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O animal que há em mim - O despertar do Lobo

O animal que há em mim - O despertar do Lobo

A. J. Chavango

5.0
Comentário(s)
674
Leituras
5
Capítulo

Fredy é um garoto que nasceu numa tribo de mutantes guerreiros, mas sua verdadeira identidade é escondida pelo pai, com o propósito de protege-lo, pois o animal que nele reside não pode ser encontrado pelos anjos da noite. Na véspera do seu 17 aniversário ele descobre que é de uma raça chamada de lowrider um híbrido de lobo dominante e leão adormecido. Mas que ele carrega dentro dele, o poder do mais poderoso ser de todas as raças de mutantes, um lowrider mítico. Contudo ele descobre que poderá treinar para controlar sua força

Capítulo 1 Primeiro despertar

A verdade é que é assim que a jornada começa, sou um adolescente que nunca soube muito de suas origens. Sempre que eu perguntava alguma coisa sobre minha mãe ou sobre o lendário lugar de onde viemos, meu pai sempre mudava de assunto.

Isso sempre me deixa irritado, mas acabo por deixar passar, afinal os pais sabem o que é melhor para os seus filhos.

Estudo na escola comunitária de San Alfonso Garcia, e hoje é mais um dia que preciso ir a escola. O que me motiva esse ano, é que é o último para mim.

Depois que concluir não volto mais a faculdade, vou ficar no templo, que é o lugar que eu me sinto a vontade, posso acabar por ficar com a mesma profissão do meu pai, ser um guia turístico.

Um dia quero ser tão bom, para poder explorar a floresta sombria, chego na casa de Tommy e chamo por ele, já entrando em sua casa.

― Bom dia tia Mayauan, o Tommy já está pronto? – Pergunto me sentando na mesa e ela sorri para mim.

― Claro querido, bom dia para você também, ele estava a meditar um pouco, mas já vou chamar, pode se sentar e Tommye um pouco de sumo do fruto do baobá que fiz, nem adianta negar, você sabe que aqui em casa é proibido dizer não – Ela coloca um copo na mesa e uma jarra com um sumo natural até a metade.

Coloco no meu copo e ela sobe para chamar o Tommy. Esse é o meu melhor amigo, está comigo sempre que me lembro, estamos na mesma classe e nos damos muito bem, graças a ele, que é um aluno excepcional.

Alguns minutos se passam e ele desce, com um sorriso de orelha a orelha, e auTommyaticamente eu esboço um sorriso também, Tommy é a pessoa que mais sorri nesse mundo, talvez seja por isso que ele se dá bem com a Natasha, minha irmã mais velha.

Ela tem um temperamento muito diferente do normal, sempre leva as coisas a sério, e nunca desobedece ao nosso pai, deve ser porque ela é a primogénita.

― Vamos nos atrasar por culpa sua, eu acho que você deve escolher outro momento para meditar sozinho, não acha? – Digo quando ele chega perto de mim

― Em que momento seria Fredy, se você vem aqui cedo para irmos a escola e depois voltamos, mas não levamos tanto tempo assim, porque tempos que ao templo para fazer a meditação do equilíbrio, e foi seu pai que decretou isso, não podemos falhar por nada e se não formos o velho sacerdote Artemis vai nos denunciar, e saímos de lá quando o sol se põe e por fim podemos ir para casa, mas quando chego aqui, ainda tem trabalhos que tenho que fazer, e ainda tenho que dormir, você realmente acha que eu tenho tempo livre? – Ele fala e a mãe ri.

Realmente não temos muito tempo, eu sacrifico muito o meu sono, para falar a verdade eu nunca tive muita afinidade com o sono, é como se ele fugisse de mim, então consigo meditar nesse momento, mas o Tommy é diferente, sempre teve um corpo mais frágil que o meu, por isso deixo ele ser um pouco preguiçoso.

Me levanto e dou um abraço nele, e ele coloca rapidamente o sumo num copo e Tommya de uma única vez, o que deixa a tia Mayauan satisfeita.

Saímos e corremos em direção a escola, chegamos em menos de 15 minutos, apesar da escola ficar do outro lado do vila em que vivemos.

― Fredy, ela está ali, o que eu digo a ela? – Tommy pergunta quando vê a paixão platónica dele, Yasmin.

― E como eu vou saber, esqueceu que nunca namoramos antes, e nem você nem eu temos experiência nisso? – Respondo e ele simplesmente a observa.

― Talvez eu devesse aceitar o facto de que eu sou muito tímido e me conformar em apenas ter um amor platónico por ela – Ele olha para mim e eu começo a rir.

Não dele, mas da frase que ele acaba de falar, é claro que eu gostaria de ver ele muito feliz com a Yasmin, faria muito bem a ele, mas não sabemos como fazer uma coisa dessas.

A verdade é que Yasmin é bonita e Tommy gosta dela desde que estávamos no 5® ano, e ela até conversa com ele as vezes, isso é, ela não é uma má garota, mas anda rodeada do grupinho insuportável de suas amigas, não tem nem espaço para uma aproximação.

― Escuta Tommy, porque você não chama ela para sair, você pode entregar um bilhete para ela, uma vez que tens vergonha de ir lá diretamente, eu li que bilhetes tem um óptimo índice de sucesso. Pode dar certo, então faz isso e entrega quando tiver menos amigas dela olhando – ele aceita a proposta abanando a cabeça positivamente, e nesse instante entra a senhorita Jefferson.

― Bom dia senhorita Jefferson – Cumprimentamo-la

― Bom dia meninos, vejo que estão muito bem dispostos para a aula de hoje, então como bónus vamos sair 30 minutos mais cedo, claro se mantiverem esse alto astral. – Ela se senta e mexe em seus livros.

A classe vibra sempre que tem a promessa de sair um pouco mais cedo, o que me leva a minha segunda conclusão óbvia, ninguém quer ficar na escola mesmo no período de aulas, que concorda com a minha primeira conclusão óbvia, ninguém em sã consciência, gosta de vir a escola. A maior parte de nós está aqui porque é obrigada.

Apesar de terem sido divertidas, chegou o intervalo e todos arrumamos as nossas coisas para dar um fora dali.

Tommy, coloca o bilhete que escreveu na sacola da Yasmin, eu realmente espero que ela veja antes de qualquer um.

2 HORAS DEPOIS

No intervalo, Tommy e eu fomos ao nosso lugar favorito, um jardim calmo, era um ponto que dava para meditar por um tempo, nos deixava muito bem, eu conseguia equilibrar o meu Yin e yang ali, mesmo que fosse só um pouquinho, não era como o templo, mas servia para alguma coisa.

Depois de 5 minutos, ela chegou, o doce aroma de seu perfume fez com que eu abrisse os olhos. Tommy percebeu, sempre que meditávamos juntos era como se estivéssemos a empurrar uma roda gigante. E cada um de um lado, por isso qualquer interrupção percebia na hora.

Me viro para ela e ela sorri para mim, ela é bonita, olhos azuis-claros, pele clara, e cabelos pretos, yasmin é praticamente uma mistura de raças, o que faz com que ela tenha mais pretendentes, não é a toa que o Tommy caiu na dela.

Me levanto quando Tommy abre os olhos, ele dá um sorriso de canto, e claramente dá para ver que ele está nervoso.

- Vai ficar tudo bem meu amigo, desde que sejas tu mesmo – digo segurando o ombro dele

- E como você saberia? Se fosse você no meu lugar, estariam tremendo de nervosismo também – ele responde e Yasmin que está cada vez mais perto começa a sorrir.

- Oi Yasmin, seja bem-vinda, vou deixar-vos a sós, juízo ein – digo e ela ri, claramente envergonhada com a situação.

- Bom dia Fredy, não precisa se retirar, só quero perguntar uma coisa ao Tommy, depois vocês continuam o que estavam a fazer – Ela responde, mas eu continuo a caminhar.

- Eu acho que vocês precisam mais de uma conversa do que apenas simples perguntas e respostas rápidas – digo e dou um fora dali.

Quando eu voltei, encontro alguns garotos da nossa classe, espancando Tommy, tudo isso só porque o Yasmin estava a conversar com ele, ela estava inconsciente no chão, o que me enfureceu ainda mais, como ousam tocar no meu irmão e na garota que ele ama.

sei que meu pai me proibiu de lutar e de arranjar confusão, mas não posso deixar pessoas assim livres.

Chego perto e empurro um deles, que se choca com uma árvore, os outros 3 se viram para mim e assumem uma base de artes marciais, cresci vendo minha irmã a fazer isso o tempo todo, dá para ver que eles praticam alguma coisa relacionada e como não sei nada disso só posso ir na sorte e ignorância mesmo.

Um me empurra e eu caio no chão, os outros me atacam desferindo golpes sem parar, minha língua começa a sangrar, é como se eu me tivesse ferido, deve ter sido na queda.

Empurro todos, e sinto meu coração bater mais rápido, Tommy começa a gritar de dor, sinto o medo dele, e imagino a dor que ele deve estar a sentir, minha raiva aumenta, meu corpo cresce.

Vejo garras enormes que surgem de minhas mãos, olho para os lados e tudo fica vermelho e depois escuro.

TOMMY

- Yasmin, seja bem-vinda ao cantinho de paz, fique a vontade, não se preocupe com meu nervosismo, é que na verdade não é todo dia que a pessoa que gostamos aparece na nossa frente querendo conversar – Digo as últimas palavras sussurrando.

- Tommy, fica calmo, vai dar tudo certo, como Fredy disse, você só precisa ser autêntico, o resto vai fluir e você com certeza vai se surpreender – Ela fala, o que me surpreende, não pelo facto dela falar, mas porque ela ouviu a conversa que eu tive com Fredy um pouco antes dela chegar perto de nós.

- Como você ouviu isso? Estavas longe quando ele falou – Pergunto curioso.

- Eu posso ouvir, eu sou muito mais do que aparento ser, sou meio Elfa e meio feiticeira, eu sei que você sabe do que estou a falar, como um feiticeiro da nobreza você já deve ser experiente, e eu na verdade vou precisar de sua ajuda – As palavras que saíram dela naquele momento só me baralharam, eu sou um feiticeiro de verdade?

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