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Capítulo

PRÓLOGO Em outra era nasceu um príncipe chamado Arthur de um reino distante, e ele cresceu sendo ensinado e preparado para se tornar rei. Anos se passaram e ele completou seus 25 anos onde seu reinado começou e o de seu pai chegou ao fim continuando assim o legado que passaram de gerações a gerações, porém e sua rainha ? Ele tinha uma prometida mas seu coração estava prometido para uma plebéia. Foi então que começou a guerra entre governadores e comprometeu o reino de entrar em guerra com outros reinos, e assim o rei para defender seu reino e continuar o legado resolveu cumprir a promessa de se casar com sua prometida. - Irei casar com você mais nunca irei te tocar - decretando na frente de seus governadores e conselheiros que não teria mais linhagem Hawley. - O que...O senhor não pode fazer isso, irá entregar o reino de bandeja para os reinos vizinhos - disse Saimon o governador das indústrias reais - Está é a minha decisão,é a minha condição para não sair do trono - assim sendo leal a sua primeira e única amada. Kiara a plebéia. Desde de seu decreto nunca mais vira sua amada, e sua esposa,ao descobrir que Kiara esperava um filho, jurou vingança contra a plebéia que tirará sua chances de ser mãe. Kiara deu a luz a uma menina e deu o nome de Heather. A plebéia fez seu melhor amigo prometer que cuidaria de sua filha como se fosse dele e assim se fez, Kiara morreu ao dar a luz com uma flecha enterrada em seu peito e na ponta havia o brasão da família real a vingança tinha sido feita. Ou pelo menos era o que a rainha pensava. Dezoito anos se passaram e nossa querida Heather cresceu e se tornou uma mulher forte e segura de si, será que os segredos do passado vão ser expostos.

Capítulo 1 INÍCIO

Os passos de lá em baixo me incomodavam ao ponto de não conseguir voltar a dormir, coloquei um vestido para ir pro campo e desci, meu pai estava fazendo o café e o pão já estava na mesa.

- Bom dia papai - me sentei na mesa e peguei um pedaço de pão, tomei um pouco de chá e coloquei o pedaço na boca

- Bom dia, dormiu bem?

- sim, mas não consegui voltar a dormir depois de ouvir passos para todo lado aqui em baixo - o olhei e o mesmo soltou um sorriso

- Já está tarde para nós irmos para o campo, e outra coisa, Jaime passou aqui mais cedo - ele disse me olhando com um olhar suspeito. Engasguei.

- Jaime? O que.. o que ele veio fazer aqui? - digo tentando me desviar dos olhares que meu pai me dava.

- Veio pedir para eu dar uma olhada na colheita de cenouras

- hum...

- Por que quer saber ? - perguntou

- Por nada, vamos ter que ir mais cedo hoje - digo levantando e tirando a mesa

Papai se levanta e me ajuda, depois de guardar as coisas trancamos o galpão onde morávamos e fomos fazer a colheita. Jaime tinha a minha idade nós crescemos juntos eu e a irmã dele era mais nova que nós, ele tem cabelos escuros como a noite e os olhos também eu o achava bonito mas não quero estragar nossa amizade.

- Olhe, o vizir do rei está aqui, o que será que aconteceu? - meu pai olha na mesma direção que eu

- Não sei, vamos não fique olhando muito - apertamos o passo para direção longe do vizir para o outro lado da colheita, ele estava supervisionando as colheitas algo sério havia acontecido. Nós passamos por ele e ouvimos o que não era pra ouvir.

- Filha - meu pai gritou e eu saí rolando e cai na frente de um homem, estatura alta cabelos até os ombros, o sol ofuscava seus olhos sendo difícil ver a cor, ele esticou a mão e eu a segurei firme tentando não me desequilibrar novamente.

- Ob.. Obrigada - digo limpando o vestido das folhas e Barro.

- Não tem de quê - ele soltou um sorriso lindo, olhei para ele dando pra ver assim seus olhos de cor de mel ele estava com um coroa na cabeça e os cabelos dourados ele é muito bonito sendo assim eu tinha tropeçado na realeza eu sou mesmo uma desastrada mas eu queria tropeçar mais vezes nele Heather tira esses pensamentos.

- Ai, me desculpe por favor ... É que eu sou muito desastrada meu senhor... por favor me perdoe - me curvei prestando respeito a qualquer que fosse seu posto.

- Não se preocupe, acidentes acontecem senhorita- o olhar dele parecia me consumir por completo, senti um frio passar por minha espinha

- Filha, você está bem - meu pai perguntou desesperado

- Eu estou bem papai!

- Está tudo bem por aqui meu príncipe - o vizir chegou logo após meu pai, ele nos olhou e se direcionou ao homem que tinha me ajudado.

- Sim está tudo bem Saimon, bom aqui está tranquilo as colheitas não estão podres como diziam

- Podres? - a minha fala saiu um tanto quanto afrontosa e não tive controle ao falar o que falei.

- Sim, - ele voltou seu olhar a mim, ele parecia querer respostas do que eu havia dito.

- Me desculpe meu senhor mas não podem estar podres, nós trabalhamos dia e noite para isso aqui estar conforme o nosso vizir nos informou, quem disse isso certamente não trabalha nesse setor - a minha voz saiu tão firme que eu mesma não acreditei que havia dito aquilo.

- Bom se tem tanta certeza, porque seu chefe de colheita nos informou o ao contrário - disse o vizir

- Ele não pode ter tanta certeza de uma coisa que ele mesmo não faz - digo olhando para o mesmo

- Sua garota insolente como ousa falar assim com vizir - o guarda tentou ir em direção a mim e foi parado pelo vizir

- Certo, mandem chamar Sr. Estanvan - o vizir levantou sua mão dando sinal aos guardas

- Qual seu nome menina - ele olhou pra mim

- Heather senhor - coloquei a mão na frente do rosto para esconder do sol

- De onde você vem? - alguns anos atrás o rei proclamou por algum motivo que se alguém da guarda real ou dos governadores perguntasse seu nome você teria que dar o significado e de onde vinha e quem se negasse seria morto, a lei foi tão rigorosa que perdemos mais de trezentos homens por negarem seus ancestrais.

- Minha mãe me deu esse nome quando morreu sujeita a assassinato, o nome dela era Kiara senhor -assim que terminei de dar a resposta, seus olhos se arregalaram e ele olhou para meu pai e depois voltou a mim.

- Você é o pai dessa garota? - perguntou para meu pai

- Si...sim - a voz do meu pai falhou e então o vizir se afastou Alguns segundos depois ele voltou com nosso chefe de colheita Sr. Estavan

- Vamos lá bastardo diga o que disse a mim e ao rei na frente de seus trabalhadores, palavra por palavra sem faltar nenhuma - o vizir disse a ele e o guarda o jogou na nossa frente, na colheita todos pararam para ver o que havia aprontado desta vez.

- Eu... Eu disse que eles não estavam trabalhando direito e a colheita de nosso rei estava por um fio - no começo sua fala era falha depois se tornou em certeza.

O silêncio reinou e algumas pessoas choravam pelo que ele havia dito.

- Seu mentiroso - falei em alto e bom som para quem estava lá ouvisse! Eles me olharam e Estavan olhando pra mim.

- Cale-se menina, está se dirigindo ao vizir - disse ele tentando contornar a história

- Não. Eu não vou me calar, vou falar por todos que perderam parentes nas enchentes, se machucam, perderam suas vidas tentando dar uma vida de luxo ao senhor para termos apenas os restos, não vou me calar o senhor é um hipócrita de falar que não fazemos nada quando o senhor mesmo nem toca nessas terras. - deixei as palavras saírem como se não houvesse amanhã, deixei sair tudo que estava engasgado a muito tempo, depois que falei percebi o que havia feito.

- Isso mesmo, hipócrita - as pessoas que estavam na colheita se levantaram e começaram a gritar para que todos ouvissem que naquele plantio não havia mais chefe.

- CALEM - SE - o vizir levantou a voz e assim se fez

- Sr. Estevan o senhor está preso por difamação e calúnia contra seu próprio povo, levem-no - fez o gesto e ele saiu com os guardas

- Me soltem, eu não fiz nada, me soltem - ele saiu se esperneando igual uma criança mimada.

- Voltem para seus trabalhos, até o final da tarde vocês terão um novo chefe - o vizir anunciou e se retirou do lugar, quando estava saindo ele me olhou de um jeito um tanto quanto diferente, parecia preocupado e, ao mesmo tempo, com um certo afeto, isso me deixou confusa e pensativa, será que eu tinha causado algum problema pra ele?

Passamos a tarde inteira colhendo e fazendo o trabalho de sempre, porém, sem ninguém pra aborrecer nos ou falar bobagens para nós.

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