O Consolo Que Virou Rainha

O Consolo Que Virou Rainha

Gavin

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Capítulo

A noite em Lisboa era fria, mas o verdadeiro arrepio veio de uma voz sussurrada ao meu lado. "Juliette..." O nome, proferido pelo meu namorado Hugo, saiu com uma saudade que nunca me dedicara. Deitada, imóvel, o meu coração parou de bater. A nossa relação, tão invejada por todos, desmoronou-se. Na sala, a luz do telemóvel dele chamava-me. Uma curiosidade terrível apoderou-se de mim. A galeria estava cheia de dezenas de fotos de Juliette Lawrence, a sua ex-namorada. Ele tinha-as guardado todo este tempo. O meu corpo arrefeceu. Todos os "amo-te", todas as viagens, pareceram uma farsa podre. O telemóvel vibrou, era Ricardo. instinctively atendi. "Hugo? Vais mesmo gastar essa fortuna no quadro da Juliette?" Ouvi a voz sonolenta do Hugo: "Sim, vou comprar. É a única forma de a ter de volta. Nunca amei a Liza, sabes disso. Ela é só... um consolo. Um porto seguro enquanto espero pela Juliette." Um consolo. Um arranjo. A minha vida, o meu amor, reduzidos a isso. Ele nem sequer olhou na minha direção quando saí pela porta, após a sua Juliette ligar. Humilhada, partida, sem saber para onde ir. Até que Fiona, a minha melhor amiga, veio com um pedido desesperado. "Preciso de fugir do meu casamento arranjado com Darryl Gordon." E foi aí que a ideia louca se formou na minha mente, uma única hipótese de recomeço. Uma saída, custasse o que custasse. "Eu caso com ele."

Introdução

A noite em Lisboa era fria, mas o verdadeiro arrepio veio de uma voz sussurrada ao meu lado.

"Juliette..."

O nome, proferido pelo meu namorado Hugo, saiu com uma saudade que nunca me dedicara.

Deitada, imóvel, o meu coração parou de bater.

A nossa relação, tão invejada por todos, desmoronou-se.

Na sala, a luz do telemóvel dele chamava-me.

Uma curiosidade terrível apoderou-se de mim.

A galeria estava cheia de dezenas de fotos de Juliette Lawrence, a sua ex-namorada.

Ele tinha-as guardado todo este tempo.

O meu corpo arrefeceu.

Todos os "amo-te", todas as viagens, pareceram uma farsa podre.

O telemóvel vibrou, era Ricardo. instinctively atendi.

"Hugo? Vais mesmo gastar essa fortuna no quadro da Juliette?"

Ouvi a voz sonolenta do Hugo: "Sim, vou comprar. É a única forma de a ter de volta. Nunca amei a Liza, sabes disso. Ela é só... um consolo. Um porto seguro enquanto espero pela Juliette."

Um consolo.

Um arranjo.

A minha vida, o meu amor, reduzidos a isso.

Ele nem sequer olhou na minha direção quando saí pela porta, após a sua Juliette ligar.

Humilhada, partida, sem saber para onde ir.

Até que Fiona, a minha melhor amiga, veio com um pedido desesperado.

"Preciso de fugir do meu casamento arranjado com Darryl Gordon."

E foi aí que a ideia louca se formou na minha mente, uma única hipótese de recomeço.

Uma saída, custasse o que custasse.

"Eu caso com ele."

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