Meu passado, meu futuro

Acordei com o sol tocando meu rosto, imediatamente alcanço meu celular para ver a hora, 08:35. Acordei antes do despertador tocar, como sempre quando estou ansiosa para algo. Me levanto da cama, tomo um longo banho quente, visto meu terninho azul marinho, faço um rabo de cavalo e saio do banheiro. Pego minha bolsa, meus óculos e celular e saio do quarto. Sinto aquele cheiro de bacon e ovos sendo preparados pela minha avó.

-Sabe que não precisava acordar cedo né? - sorrio para minha vó que sorri de volta colocando meu prato e o copo com suco na minha frente.

-Claro que precisava, você fica ansiosa para as coisas e ia acabar comendo uma torrada e um dedo de suco. - rimos.

Tomei meu café da manhã tranquila, minha entrevista estava marcada para as 11:30, ainda tinha 1 hora para sair de casa, achar vaga e ir para a entrevista. Ajudo a minha avó a organizar a louça e guardar, pego a chave do carro, coloco o óculos e pego minha bolsa. Minha avó da um beijo em meu rosto e faz sinal da cruz em minha testa.

Chegando em frente a empresa, estaciono meu Fusca azul bebê quase em frente, hoje não tinha trânsito graças a Deus, cheguei com 20 min antecipado. Passo pela enorme recepção, dois jovens me recebem com um sorriso largo, são estagiários da empresa, fazem um pequeno tour pela empresa comigo já que cheguei antes. Estou maravilhada com o prédio enorme, bem iluminado, pessoas andam de um lado para o outro, conversas paralelas, sinto alguns olhares para mim vindo de alguns homens, apenas ignoro. Alguns minutos se passam, a tão chegada hora da entrevista acontece, sou recebida por um homem de meia idade, com um terno cinza grafite e olhos azuis da cor do céu.

- Vejo aqui que seu currículo é impecável. - aponta para uma cadeira em frente da sua enorme mesa. Me sento e coloco minha bolsa no colo.

A entrevista ocorre tão bem e natural, perguntas sobre minha faculdade, estágios, trabalhos anteriores, família.. Perguntas corriqueiras que respondo prontamente e profissionalmente.

- Seja bem vinda a nossa empresa srta Braga, ficaremos imensamente contentes de ter você conosco. - sorri.

- Obrigada. Estou ansiosa para começar.

A empresa Liberty Company é a maior empresa que temos aqui em Seatle, eu não acreditei quando me ligaram para marcar uma entrevista.

Sai da sala do Sr Marchal que me levou até a sala que seria meu local de trabalho, fiquei maravilhada com a sala completa, todos os computadores, monitores e telas que eu fiquei simplesmente encantada. Logo após ver minha sala ele me levou para o RH, assinei toda a papelada, sorri e recebi muitos elogios vindo do Sr Marchal. Ao sair da sala ele me acompanhou até o elevador.

- Aguardo ansiosamente para vê-la amanhã. - sorriu apertando o botão do elevador.

- Obrigada. Estou ansiosa para começar. - sorri.

Antes que o elevador chegasse ao andar, apertei a mão dele que olhou por trás do meu ombro e sorriu. Me virei para ver quem estava atrás de mim, assim que me virei meus olhos castanhos mel não acreditavam no que estava vendo. Meus olhos encontraram os olhos verdes que por sua vez estavam se concentrando em meu rosto e me analisando de cima a baixo.

- Sr Frederik esta é Anne Braga, nossa mais nova chefe de TI que acaba de ser contratada.

Frederik estica suas mãos longas para apertar as minhas, eu estico as minhas pequenas mãos para encontrar a dele.

- Seja bem vinda Srta Braga. - me lança um sorriso largo e perfeito.

- Obrigada senhor. - sorrio sem graça.

Nossas mãos ainda juntas se soltam, o elevador chega e eu engulo seco.

- Obrigada senhor Marchal até amanhã. Sr Frederik. - aceno com a cabeça e entro no elevador, me virando e ficando de frente aos dois.

Parada com as mãos ao volante em frente a minha casa, meu corpo não se movimenta, não consigo piscar ou mover nenhum músculo de meu corpo. Não estava acreditando no que acabará de ver, era ele. Minha avó bate no vidro do lado do passageiro me fazendo conseguir sair do carro. Ela estava com bolsas de mercado e eu a ajudei a entrar em casa. Após colocar as bolsas na cozinha, passo com movimentos lentos para a sala e me sento, minha avó senta ao meu lado e me olha, tirando meus óculos e colocando minha bolsa em cima da mesa de centro.

- Querida o que houve? - me olha preocupada.

- Eu o vi. - só consegui dizer isso, minha garganta estava com um nó horrível.

- Quem? - me pergunta segurando meu ombro.

Eu não consegui dizer mais nada, apenas deitei em seu colo e as lágrimas rolaram pelo meu rosto, chorava sem parar, soluçava, e não dizia nada, apenas sabia chorar. Minha avó me abraçava preocupada, mas sabia que eu diria a ela assim que me acalmasse. Ela me levou ao meu quarto, me ajudou a tirar o terno, ligou a água da banheira e colocou sais de banho.

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Céu estralado, nossas mãos entrelaçadas, ele estendia seus longos dedos apontando para cada estrela, aquela noite estava maravilhosa. Viro meu rosto que encontra o dele, nossos lábios se encontram e um beijo ardente e apaixonado se inicia. Ele me coloca em seu colo e me leva para dentro, fechando as portas da varanda atrás de si. Seu jeito calmo em retirar cada peça do meu corpo me arrepiava, logo após soltando minha trança deixando meu longo cabelo ruivo solto, coloca meus óculos em cima da mesa de cabeceira. Eu retiro sua blusa deixando seu peito e barriga definidos a mostra, a luz da lua desenhava meu corpo nu, minhas curvas. Aquela noite me entreguei para o homem que eu amava profundamente, meu primeiro amor.

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Acordo com a minha avó no pé da cama mexendo em meus pés, dou um sorriso e sento na cama, a noite anterior ela me ajudou no banho, a colocar meu pijama e a me colocar na cama, o jeito que eu estava nem fome senti.

Após um banho quente e rápido, encontro minha vó colocando minha saia vermelha e blazer vermelho em cima da cama, minha blusa de botão branco e meu scarpin bege ao chão. Sorrio com a cena, ela sempre cuidando de mim. Ela sai do quarto para me deixar me vestir, então retiro minha toalha e me visto, a saia que vai até o joelho realça minha curva, minha bunda, a blusa de botão fica justa pois meus seios são fartos, visto o blazer e calço o sapato. Termino meu café da manhã, escovo os dentes e olho para o espelho, resolvo deixar meus cabelos soltos hoje, estavam bem ondulados até a bunda, passo um batom nude e saio do banheiro. Me despeço da minha avó e saio de casa. Eu sei que quando chegar tenho que explicar o que houve, ela quer saber, mas não me pressiona a contar.

Assim que passo pela recepção sinto olhares vindos em minha direção, ouço algumas pessoas conversando, mas sigo andando até o elevador, são 3 entao espero o primeiro se abrir. Estou segurando minha bolsa com as duas mãos, ajeito o óculos no meu rosto e olho para frente, quando ouço passos ao meu lado, me viro e então, dois homens ficam me olhando meio espantados, um deles era ele. Seus olhos verdes me olhavam fixamente enquanto o outro também me analisava.

- Bom dia. - sorrio para ambos.

- Bom dia. - Frederik me responde seco.

- Bom dia srta? - o outro homem me olha.

- Anne.

O elevador chega, nós três entramos no elevador, o homem ao lado de Frederik aperta o botão e as portas do elevador se fecham, fico no canto direito olhando para frente, Frederik ao meu lado e o outro no outro canto. Minha respiração muda, aperto ainda mais minha bolsa, Frederik segura levemente meu braço e eu fico estática.

- Na hora do almoço por favor venha até minha sala. - dito isso me solta e logo em seguida as portas do elevador se abrem.