Noiva por contrato - Bella mia(série: Destinos entrelaçados)
A proposta ousada do CEO
Minha querida, por favor, volte para mim
Um casamento arranjado
O retorno chocante da Madisyn
O caminho para seu coração
Um vínculo inquebrável de amor
Acabando com o sofrimento de amor
O Romance com Meu Ex-marido
A Segunda Chance com Meu Amor Bilionário
“Quem não vale nada, nunca acreditará que você vale algo, que seja importante para alguém, ou que tenha um propósito a cumprir em sua vida.” Isso nunca esteve tão claro para mim como agora.
Aquele maldito, eu o odeio com todas as minhas forças! Penso com raiva pressionando a minha têmpora, e na mesma da hora é como se eu escutasse a voz de minha mãe em minha mente falando.
— Busque sempre o amor ao invés do ódio, Syn, a paz não se consegue sem ele, o amor é a coluna e o respeito é a base.
— Mãe, será que você ainda pensaria dessa forma se estivesse na mesma situação que a minha? — Questionei-me em voz alta, desejando imensamente que ela e tia Jamila estivessem ao meu lado, me aconselhando a fazer o certo.
O ser humano é “triste”, sempre está insatisfeito com algo. Na maior parte do tempo, sua insatisfação é com ele mesmo, mas culpa o outro, porque é mais fácil. Com esse desgraçado que machucou a minha Elisa não é diferente.
Volto a pressionar a minha têmpora, que não parava de latejar desde a conversa com aquele homem. Eu já havia tomado dois comprimidos e nada. Mentalmente eu me sentia exausto, mas o meu corpo parecia pedir por liberação de energia. Eu necessitava socar a cara de alguém, mas não podia, o calmante que deram em Elisa é muito forte, ela ainda não acordou e eu preciso vê se ela realmente estava bem.
E se eu não puder proteger a Elisa? Se aquele homem estiver certo em dizer que não consigo proteger quem eu amo? Odeio essa minha insegurança!
— Que porra! __ Exclamei baixo batendo com o punho fechado no braço da poltrona preta que coloquei enfrente a cama. Estou a mais de duas horas a observando dormir. Necessito saber se ela está bem!
E se ela enfim chegou à conclusão de que sou ruim para ela? Suspiro ao levantar da poltrona.
Esses questionamentos não me ajudam em nada, a não ser, me desestabilizar mais ainda.
Caminho em direção ao aparador e adega em formato retangular. Fico olhando as bebidas em evidências, tentando escolher qual seria a mais forte para me fazer esquecer. Eu tinha cinco opções de vinho, umas três garrafas de conhaques e umas quinze garrafas de uísque.
Sorri ao me lembrar da cara que Elisa fez ao ver meu aparador de bebidas. Ela não gostou, mas ainda assim me surpreendeu, ao dizer que não me pediria para tirar se é algo que eu gosto.
Diferente de minha ex e falecida mulher, Lara. Tudo em mim a irritava, principalmente minhas bebidas.
Lara?
Faz muito tempo que não pensava nela. Esse nome nem combinava com ela, de muda ela não tinha era nada, tudo Lara reclamava. Suspiro a contra gosto, não querendo falar ou pensar mal de alguém que já morreu.
Por um tempo, cheguei a odiar Lara, mas sabia que esse sentimento era inadequado senti pela mãe de minha filha.
Minha pequena Vânia.
Pressiono minhas duas mãos no aparador até ficarem brancos. Eu queria bloquear essas lembranças dolorosas, as reprimir por tanto tempo que parecia que esqueci.
Quero esquecer, pois, lembrar traz dor ao meu peito e sinto ódio de mim por não estar presente quando a minha menininha precisou de minha ajuda… Assim com Elisa.
Preciso bater em algo, estou com tanta raiva que nem me reconheço. Meu corpo tremeu devido à frustração que eu estava sentido, mas controlando.
— Aquele desgraçado, fez questão de esfregar meus fracassos em minha cara. MALDITO! — Bradei, pressionando meus dentes a ponto de rangerem.
Opto em escolher um uísque Johnnie Walker Double Black, o meu preferido, ele tem alguns aromas especiais, trufados, um sabor defumado e envelhecido, é bem mais encorpado e intenso que o Red Label, Green Label e até mesmo o Black Label.
Gosto da sensação que a bebida me proporciona, é como um anestésico temporário.
Pego um dos copos On the “rocks” disponível no aparador e sirvo uma generosa dose da bebida destilada. Volto a caminhar, mas dessa vez em direção a grande janela que ficava próximo ao aparador.
Abro as janelas, deixando o vento seco e quente entrar, respiro fundo sentido o ar do outono invadir as minhas narinas, lembrando-me que logo o inverno chegará.
Agito a bebida de modo a molhar todo o interior do copo com o líquido, em seguida, o deixei repousar por alguns segundos, antes de levar o copo até a boca e beber todo o líquido de uma só vez. O líquido desceu queimando em minha garganta, sem nem mesmo dá tempo de apreciá-lo do jeito que eu gosto.
O efeito que a bebida me deu não foi nada positivo, a melancolia e a raiva só fez aumentar, me induzindo a beber mais até sentir o efeito desejado, mas ignoro essa minha vontade e repouso o copo no batente da janela.
— Ministro?
Como sentir falta de sua voz minha deusa. Penso ao me virar em direção a Elisa, que ainda estava deitada com o olhar desorientado.
— Como você está se sentindo? — Perguntei aproximando-me da cama em passos rápidos, mas não conseguindo tocá-la.
Não ainda!
— Uma ardência no braço e muito sono.
— Ainda com sono? O sedativo que te deram é forte, acredito que o sono seja por isso. — Digo não escondendo meu descontentamento.
— Estou bem! — Ela afirmou com um fraco sorriso.
Eu queria me aproximar dela, abraçá-la, beijar a sua boca, mas eu não conseguia, de alguma forma, as minhas pernas não obedeciam a minha vontade.
— E como está o Alek? — Ela perguntou com preocupação, me olhando temorosa.
Certamente pensando o pior.
— Ele está bem, os tiros pararam no colete que ele usava. — Expliquei.
— Mas, e aquele sangue todo? — Ela faz menção de levantar, contudo, eu não deixo.
__ Não levante, por favor. __ Peço nervoso.
A última coisa que quero é ficar excitado em sua frente ao vê-la usando apenas uma camisola preta de cetim que a deixava “sexy” e gostosa ao mesmo tempo.
Ela tornou a deitar e me olhou com entristecida.
— O sangue era seu, o tiro foi de raspão, mas o corte foi profundo o suficiente para ter uma quantidade significativa de sangue.
— Hum! Entendi! — Ela respondeu séria.
— Você está realmente bem? — Volto a perguntar. — Posso chamar o médico outra vez. — Completei sentando na ponta da cama. Estendo a minha mão para tocar na sua, mas ela recua.
— Eu já disse que estou bem, ministro, mas o que me parece é que você não está…
— Como assim? Estou bem!
— Ministro, não venha com a síndrome da jumentice para o meu lado.