Noiva por contrato - Bella mia(série: Destinos entrelaçados)
A proposta ousada do CEO
Minha querida, por favor, volte para mim
Um casamento arranjado
Um vínculo inquebrável de amor
O caminho para seu coração
O retorno chocante da Madisyn
O Romance com Meu Ex-marido
A Segunda Chance com Meu Amor Bilionário
Lágrimas da Luna: Dançando com os príncipes licantropos
Dedico à todas as dorameiras de plantão.
"As muitas águas não podem apagar este amor, nem os rios afogá-lo; ainda que alguém desse todos os bens de sua casa pelo amor, certamente o desprezariam." Cânticos 8:7
Seul, janeiro de 2018
― Hoje estou de bom humor. Então dou a chance de escolherem entre seus empregos ou seus dentes – o sorriso de Lee Kang Dae em nada demonstrava humor. Estava mais para uma máscara de puro tédio.
Os dois homens a sua frente tremiam dos pés à cabeça. Não pretendiam dar um passo sequer ou argumentar. Conheciam a fama do príncipe da Coreia. Reputação injusta, pois apesar das palavras duras e expressão fechada Lee Kang Dae não era o tipo violento.
Por causa de uma briga na sua adolescência, para defender seu pai, acabou com fama de patrão que abusa dos funcionários. O que as pessoas não sabiam é que o funcionário que ele agrediu estava usando a empresa como fachada para traficar drogas através dos veículos que partiam para as concessionárias em várias partes do mundo, e que ao ser pressionado teve a ousadia de dizer que se houvesse repercussão anunciaria que o poderoso Lee Chung-ho estava envolvido.
Ouvir alguém ameaçar a índole imaculada de seu pai foi o bastante para fazer Lee Kang Dae perder o controle. Foram necessários dois seguranças para impedir que matasse o homem.
Apesar de não ter processo de nenhuma das partes, de o funcionário ter saído algemado a uma maca em uma ambulância da empresa e de tentarem abafar a história nos meios de comunicação; a fama de filho violento se espalhou como pó em uma ventania.
Ninguém nunca se atreveu a perguntar o que aconteceu. Parecia mais fácil baixar o olhar e temer o garoto de expressão séria.
Lee Kang Dae conhecia tudo sobre a K1 Corporation. Passou grande parte da infância escondendo da babá nas imensas salas e na adolescência participava de várias reuniões para ser preparado para assumir o lugar do pai quando fosse a hora.
Administrar uma corporação estava longe de ser uma coisa simples. Lee Chung-ho possuía hotéis e restaurantes espalhados pelo mundo além de tudo que se referia a carros, de idealizadores a revenda. Parecia que o pai deixou a marca dele pelo mundo e Lee Kang Dae estava fadado a cuidar para que o império nunca se perca. O poder era parte do que ele era.
Nunca odiou os privilégios que a família oferecia. Seu único problema é que preferia o carinho da mãe no lugar da fortuna da família. Isso era algo que nunca recebeu apesar de buscar de todas as formas. Havia uma barreira entre eles que ela não o permitia ultrapassar.
Talvez por seu desejo de conquistar o amor da mãe, Lee Kang Dae se tornou praticamente uma marionete em suas mãos. Estava sempre disposto a aceitar tudo que ela exigia. E ela exigia muito. Desde sua infância não permitia que tivesse contato com pessoas de famílias que considerava inferior, isso incluía os empregados e todas as pessoas que não saiam nas notícias em revistas de economia. Ele mal sabia quem trabalhava na casa e pouco se envolvia com os funcionários da corporação; as exceções eram os momentos em que era necessário algo mais que uma simples demissão. Seus amigos se resumiam a Kwan; membro de uma famosa banda de K-pop e Kim Dong-sun; um playboy filho mais novo do CEO de uma das empresas de veículos que faz parte da K1 Corporation. Havia também sua noiva, mas ela não se encaixava na lista de amigos. Era apenas outra das exigências de sua mãe.
Seus pensamentos viajavam em lembranças enquanto esperava intensos instantes se alguns dos dois homens seria responsável o bastante para retrucar o fato de serem questionados sobre as recentes fraudes nas finanças. O fato de que ficaram calados esperando seu julgamento significava que realmente estavam roubando e adulterando notas. As quantias eram insignificantes para a empresa, mas a atitude significava muito.
Virou as costas para os homens observando o movimento nas ruas através das paredes de vidro enquanto dava sua sentença:
― A carta de demissão pode ser entregue diretamente no RH. Espero não ver a cara de vocês nunca mais. Nem mesmo na rua. Fujam se me ver porque meus punhos não acham que uma simples demissão paga o quanto fizeram meu pai, essa empresa e eu de trouxas – tamborilava os dedos na mesa encarando um ponto invisível na madeira.