A Segunda Chance com Meu Amor Bilionário
Um vínculo inquebrável de amor
Quando ela deixa de ser submissa
De volta à loucura do amor
Casamento relâmpago com meu marido misterioso
Um casamento arranjado
Um favor ao meu chefe
O caminho para seu coração
A garota com múltiplas identidades
Amor possessivo: meu marido deficiente
Ava Willians
Desde que me mudei, há duas semanas atrás, tudo tem sido um completo caos, às aulas começaram há um mês e meio e sou a aluna nova, os outros alunos querem me conhecer e tudo que eu quero é fugir, a cada garoto que se aproxima eu fico apreensiva e dobro os meus medicamentos fora do horário e sem prescrição médica só para tentar ser um pouco normal, ou pelo menos não ter uma crise de pânico na frente de alguém. A mudança me trouxe ainda mais inseguranças, mas o que mais tem acabado com o pouco da minha sanidade é o Luke Colton, desde o primeiro dia de aula ele tem deixado bem claro seu ódio por mim, Luke é o capitão do time de futebol americano do colégio, os outros garotos o tratam como se ele fosse um rei e as garotas querem se tornar a próxima rainha, e eu fiquei com o posto de Arlequim, já que sou o novo brinquedo de distração de Luke, nas duas semanas que estou estudando aqui ainda não pude almoçar no refeitório. Luke, ou a vadia da Lina sempre jogam meu almoço nas minhas roupas, meu armário foi pichado, grudaram chiclete no meu cabelo e me jogaram tinta na saída, estou revivendo o mesmo inferno de meses atrás.
-Ava -Berrou Luke. Mas que droga ele está fazendo no vestiário feminino? -Mas que porra é essa?
Me pus de pé num átimo, já podia sentir as paredes se comprimindo, tudo ao redor ficando escuro e a falta de ar que me sufocava, por mais que tentasse não podia respirar.
-Sai. - Foi só o que consegui dizer.
-Você tá tendo uma crise de pânico. -Claro que sim! Estou num vestiário com um garoto que me odeia, o que ele esperava. Luke me puxou pelo braço e me sentou num banco ao lado contra a minha vontade. -Abaixa a cabeça e a ponha entre as pernas, mãos atrás da nuca, respira fundo e volta, repete três vezes.
Não conseguia me concentrar no que fazer, não pensava em nada além de que ele está tocando na minha cabeça, sequer conseguia dizer para me soltar. "Vai ficar tudo bem" repeti para mim mesma, a turma toda está na quadra, do outro lado da porta; fiz o que Luke me pediu, respirando profundo e soltando três vezes seguidas, já podia sentir que estava melhorando.
-Eu já estou melhor, já pode me soltar. - Disse baixo ainda com a cabeça entre as pernas.
-O que é isso nos seus punhos? Você estava se auto mutilando? -Me levantei depressa, me afastando dele, escondi os pulsos atrás das costas, não precisava de mais esse problema. - Isso é doentio.
-Eu agradeço a ajuda, mas já estou bem. -Soou um pouco rude.
Junto com as crises de ansiedade e de pânico costumo ter esses episódios de auto mutilação, não é como se eu cortasse um dedo ou rasgasse minha própria pele, mas sem perceber acabo me dando beliscões ou mordidas fortes a ponto de sangrar.
-A treinadora Becca está te procurando, se não quiser reprovar em educação física terá que participar das aulas a partir de agora. -Que ótimo! E a treinadora mandou justo o Luke para me chamar.
-Eu sei. -Realmente sabia disso, e era isso que me impedia de sair. -Eu só não estou à fim.
-Qual é o problema com a educação física? - Luke perguntou de forma amigável, não como o idiota de sempre.