Noiva por contrato - Bella mia(série: Destinos entrelaçados)
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Raquel Nach é uma jovem independente, conhecida por seu mau-humor e sarcasmo afiado. Trabalhando como jornalista investigativa, ela dedica suas horas a desvendar mistérios e expor verdades ocultas. Sua forte personalidade e temperamento difícil afastam a maioria das pessoas, mas ela prefere lidar com menos problemas. No entanto, por trás dessa aparência impenetrável, esconde-se uma mulher de coração generoso e uma paixão ardente pela justiça.
Embora seus poucos amigos íntimos estejam cientes de que Raquel faria qualquer coisa por aqueles a quem ama, apesar de, raramente, demonstrar seus sentimentos convencionalmente.
Era uma tarde de outono, e Raquel caminhava apressadamente pelas ruas, seu olhar fixo em uma pilha de documentos que segurava. O vento agitou seu cabelo castanho-claro, e ela fez questão de manter uma expressão séria, ignorando os olhares curiosos dos transeuntes. Estava em busca de uma pista que a levasse a uma grande reportagem sobre corrupção em grandes empresas.
Enquanto isso, Augusto Stone, um dos mais influentes magnatas, saía de uma importante reunião em um imponente edifício. Quando estava prestes a entrar no seu luxuoso carro, Raquel tropeçou com ele e caiu no chão, derrubando todos os documentos importantes. Os documentos se espalharam pela calçada, voando como folhas ao vento. Raquel, aturdida, começou a recolhê-los rapidamente, seu rosto vermelho de constrangimento e frustração. Augusto, surpreso, abaixou-se imediatamente para ajudá-la, mostrando um sorriso caloroso.
"Desculpe, você é cego?", disse Raquel, desejando enforcar aquele homem gigante, que estava parado no meio do caminho. Ele, com um sorriso desconcertado no rosto, ergueu as mãos em sinal de rendição.
"Peço desculpas, não vi você," respondeu ele, tentando aliviar a tensão. Raquel respirou fundo, tentando conter a irritação.
"Tudo bem," disse ela, mais calma, "só estava com pressa para chegar ao trabalho."
Augusto, percebendo a situação, ofereceu-se para carregar os documentos até um café próximo, onde poderiam se organizar melhor. "Aceita um café enquanto isso?", perguntou ele, tentando ser gentil.
Raquel hesitou por um momento, mas acabou aceitando a oferta de Augusto. Afinal, um pouco de cafeína poderia ajudar a clarear sua mente e talvez essa fosse uma oportunidade de conseguir alguma informação valiosa para sua reportagem. Caminharam juntos até o café, onde se sentaram em uma mesa ao fundo, longe do burburinho dos outros clientes.
Enquanto organizavam os papéis, Augusto olhou para Raquel com curiosidade. "Você parece estar no meio de algo importante," comentou, tentando puxar conversa.
Raquel, bastante desconfiada, apenas assentiu.
"Sim, estou trabalhando em uma matéria que pode mudar muitas coisas," respondeu ela, sem querer dar muitos detalhes. "E você, está fazendo da vida?"
Augusto sorriu, um pouco envergonhado. "Sou empresário, mas não tão interessante quanto o que você faz, com certeza," disse ele, com um tom modesto. A menção de sua profissão fez Raquel erguer uma sobrancelha.
"Empresário, é? Espero que não esteja envolvido em nada que precise investigar," comentou, meio brincando, meio séria. "Você me parece familiar, seguro que não está envolvido em nenhum escândalo?"
Ele riu, balançando a cabeça. "Prometo que estou limpo," afirmou, olhando-a nos olhos, e ajeitando seus óculos de grau recém comprados. A sinceridade no olhar dele fez com que Raquel baixasse um pouco a guarda. A conversa fluiu naturalmente, e ela percebeu que ele era mais do que um simples magnata. Havia algo cativante na maneira como ele falava sobre suas ideias de negócios e o desejo de fazer a diferença no mundo.
Quando Raquel finalmente se levantou para ir embora, agradeceu a Augusto pela ajuda e pelo café. Ele, por sua vez, desejou-lhe sorte na investigação.
"Espero que encontre o que procura," disse ele. Raquel saiu do café intrigada, estava ainda em dúvida se este era apenas um simples empresário ou se tratava do mesmo Augusto Stone, um dos envolvidos na sua investigação. Até poderia ser ele, pensou, se eu tirasse aqueles óculos que usava seguro teria comprovado a minha dúvida.
Raquel entrou na redação do Truth Revealed com passos rápidos e determinados. Seu rosto estava vermelho de raiva, e sua respiração, ligeiramente ofegante. Atrasada para a reunião editorial, ela mal teve tempo de tirar o casaco antes de começar a falar.
"Vocês não vão acreditar no que aconteceu!", exclamou, com uma mistura de frustração e urgência em sua voz.
Os colegas de trabalho pararam o que estavam fazendo, suas atenções agora totalmente voltadas para Raquel. Era raro vê-la tão agitada, o que só podia significar que algo realmente importante havia ocorrido. Ela se dirigiu diretamente ao editor-chefe, que aguardava com uma expressão de expectativa.
"Eu estava a caminho da entrevista exclusiva com a fonte anônima, quando o trânsito parou completamente por um protesto inesperado!", explicou, gesticulando vigorosamente. "E para piorar, meu telefone ficou sem bateria, então não consegui avisar ninguém. Finalmente caindo sobre a cadeira complementou. "E se acham que este é fim não, meu amigo, ainda tive que topar com um troglodita que me fez cair e quase perdi todos meu trabalho!"