Renascida para Amar e Vingar

Renascida para Amar e Vingar

Gavin

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Capítulo

Dona Aurora sempre dizia que só estava "colocando as coisas em ordem". Eu acreditei, ou fingi acreditar, porque era mais fácil viver assim. Mas quando a vi com a mão no cofrinho do meu irmão, Pedro, o frio na barriga era familiar demais. Ela roubava, sempre roubava, desde sabonetes a talheres, disfarçando tudo com um sorriso e desculpas esfarrapadas. Naquela vida, eu cedia, engolia em seco, comprava dois sabonetes para um ser "roubado", só para ter paz. Até que, no evento beneficente da escola de futebol de Pedro, tudo desmoronou. As chuteiras autografadas, o prêmio maior, foram roubadas. E magicamente, apareceram na mochila de Pedro. Dona Aurora, com seu choro forçado, me acusou na frente de todos. Meu noivo, Marcos, com sua conveniência, escolheu o lado dela, o lado "lógico". A humilhação foi pública. Pedro chorou até dormir na delegacia ao meu lado. Perdi meu emprego, meu noivo, e meu irmão perdeu seu sonho. A dor, a injustiça, eram insuportáveis, me levaram a um acidente fatal. Mas abri os olhos novamente, de volta à minha cama, ao cheiro de café, e à data. Três semanas antes do evento beneficente. Não foi um sonho. Foi uma segunda chance. E desta vez, a fúria me guiaria. Eles me tiraram tudo na outra vida. Nesta, eu tiraria tudo deles. Eu não só evitaria o desastre. Eu seria o desastre.

Introdução

Dona Aurora sempre dizia que só estava "colocando as coisas em ordem".

Eu acreditei, ou fingi acreditar, porque era mais fácil viver assim.

Mas quando a vi com a mão no cofrinho do meu irmão, Pedro, o frio na barriga era familiar demais.

Ela roubava, sempre roubava, desde sabonetes a talheres, disfarçando tudo com um sorriso e desculpas esfarrapadas.

Naquela vida, eu cedia, engolia em seco, comprava dois sabonetes para um ser "roubado", só para ter paz.

Até que, no evento beneficente da escola de futebol de Pedro, tudo desmoronou.

As chuteiras autografadas, o prêmio maior, foram roubadas.

E magicamente, apareceram na mochila de Pedro.

Dona Aurora, com seu choro forçado, me acusou na frente de todos.

Meu noivo, Marcos, com sua conveniência, escolheu o lado dela, o lado "lógico".

A humilhação foi pública.

Pedro chorou até dormir na delegacia ao meu lado.

Perdi meu emprego, meu noivo, e meu irmão perdeu seu sonho.

A dor, a injustiça, eram insuportáveis, me levaram a um acidente fatal.

Mas abri os olhos novamente, de volta à minha cama, ao cheiro de café, e à data.

Três semanas antes do evento beneficente.

Não foi um sonho.

Foi uma segunda chance.

E desta vez, a fúria me guiaria.

Eles me tiraram tudo na outra vida.

Nesta, eu tiraria tudo deles.

Eu não só evitaria o desastre.

Eu seria o desastre.

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O anel de diamante em meu dedo parecia pesar toneladas, um fardo de promessas despedaçadas. Meu noivo, Daniel, herdeiro de uma fortuna, deveria estar ao meu lado, mas seus risos vinham de um canto distante, onde Isabela, a mulher que se insinuava entre nós, o envolvia em segredos e toques "acidentais". A gota d'água veio do jeito mais cruel: no nosso aniversário de cinco anos, ele chegou em casa tarde, com o perfume dela impregnado, justificando que a ajudava com um "problema urgente", enquanto a vela do meu jantar especial derretia, levando com ela a última chama da minha esperança. Naquela festa de gala, ver Daniel e Isabela tão à vontade, sem se importar com minha presença, foi uma humilhação insuportável, um golpe final na minha dignidade. Para o mundo, éramos o casal perfeito, mas por trás da fachada, Isabela reinava, e eu era a tola que tentava ignorar trincas que viravam abismos. Com a voz surpreendentemente firme, tirei o anel e o entreguei a ele, declarando o fim do nosso noivado. Seu sorriso zombeteiro e o aviso: "Você vai se arrepender, não é nada sem mim", foram um veneno, mas também uma libertação. Então, um choque: o ataque ao meu ateliê de joias e uma mensagem de Isabela confirmando a destruição, como se zombasse da minha dor. Mas a tristeza deu lugar a uma fúria fria. Eles achavam que me quebrariam, mas eu decidi lutar. Com as mãos trêmulas, mas a mente clara, apaguei a tela do celular – um adeus à minha vida antiga. Eu não precisava do dinheiro dele, apenas da minha liberdade. Aquela noite, nasceu uma nova Sofia, pronta para partir para longe, reconstruir-me e provar que era muito mais do que Daniel jamais poderia imaginar.

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