Noiva por contrato - Bella mia(série: Destinos entrelaçados)
A proposta ousada do CEO
Minha querida, por favor, volte para mim
Um casamento arranjado
O retorno chocante da Madisyn
O caminho para seu coração
Um vínculo inquebrável de amor
O Romance com Meu Ex-marido
Acabando com o sofrimento de amor
A Segunda Chance com Meu Amor Bilionário
Camila Haynes havia acabado de se casar. No entanto, não havia sinais de seu noivo em lugar nenhum. Enquanto olhava para o quarto vazio, seu rosto ficou pálido como papel. Era difícil para ela não se sentir humilhada. A mulher sabia que não merecia isso. Infelizmente, não havia nada que ela pudesse fazer.
Desde o momento em que ela nasceu, todos os aspectos de sua vida foram controlados por terceiros. Logo, um casamento arranjado também fazia parte do pacote.
Camila foi obrigada a se casar por causa de seu pai, um homem governado pela ganância. Seu avô havia trabalhado como motorista de Robin Johnston, o patriarca da poderosa família Johnston. Há algum tempo atrás, eles sofreram um terrível acidente, onde o avô de Camila morreu para salvar Robin.
Nos últimos meses, a pequena empresa que a família de Camila dirigia contraíra enormes dívidas. Em outras palavras: eles estavam à beira da falência. Mesmo assim, o astuto pai de Camila se recusou a pedir ajuda à família Johnston, pois sabia que isso cancelaria a dívida que eles tinham com a família Haynes. Sendo assim, ele elaborou um plano para que o neto de Robin, Isaac Johnston, se casasse com sua filha.
Dada a riqueza da família Johnston, eles certamente iriam desembolsar uma boa quantia em dinheiro em troca da mão de Camila. Além disso, como bônus adicional, eles finalmente estabeleceriam uma conexão mais sólida com a família Johnston, vinculada por lei. Claro, a família Johnston não podia recusar a proposta, ou correria o risco de arruinar sua reputação.
Isaac optou por expressar sua insatisfação com todo o arranjo não aparecendo na festa, embora ninguém além das famílias dos noivos estivesse presente. Ele também não autorizou que Camila usasse o sobrenome Johnston em público, e a proibiu de contar para os outros que ela era sua esposa. Considerando tudo isso, ninguém se preocupou em pedir a opinião de Camila.
Mesmo vendo-se à beira de um colapso, a mulher não perdeu a compostura. Mesmo que seus cílios estivessem tremendo ligeiramente, havia um traço de determinação que não deixava seus olhos. Ela se recusava a ceder à humilhação. Entretanto, ela ainda não sabia como proceder.
Ela ainda se perguntava como seria sua noite de núpcias quando recebeu uma mensagem de uma colega, que estava pedindo que Camila a substituísse no turno da noite.
Camila não hesitou, ela saiu do quarto e chamou um táxi para levá-la até o hospital. Momentos depois, ela estava na sala dos funcionários do hospital verificando os registros dos pacientes. Seu vestido de festa havia sido substituído por um jaleco branco.
Com um estrondo alto, a porta foi repentinamente aberta pelo lado de fora, fazendo-a bater com força contra a parede. Antes que Camila pudesse assimilar o que estava acontecendo, a porta foi fechada novamente. Ouviu-se o clique do interruptor e, em seguida, a sala ficou escura.
Um arrepio percorreu a espinha da mulher. "Quem..." Camila não conseguiu terminar a frase, pois foi empurrada para cima da mesa. Os papéis que ali estavam se espalharam pelo chão, e ela sentiu a ponta fria e afiada de uma faca pressionada contra seu pescoço. "Quieta!", seu agressor sussurrou com uma voz fria.
Camila mal conseguia enxergar o rosto do homem, embora seus olhos se destacassem. O olhar misterioso do mesmo brilhava sob a penumbra. Um cheiro inconfundível de sangue invadiu as narinas da médica, fazendo-a perceber que o homem estava ferido.
Graças aos anos de treinamento e experiência de Camila como médica, ela conseguiu se manter calma. Silenciosamente, ela ergueu uma das pernas, prestes a chutar as partes sensíveis do homem. No entanto, ele era esperto o suficiente para prever o que estava por vir. Assim que ele sentiu seu movimento, ele apertou as pernas dela com força e a prendeu contra a mesa usando o peso do próprio corpo.
De repente, ouviu-se uma enxurrada de passos vindos do corredor. Considerando o som que parecia estar cada vez mais perto, as pessoas estavam indo para a sala dos funcionários.
"Rápido, eu o vi andando por aqui!"
Bastaria um único grito de socorro e as pessoas invadiriam a sala. Desesperado, o homem se inclinou para frente e beijou Camila. A mulher não hesitou em lutar e, para sua surpresa, ela conseguiu afastá-lo com bastante facilidade. O homem já não estava mais a ameaçando com a faca. Um turbilhão de pensamentos ecoava na mente de Camila.
Nesse momento, alguém que estava do outro lado da porta agarrou a maçaneta. Após decidir o que fazer, Camila puxou o homem para mais perto de si e passou os braços em volta do pescoço dele. Desta vez, foi ela quem o beijou.
"Eu posso te ajudar", ela murmurou baixinho, esperando que o medo não transparecesse em sua voz.
O homem engoliu em seco. Alguns segundos se passaram enquanto ele parecia estar pensando e, em meio ao caos, Camila sentia seu hálito fresco pairando contra o ouvido dela. "Eu vou assumir a responsabilidade por isso", seu tom de voz era baixo, mas não deixava de ser magnético.
Na verdade, ele parecia ter entendido tudo errado. Camila pretendia atuar para que a interação entre eles parecesse consensual. Logo, ele não teria que assumir a responsabilidade por nada.
No segundo seguinte, a porta foi aberta com brutalidade. Camila e o homem misterioso imediatamente colidiram em outro beijo. Ela até soltou um gemido longo e sensual, tornando o momento íntimo mais realista. Apesar de sua situação delicada, o homem não pôde deixar de reagir ao som. Se não fosse pelas pessoas na porta, ele poderia ter perdido a cabeça.
"Porra! É só um casal se beijando. Cara, não tinha um lugar mais apropriado para fazer isso?! Quanta falta de vergonha na cara!"
A luz do corredor infiltrou-se na sala, expondo o casal emaranhado. O homem estava de costas para a porta enquanto beijava Camila, efetivamente escondendo seu rosto dos olhos curiosos dos intrusos.