A garota do rockstar

Thaissa Jordan

Thaissa

- Não,não,não! Por favor,

velha guerreira! Não faça isso comigo. Não agora! Não aqui !

-Eu imploro feito uma maluca para a minha velha caminhonete que parou de funcionar de repente no meio da estrada,

à noite,e com uma chuva de neve que está ficando cada vez mais forte em espaço de minutos. Pego o meu celular da minha bolsa para ligar para o meu chefe Brad ,o dono da pousada onde trabalho e de estou vindo depois de ele ter pedido para eu estender o meu horário. Não estava nevando forte desse jeito quando saí de lá,há meia hora atrás, e não ouvi nada sobre estar vindo uma nevasca.

O meu coração dispara e minha pulsação acelera de desespero quando me deparo com um celular sem sinal. Estou ferrada. Ferrada no meio de uma estrada deserta e sem sinal de celular.

E agora ? Como vou sair daqui?

"Calma,Thaissa. Respire,se acalme e tente fazê -la funcionar. Não é a primeira vez que ela pifa e revive sobre muita persistência.

Não,não é a primeira vez. E eu, continuo insistindo em dirigir essa lata velha. Pelo simples fato que o único emprego decente que consegui,um onde não existem homens bêbados para apalpar a minha em qualquer oportunidade,fica a trinta minutos da cidade. Merda,eu odeio esse lugar. "

- Vamos, lá,amiga! Funciona! -Digo, ligando -a, mas tudo que consigo dela é um ronco alto e horroroso antes que ela volte para o silêncio mortal que faz meu estômago gelar. Isso não está acontecendo.

"Respirando fundo e profundamente, insisto em liga-la de novo.

-Vamos lá , funciona! - Acelero,forçando a reagir.

Em resposta ,ela dá um forte solavanco para frente, faz um ronco ainda mais alto e horroroso do que o anterior e começa a trotar loucamente como um cavalo enfurecido.

Só tive tempo de tirá -la do meio da estrada antes de ela morrer completamente. É oficial. Estou ferrada.

Quando acho que não poderia ficar pior,sinto cheiro de queimado, e em seguida, vejo fumaça saindo pelo capô. Oh,meu Deus. É sério isso? Sim, é sério. A traidora vai pegar fogo.

Pegando a minha bolsa no banco,pulo para fora feito uma gazela apavorada e depois para longe o bastante para me proteger do incêndio.

Segundos se passam enquanto assisto a traidora desaparecer no meio da fumaça,mas não houve incêndio. Menos mal. O que não significa que estou menos ferrada apesar disso. Não confio em voltar para a traidora depois da demonstração catastrófica de um possível incêndio,mas ficar fora dela com esse frio de penetrar os ossos com todos indícios de que só vai piorar, também não é uma boa ideia.

Estou tremendo,minhas roupas já estão ficando encharcadas,e o pânico,com o qual estou lutando para mantê-lo longe do meu sistema, começa a dar os primeiros sinais.

Não. Thaissa. Não se atreva. Se acalme e respire.

Você precisa reagir. Se não der um jeito de sair daqui e logo,vai morrer congelada e soterrada pela neve. Em meio a minha luta para não ser absorvida pelo pânico, vejo uma luz entre as árvores há alguns metros de distância.

Uma casa. Só pode ser uma casa,certo? Talvez eles tenham um telefone fixo e esteja funcionando.

Que Deus me ajude que eles tenham um e sejam gentil em me deixar fazer uma ligação.

Vou até a lata velha traidora, pego a minha lanterna no banco de trás ,tranco ela,e entro no meio das árvores na direção daquela pontada de esperança,

rezando em silêncio para que nada mais de ruim aconteça comigo no meu caminho até lá.

Alguns Minutos depois que pareceu uma eternidade, alguns tombos,ensopada, tremendo de frio de bater os dentes, estou invadindo a prioridade, que por sorte, não precisei pular o muro porque o portão está destrancado.

Após uma curta estrada cercada por árvores silvestres e muitas flores, que agora se encontram cobertas por flocos de neve,estou na varanda da enorme casa de dois andares

de onde não está vindo nenhum barulho. Parece que não tem ninguém na casa,mas deixaram a luz acesa para passar a ideia de que tem para evitar ladrões,

ou invasores inofensivos desesperados por um abrigo da neve,como eu por exemplo.

Lá se vai o meu plano de pedir para usar o telefone fixo deles para chamar o guincho. Uma xícara de café,talvez? Sim,eu também pensava em pedir um café.

Tudo bem,deve ter um outro lugar que eu possa usar como abrigo até que o sinal do meu celular volte. Mas,tão logo eu penso em inspecionar o lugar em busca de um abrigo,uma segunda luz se acende no segundo andar. Mudança de planos de novo.

Volto para a porta da frente e aperto a campainha. Uma, duas,três vezes,mas nada. Nenhum sinal de vida.

Talvez a campainha não esteja funcionando. Melhor gritar.

- Olá! Tem alguém,aí ? - Grito, mantendo o dedo apertando a campainha para garantir. Nada. Volto a gritar e bato na porta ao invés de usar a campainha.

Por favor,seja lá quem está aí dentro, abra essa porta! Ajude essa pobre coitada que está congelando.

Mais uma luz acende e dessa vez no andar de baixo da casa.

Segundos depois,ouço passos se aproximando da porta.

Obrigada, meu Deus.

Me afasto da porta e espero a pessoa abrir. E essa pessoa,minha única chance de ir para casa, abre a porta,mas não de um jeito suave. Foi forte e agressivo. Tão forte e agressivo que a porta bateu contra a parede, fazendo-me pular de susto. Péssimo sinal. Essa pessoa está muito irritada por ter sido incomodada.

Então, um homem de quase dois metros de altura,

cabelos escuros e desgrenhados caindo sobre seu rosto, descalço,e com apenas uma cueca boxer preta no corpo musculoso e tatuado nesse frio de congelar os ossos,surge na varanda.

Quando vejo que ele está segurando uma garrafa de uísque pela metade em uma das mãos e mal consegue se manter de pé, entendo sua resistência ao frio.

Oh,meu Deus. Por que eu fui apertar a campainha?

"Por que,nem em sonhos você esperava que fosse recebida por uma versão de um vinken bêbado.

Tudo bem. Ele pode estar bêbado, mas não deve estar sozinho aqui. Pelo bem desse homem bêbado ,espero que ele não esteja sozinho aqui.

-Ola! Desculpe por incomodar, mas será que...

- Não me veja com conversa fiada. Saia da minha propriedade, agora! - Ele rosna, antes de dar um passo brusco na minha direção, o que me faz me afastar dois passos para longe dele. Definitivamente, isso não começou bem.

- Tem mais alguém na casa com quem eu possa falar ?

"Alguém,de preferência, que não esteja bêbado?

- Sabe o que, é,o meu carro quebrou ...

-Eu disse pra você cair fora,porra,não me ouviu ? -Ele rosna de novo, afastando bruscamente o cabelo do rosto para que eu possa ver a ameaça nos olhos azuis escuros que neste momento,lembram perfeitamente como o céu antes de uma furiosa tempestade.

Tudo no homem das cavernas, transmitia uma fúria selvagem e perigosa, motivo mais que suficiente para eu dar o fora o mais rápido possível. Mas o frio congelando meus ossos,o cansaço,a chuva de neve que ficou ainda mais forte,minha picape quebrada numa estrada deserta a noite e sem sinal de celular, me motiva a ficar e insistir para conseguir aquilo que me trouxe até aqui,uma ligação.

- Como eu estava dizendo,senhor. O meu carro quebrou aqui perto e estou sem

sinal no celular para chamar o guincho. Então,eu pensei que talvez o telefone...

- Já disse pra você e seus amigos caírem fora daqui,porra!

Meus amigos?

Meu Deus,esse cara deve ter bebido mais que uma garrafa de uísque para estar vendo mais do que uma pessoa na frente dele.

- Vocês não se cansam mesmo de foder a minha vida ,não é ? Eu quero esquecer,mas vocês não deixam, porra!

Estão sempre me perseguindo, invadindo minha privacidade, inventando mentiras sobre mim, sobre o aquela noite e lucrando com a merda toda. Apenas. Me deixem em paz,porra ! É muito pedir isso? Um pouco de paz ? - Se os olhos lembravam o início de uma tempestade,a voz profunda e áspera, lembravam os trovões.

É notável que está enfrentando um momento difícil, mas isso não justifica ele ser um idiota e grosseiro com alguém que precisa de ajuda. Como eu,por exemplo.

- Olha,eu não tenho ideia do que você está falando e estou sozinha, mas pode ficar tranquilo que não estou aqui para te prejudicar,Okey ? Eu só vim para perguntar se o telefone fixo da casa está...-Por que diabos ainda não fez o que mandei e continua tagarelando esse discurso mentiroso e ridículo do carro quebrado?

"E por que diabos não me deixa terminar uma maldita frase,seu idiota?

Raiva se acende em minhas veias, aquecendo meu corpo gelado, mas, colocar essa raiva pra fora,só vai piorar as coisas. Então,respiro fundo sobre os olhos entrecerrados do bebum,e digo o mais doce que consigo.

- Uma ligação. Eu só preciso fazer uma ligação e depois vou embora. Então,será que você pode chamar outra pessoa para falar comigo?

- Não. Eu não posso. Agora,ou você dá o fora daqui ou vou chutar sua bunda até a saída. E de todos aqueles que estão com você. O que vai ser? - Ele olha ao redor respirando pelo nariz como um cão raivoso como se tivesse procura de mais alguém além de mim. Ele realmente acredita que tem mais alguém comigo?

- Você não está mesmo sozinho aqui,está ? - Pergunto sem disfarçar o desespero em minha voz.

Oh,meu Deus. Será que ele invadiu a casa ?

Quando esse pensamento passa pela minha cabeça,olho em volta e fico aliviada quando vejo um carro enorme , preto e brilhante ,cujo modelo luxuoso nunca vi na vida, ocupando a garagem,o que significa que ele não é um sem teto bêbado invasor de casas. Mas,será que ele está mesmo sozinho aqui? Num estado desses ?

- Eu estava sozinho até vocês,abutres de merda ,chegarem para atormentar minha paz. Dêem o fora !

-Ele rosna de novo.

Eu mereço. O jeito é voltar para a picape e torcer para o final voltar logo.

Talvez o sinal já tenha voltado e estou perdendo meu tempo com esse idiota.

Não verifiquei mais o meu celular depois que cheguei aqui.

Tiro o celular da bolsa e verifico. Nada. Zero Barras.

O bebum emite um grunhido parecido como de um lobo feroz prestes a atacar. Eu olho para ele e o encontro me fuzilando furiosamente. Okay. Eu estou começando a ficar com medo desse cara.

- Largue esse celular agora,porra! Ou eu mesmo tiro ele de você e quebro em pedaços!

Agora já chega. Quem esse bebum está pensando que é? Um rei ?Arrg.

Ele realmente conseguiu me enfurecer com sua loucura bêbada.

- Por que eu largaria o meu celular? Ele é meu. E a menos que queira ser chutado nas bolas,o que acho que você não quer,tente tomar de mim, idiota! De qualquer maneira,eu já estou indo embora,tá legal?

- Por que vocês simplesmente não me deixam em paz,porra ? Só me deixem em paz de uma vez por todas,caralho! - Ele joga a garrafa de uísque em qualquer lugar e vem na minha direção, determinado e furioso.

Oh,meu Deus.

O plano de me esconder na garagem dele acaba de ser descartado e um novo plano é criado. O plano de fugir dele o mais rápido possível.