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No dia em que meu filho deveria nascer, meu marido, Fábio, me trancou em um depósito imundo para morrer.
Enquanto eu agonizava em trabalho de parto, com a mão esmagada e sangrando, ele celebrava a chegada do filho de sua amante, Carolina, o "verdadeiro herdeiro".
Sua irmã, Priscila, veio não para me salvar, mas para garantir minha morte, perfurando minha perna com uma barra de metal enferrujada sob as ordens de Fábio. "Ele está ocupado com a verdadeira herdeira. Carolina não pode ser incomodada com suas frescuras."
Meu bebê, Gabriel, morreu minutos após nascer. Eu também "morri" naquele chão frio, abandonada por todos.
Mas eles não sabiam que meu pai, o poderoso Otávio Caetano, forjou minha morte e me resgatou secretamente.
Agora, a mulher que Fábio desprezou e tentou apagar da história está de volta. E a vingança é o único prato que servirei.
Capítulo 1
Celina POV
Senti a porta do depósito bater na minha mão. O som abafado do osso se espatifando ecoou mais alto que meu próprio grito, enquanto a dor me rasgava por dentro, anunciando que meu filho estava a caminho, mas não para a luz.
Meu corpo, já exausto pelas contrações incessantes, cambaleou. Tentei me apoiar na parede fria, mas meus joelhos cederam. O chão de concreto gelado parecia me engolir. A mão esmagada pulsava, uma dor aguda que rivalizava com a contração que apertava meu ventre. Um som úmido. Nojo. Era o meu corpo, cedendo, falhando. Um soluço incontrolável escapou, misturando-se aos gemidos de dor.
Eu gritei.
Gritei por Fábio.
Gritei pelo meu marido. Aquele que havia jurado me amar e proteger. Aquele que agora me deixava apodrecer aqui, enquanto sua amante recebia toda a atenção.
Ninguém veio.
A dor na barriga se intensificou, um aperto cruel que virou meu estômago do avesso. Minha respiração ficou ofegante, curta, irregular. A visão embaçada pelas lágrimas não me impedia de perceber o líquido quente escorrendo pelas minhas pernas. Minha bolsa havia estourado. O pânico me sufocou. Meu filho. Nosso filho. Ele estava vindo, aqui, neste inferno.
Tentei me acalmar, mas o medo era um monstro devorando minha mente. Estendi minha mão não ferida, a cicatriz em meu pulso queimando. Era nossa conexão, minha e de Fábio. Um elo que atravessava distâncias, promessas de união eterna.
Fábio, por favor! Me ajude! Gritei em nossos pensamentos, usando a conexão que ele e eu compartilhávamos.
Nada. A conexão estava fria. Morta. Fábio a havia cortado. Ele não queria me ouvir. O desespero me atingiu como um raio.
Meu bebê chutou, e não era um chute suave. Era uma agitação violenta, como se ele também sentisse o perigo, lutando para sair de um lugar que não lhe oferecia segurança. Mais pânico. Senti um líquido espesso, pegajoso, ensopando minhas roupas íntimas. Não era apenas água. Havia algo mais. A ferida na minha mão. O depósito. A sujeira. A escuridão. Um frio arrepio percorreu minha espinha. A infecção.
Com o último vestígio de força, me arrastei até a porta, batendo com a mão boa, minha voz rouca, quase um sussurro. "Por favor! Alguém! Me ajude!"
Ouvi um farfalhar do lado de fora. Uma esperança tênue acendeu em meu peito. Alguém? Fábio?
"Fábio! É você? Por favor, eu preciso de ajuda! O bebê está vindo!" Gritei, minha voz quebrando.
Houve um silêncio, então um som de passos se aproximando. Mais forte agora. Eu estava salva. Tínhamos conseguido. Meu bebê estaria seguro.
Então, uma voz. Doce, melódica, mas carregada de uma satisfação cruel. "Ora, ora. A pequena Celina ainda está viva?"
Meu coração despencou. Priscila. A irmã de Fábio. Aquela que me odiava com cada fibra do seu ser.
"Priscila, por favor! Eu estou em trabalho de parto! Minha mão está quebrada, e eu estou sangrando. Por favor, me tire daqui", implorei, ignorando o desprezo em sua voz. Meu filho precisava dela, não eu.
A porta rangeu, e uma fresta de luz cortou a escuridão. Priscila estava lá, com um sorriso de escárnio no rosto. Seus olhos, idênticos aos de Fábio, me inspecionaram de cima a baixo, fixando-se na poça de sangue e líquido amarelado ao meu redor.
Pensei que ela iria ajudar. Por um segundo, a imagem de Fábio, com um traço de humanidade, cruzou minha mente. Talvez ele tivesse dito a ela para vir. Talvez ele tivesse se arrependido.
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