O caminho para seu coração
A proposta ousada do CEO
Uma noite inesquecível: o dilema de Camila
Minha assistente, minha esposa misteriosa
A esposa em fuga do CEO
A Segunda Chance com Meu Amor Bilionário
Um casamento arranjado
Noiva por contrato - Bella mia(série: Destinos entrelaçados)
A ex-mulher muda do bilionário
Um vínculo inquebrável de amor
10 anos antes
- O que estão fazendo?- Pergunta a pequena Amanda, de apenas 8 anos de idade.
- Nada que seja da sua conta.- Responde Arthur, seu irmão mais velho, revirando os olhos para demonstrar sua paciência.
- Estão jogando?- Os olhos castanhos da garota brilham ao tentar olhar para a tela do notebook de Arthur, ainda que fosse estranho, pois eles sempre usavam controles para jogar, e nunca era no notebook.
- Vai embora daqui!- Impaciente, Arthur fecha a tela e salta da cadeira, empurrando Amanda na direção do sofá que tinha em seu quarto. Nicolas, melhor amigo de Arthur, pisca aturdido, pois sabia muito bem o que vinha depois daquilo. O natural era que Amanda criasse o maior berreiro, fosse aos prantos contar para a sua mãe que Arthur a empurrou e que não a deixa " jogar" com eles. Verdade fosse dita, se a mãe de Arthur abrisse a tela do computador portátil, veria muito bem do que se tratava o conteúdo, e não tinha nada a ver com jogos. Pelo menos, não com os jogos convencionais. Agindo totalmente ao contrário do que Nicolas esperava, as bochechas da irmã caçula de seu amigo criaram um tom vermelho vivo tão ardente, que seria capaz de tocar fogo em mercúrio, o planeta mais próximo do sol.
- Você é um... Um... Um...- Amanda, em seguida, levanta-se do sofá com um pulo, e se aproxima de seu irmão mais velho, apontando o seu dedo magrelo na direção do mesmo, enquanto pensava em um adjetivo adequado que o denegrisse.
Ele revirou os olhos novamente e esperou pacientemente ( ou nem tanto) que ela concluísse sua frase.
- Você é uma megera!- Por fim, berrou Amanda, acertando-lhe um chute no joelho que ele recém machucara jogando futebol. O mais velho praguejou todos os tipos de impropérios existentes e quase voou na própria irmã, se não fosse Nicolas a segura-lo.
- Se encostar nela, seu pai acaba com você.- Disse Nicolas ao amigo.
- Essa pirralha desgraçada!-
Amanda deu de ombros, com indiferença.
- Foi bem merecido, não se empurra uma dama.- Ela rebateu.
- Uma dama? Uma dama não faz xixi na cama e sabe lavar a própria bunda!- Disse o menino, furioso, ainda acariciando o ponto que foi golpeado. Nicolas comprimiu os lábios para prender uma gargalhada. O mais engraçado era Arthur, com seus quatorze anos, discutindo com uma criança de oito.
- Então isso significa que você é uma dama? Só porque sabe limpar a própria bunda? Pois saiba que você não lava direito, todo dia a casa fica com um cheiro horrível por sua culpa!-
Aquilo já era demais para Nicolas suportar. Seu corpo chacoalhou inteiro devido à gargalhada que escapou.
- Saia do meu quarto! Não vamos jogar com você, você é uma pirralha burra que não sabe fazer nada que preste.- Rosnou Arthur.
- Quer brincar comigo, Nicolas?- Amanda ignorou as ofensas do irmão, dirigindo-se ao outro.
- Ah...- Nicolas tentou falar que não, mas não queria magoar uma criança, ainda mais a irmã de seu melhor amigo.
- O meu computador tem uma capa rosa, é mais bonito do que o dele.-
- Acredito que seja- Foi tudo o que Nicolas conseguiu dizer, agora era Arthur quem estava rindo dele.
- Mas podemos tomar chá com as minhas bonecas, hoje é aniversário da Clarice e mamãe está assando os biscoitos.- Amanda segurou uma das mãos de Nicolas e tentou puxa-lo.- Venha, vamos brincar com as minhas bonecas- - Vá, Nicolas, brinque com as bonecas dela.- Zombou Arthur, o que deixou o outro completamente vermelho.
- Eu não vou brincar de bonecas, chame suas amigas.- Disse Nicolas, secamente.
- Mas...- Amanda tentou argumentar.
- Você está nos atrapalhando, por que não vai ajudar sua mãe a assar biscoitos?- Nicolas não quis ser tão grosseiro, mas a verdade é que sua masculinidade fora atingida, de uma forma ridícula, pelo comentário de Arthur, e ele acabou disferindo sua raiva na mais nova.
- Quer saber? Não te convido mais para nenhum aniversário, nem para o meu! Eu odeio você!- Gritou Amanda, saindo do quarto às pressas.
- Hum... Acho que a minha irmã foi a primeira garota que você magoou.- Arthur leva o indicador ao queixo, pensativo.
- Vá para o inferno.- Resmunga Nicolas. - Se quiser voltar atrás, as bonecas estão esperando-o.-
- Cale a boca e abra logo a maldita tela.- Nicolas revirou os olhos, já estava farto da brincadeira sem graça de Arthur.
E Arthur fez o que o amigo pediu, achou melhor não provocá-lo mais.
E os dois puderam voltar a assistir o que estavam assistindo, sem as interrupções de Amanda, ou qualquer outra pessoa.
...
Março, 2019
- Você é um imbecil!- Amanda grita, enfiando o indicador no tórax do Theo, ao voltar-se rispidamente para trás.
Ambos estavam parados na frente do prédio da moça, e ela ainda se perguntava de quanta experiência precisava, para entender que jamais entenderia os homens.
- Foi só um beijo! Eu estava confuso e...- Ele percebeu que não adiantava tentar se explicar, nada justificava.- A culpa foi da Daphne, ela que me seduziu e...-
- Quem tinha um relacionamento comigo era você, não ela.- Amanda cruzou os braços, olhando para aquele homem uma última vez antes de abrir a porta de vidro do prédio.
- Espera... Você disse " era"? No passado?- Theo caminhou em sua direção, agarrando-a pelo cotovelo.- Mandy, não está sendo racional- Amanda puxou o braço bruscamente
- Você faz parte do meu passado-
- Não estou acreditando que vai terminar comigo por causa de um beijo, eu sou homem, Amanda, tenho as minhas fraquezas, mas é você quem eu amo.- Theo diminuiu a distância que havia entre os dois gradativamente, praticamente encurralando a Amanda na segunda porta de vidro que ela teria que passar para adentrar o prédio.
- Se afasta, ou eu não respondo por mim.- Disse ela, trincando os dentes.
- Não vou sair daqui até que me escute, e que resolvamos isso. Além do mais, o que você pode fazer?-
Como resposta, Amanda acertou uma forte joelhada em suas partes íntimas, fazendo-o cair ajoelhado no chão.
- Sua vadia!- Bradou, com suas mãos ainda ali. — Foi bem certeiro.- Uma voz conhecida veio da entrada da primeira porta.
- Nicolas?- Indagou, surpresa.