MEU CUNHADO
a cômoda espremida ao lado do computador, que eu usava para guardar minhas roupas, estava cheia de pó e a televisão em cima pedia para que eu arrancasse os adesivos que Karol teimava e
imeira. O de Karol era um antigo escritório que lhe servia de dormitório e quarto de brinquedos. O da minha mãe era no andar de baixo e era sem dúvidas o melhor. Cabia dois quartos meus dentro do dela. O meu além de ser o mais miudinho era o pior. Porque era de cara com a rua, ou sej
rrumado. E hoje ela devia estar pulando de alegria ao ver a sala arrumada, sem os batons e revistas de Ceci, e os brinquedos de Karol haviam sumido. E os DVD's no raque de mogno? Haviam desaparecido completamente. O tapete cor de vinho da minha mãe estava bem esticado e a mesinha de centro escondia a pequena mancha de suco de laranja que Karol havia feito há algumas
-lo, o tanto de piadas que eu podia fazer e como envergonhar Ceci como uma boa irmã mais nova que eu sou
a de um lado para outro pela casa. Subindo e descendo pelas escadas, tirando os chinelos espalhados pela casa, mudando a posição dos anjinhos de porcelana da min
omentei, já tonta com sua agitação.
parece
ê não estaria entre os que são
nte desde que você veio morar c
ova para trás quando me mudei para cá. Ganhando de brinde duas irmãs calorosas e irritantes. Uma mãe superprotetora, um padrasto indiferente e cheio de frescuras e dengos com a minha irmã mais nova e colega
ha. – sorri ironicament
ntado na escada, olhando para mim entre
rapalhar? Que isso
a olhei com cara de assassina.–
de alguma música sertaneja (de quebra, a mais irritante) que ela gostava. Iss
tro solar. Os olhos castanhos amendoados pareciam sorrir também. Diziam que nossos olhos eram iguais, a mesma cor, mas os de Ceci pareciam imensamente maiores, mais bonitos e destacados pela maquiagem
é pe
normalm
brilharam. E meio que me assustei com isso. – Ele é engraçado, sexy, trabalha pouco, ganha muito
ir de sua 'piada', mas fo
gal e divertido. Ele me
começo, não é? Mas os cafetões se torna
falam gírias incompreensíveis? Eu era um caso sério, muito sério para ela que queria que eu usasse saias plissadas, blusinhas apertadas e os cabelos sempre presos em penteados elaborados, ou simplesmente soltos. Sem contar os malditos arquinhos que Ceci tentava de todo jeito empurrar para mim. Ela amava arquinhos e eu odiava-os. Eram irritantemente meigos, e viviam espalhados por aí. E ela ainda tinha a mania ridícula de pedir minha opinião
alhar pouco e ganhar muito é como? Q
le trabalh
z uma careta. A olhei indigna
io que fizemos ao shopping, eu só queria que
manas, repito. Eu a achava meio insensível com isso. Tanto que até tentava consolar os idiotas que acabam ficando na porta de casa por alguns dias, jogando-lhes um balde água fria, literalmente. Para aplacar o fo
esmo que esto
Ac
pergunta
lhou para a porta pela milésima vez. – Tudo bem, e
adinhas
conto piada
lto! Logo ela estava me acompanhando. Embarcamos juntas numa gargalhada a lá mamãe. Alta e sem parar, quase nos engasgando. Ceci se recuperou antes de
as sem gra
rom
Ceci. Não duvi
ada na porta, mãos no bolso. Cabeça baixa. Antes que Ceci se levantasse Karol desceu correndo as escadas, os cabelos casta
Ouvi uma risada grave e meio rouca, falh
eu paralisei no sofá. Meus dedos gravados na ca
o livro. Ouvi quando Ceci apresentou ele, a porta aind
Com as pernas tremendo me levantei. Me convencendo que eram só vozes parecidas e nomes
meu rosto. Assustado, incrédulo, perdido. A garganta secou, sem saber o que
hecem?– Ceci perg
assustados novamente. Senti o rosto corar e vi que
ço dele, o puxando para perto. – Igor, esta é mi
queria estapeá-lo e a Ceci, e ao mesmo tempo queria puxá-la para longe dele. Eu era cheia de vontades, mas meus pensamentos estavam vazios, ocos... A única coisa que eu realmente conseguia pensar enquanto Ceci me olha
i me olhava com desaprovação, querendo que eu me soltasse mais, embarcasse na conversa com o namorado e o entretesse com minhas observações irônicas, coisas que eu sempre fazia. Eu costumava ser bem soltinha no jant
untou animada. Ela gostava dessa coisa
dela, um tapa bem forte a ponto de fazê-la cair da cadeira. – Bem, foi na praia. Ele ficou me encarando...
edores de escola ou algo semelhante, flores no dia dos namorados, papéis de carta e amor à primeira vista como nos
, poderia levar uma relação adiante. Tinha que ter uma coisa inexplicável no meio também, e afinidades; é claro, já que são elas que levavam o trem para frente, trilhando os trilhos com anos de casamento e companheirismo. Infelizmente, a min
abalha?– Minha mãe perg
ta da minha mãe. Me olhou confuso e eu me perguntei po
se quiser chame de Tia Betty
me des
ãe sorriu, parecia ca
as 6 e depois tenho faculdade. Mas estou de férias e tudo o mais. Consegui o traba
isso é ótimo. Mo
nho meu própri
o jo
maduro o suficiente. – O olhei curiosa, não conhecendo esse detalhe sobre a família dele. Ele nunca falou sobre os pais, ou algo semelhant
cidido. Ao contrário da mi