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“ Ninguém sabe o monstro que carrego dentro de mim, o pior de tudo é que não fui eu que o alimentei, e agora, está sendo difícil parar de alimentá-lo. ”
Graciele Lima.
asso a maior parte da noite acordado, ouvindo e sentindo a sua respiração tranquila e ritmada bater em meu pescoço. Eu ainda não sabia como proceder e agir com a enxurrada de coisas e sensações novas que ela despertou em mim, a minha mente estava processando o que aconteceu há algumas horas atrás, tentando entender o que realmente
ocorreu essa noite e o que ela significava.
Eu nunca quis permanecer ao lado de nenhuma mulher, todas elas eram previsíveis e extremamente fúteis, mas Serena era o inverso de todas! Ela era um turbilhão de emoções, e ao mesmo tempo, ela não era! Eu desconfiava que o seu lado forte e o seu jeito frio eram reflexos de alguma vulnerabilidade escondida, mas jamais passou pela minha cabeça que ela tinha sofrido algum tipo de abuso.
Eu não sei e nem imagino o quão longe esse desgraçado chegou, mas eu sei, que ele foi longe o suficiente para marcá-la, para deixar vivo em sua memória aquelas lembranças ruins. Sinto o meu corpo se enrijecer com a possibilidade de algum verme infeliz ter tocado a sua pele macia, e por
instinto, eu passo a minha mão por seus cabelos ondulados, sentindo o seu cheiro me invadir.
Serena seria a minha perdição!
Dedilho os meus dedos por seu braço que estava escorado no meu ombro, e acaricio as suas cicatrizes, sentindo a textura saliente de alguns cortes em sua pele, alguns eram ásperos, e em outros pontos, a sua pele era lisa, reluzente... como se tivesse nascido outra camada de pele para cicatrizar. Eram feridas antigas, ferimentos já curados, que demonstravam todo o sofrimento que foi a sua vida. Mas, apesar do seu corpo estampar todas essas cicatrizes, ela era linda!
Eu queria beijar todas as suas marcas, curar todas as suas tormentas, apagar da sua memória as coisas ruins que a atormentavam... e eu sei, que isso ia contra tudo e a todos os meus ensinamentos, mas eu não me importava, porque existia algo nela que me despertava... ela acordava um lado meu que já estava morto, totalmente adormecido. Serena suspira ao meu lado, ganhando a minha atenção, ela era realmente encantadora!
Eu já sabia que ela mexia comigo e de uma maneira que nem eu mesmo sabia descrever, fazendo com que eu mudasse todos os meus planos em relação a esse relacionamento. Eu estava disposto a quebrá-la e estava decidido a mostrar o meu pior lado... mas vê-la naquele estado, completamente desesperada, me desarmou... e algo dentro de mim ruiu, ela já estava no seu limite, e ver a sua angústia me machucou! E pela primeira vez em minha vida, eu quis consertar algo, ao invés, de destruir!
Sem perceber e sem que eu pudesse evitar, eu já estava envolvido... totalmente envolto na sua áurea misteriosa, talvez, mais do que deveria! Serena se move inconscientemente, se aproximando um pouco mais, deixando claro que o seu corpo ainda estava dominado pelo cansaço e pelo
sono. Com o seu movimento suave, ela levanta ligeiramente uma de suas pernas e se aconchega mais em meus braços, exalando toda a quentura do seu corpo.
Os seus seios agora estavam colados em meu peito, afastados apenas pelo tecido fino da minha camisa e a sua intimidade estava encostada na minha coxa, e mesmo com o tecido da minha calça de moletom nos separando, eu podia senti-la perfeitamente. Eu estava entrando em um caminho sem volta, e ter colocado essa menina em minha vida, seria só o começo da minha ruína! Eu estava fodido! O temido Don Campanaro estava arruinado! Por estar entregue a uma fedelha!
— Giovanni... — Serena sussurra com a sua voz aveludada, se movimentando manhosa e me envolvendo mais contra o seu corpo.
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