças de horário em última hora. – A mulher parecia aliviada, o que indicava que outro psicólogo devia ter ficado com raiva e ter dado algum chilique.
- Olha, aqui está sua lista e essa é a sua sala. – As duas mulheres chegaram a frente de uma sala de porta branca, como todas as salas e a parede daquele corredor. Colocou seus dedos na maçaneta prateada e abriu a porta.
A sala era branca tinha uma janela grande, que estava fechada por uma persiana da mesma cor da parede. Os móveis embutidos eram da mesma cor clara que cercava todo o ambiente. Na parede direita um grande espelho enfeitava o ambiente. Só a luz acobreada de uma lamparina iluminava a sala deixando o lugar bem acolhedor.
Sofia estava com uma bolsa pequena que continha uns livros sobre psicologia que ela gostava de carregar consigo. Uma foto dela com a irmã mais velha e a tia, que era sua única família depois da morte dos pais, alguns objetos de decoração pequenos que gostava de carregar por seus escritórios, como amuletos. Nunca sabia que tipo de pessoa iria encontrar em seu caminho e, além disso, carregava sua agenda, seu caderninho e suas canetas coloridas.
Confessava que nunca havia saído do Ensino Fundamental, por isso carregava em sua bolsa várias canetinhas de milhares de cores.
Sofia parou de observar a sala para prestar a atenção na listinha que estava em suas mãos.
“15h (terça-feira) – João Pedro.
17h (terça-feira) – Noah.
16h (quarta-feira) – Mateus.
18h (quinta-feira) – Danilo”
Ela não ligava para futebol, não fazia ideia de quem ela iria atender. Estava por fora da escalação da seleção, estava por fora de tudo.
- O horário pode mudar de acordo com os jogos, ok? – Sofia levantou os olhos rapidamente, acenou com a cabeça e fez “uhum”. Sabia da vaia para a presidente, sabia até onde havia sido o primeiro jogo, mas não conseguia associar aqueles nomes a rostos nem nada. Ficou ainda mais preocupada com a coisa das mudanças de horário.
- Tem wi-fi aqui? – Perguntou, a secretária se perguntou se ela havia escutado sobre o horário, mas resolveu não perguntar de novo. Sabia que a mulher era responsável, o seu chefe havia enchido o saco dela para que tratasse bem Sofia. Era uma boa psicóloga, extremamente dedicada.
- Tem sim. Tem alguma caneta pra eu te dar a senha?– Sofia acenou com a cabeça e pescou a primeira caneta que viu jogada na bolsa, uma de tinta laranja fluorescente. A mulher novamente se viu questionando a credibilidade daquela psicóloga e mais uma vez preferiu se calar.
Ela anotou os números e letras na ponta da folha de horário que Sofia lhe entregou e terminou acenando a cabeça.
- Vou te dar espaço para você se ajeitar, o João Pedro chega em meia hora. Tem certeza que não está com raiva? - A mulher parecia atordoada, como se tivesse mais coisas para cuidar do lado de fora, a psicóloga ficou com pena e sorriu.
- Claro que não. Estou bem. – Ela acenou com a cabeça, juntou as mãos na frente do corpo e saiu fechando a porta atrás de si. Sofia jogou a mochila em cima da escrivaninha e começou a tirar as coisas de dentro dela enquanto usava o celular para pesquisar sobre seu primeiro paciente.
Ia de um lado para o outro, colocando as coisas no que acreditava ser seus devidos lugares, olhando no celular, dando um clique e voltando.
Deu um sorriso ao ver a imagem marcante do zagueiro. Cabelos encaracolados, armados ao redor do rosto e olhos verdes compenetrados marcantes. Era paulista e ver a aparência dele a motivou a pensar bem do garoto de 27 anos que jogava no Chelsea.
Chegou à conclusão que conhecia ele de alguns flashes em programas corriqueiros na TV.
- João Pedro... – Ela repetiu seu nome baixinho, com um sorriso no rosto. Raramente se via achando um jogador de futebol bonito, mas se viu achando aquele garoto uma gracinha. “Por foto todo mundo é uma gracinha” pensou ela, não conhecia o rapaz então resolveu não pensar sobre.