A proposta ousada do CEO
Noiva por contrato - Bella mia(série: Destinos entrelaçados)
O caminho para seu coração
Acabando com o sofrimento de amor
O retorno chocante da Madisyn
Minha assistente, minha esposa misteriosa
Uma noite inesquecível: o dilema de Camila
A ex-mulher muda do bilionário
A Segunda Chance com Meu Amor Bilionário
Um casamento arranjado
"Um império não se faz com homens, e sim com caráter de poucos."
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O sol começou a despontar sobre as colinas, grandes Matas densas se destacavam facilmente por entre as passagens urbanas das cidades cariocas. As pessoas começavam a acordar com aquele tom bronzeado que cobria todo o relevo, aos poucos tomando a escuridão da noite, algumas delas preparavam o café para estarem dispostas a mais um dia castigável de serviço pesado, algumas das crianças se preparavam para estar frequentando escolas enquanto os adultos tomavam rumo aos bondes, metrôs, até mesmo táxi para chegar no destino desejado.
Mas nem todos eles tinham a mesma sorte de terem algum meio de pagar os transportes, então elas iam conforme davam, de bicicleta ou até mesmo a pé.
As vezes chegando atrasados, com uma aparência não muito boa por conta da maratona que acometem em seus caminhos. Uns precisam enfrentar longas caminhadas por entre as estradas de terra, chuvas e até mesmo frios em grande escalas.
São pessoas comuns que constroem a nossa sociedade. Em meio as casas simples, sem reboco ou qualquer tipo de pintura, barracos de madeira e até mesmo feitas de lona, elas sobrevivem nas dificuldades e necessidades, dependentes do governo e os programas Sócio Econômicos.
Mas dentro de uma comunidade, pessoas simples vivem, tem mil e um motivos para poderem dizer que a vida não vai bem, portanto com sorrisos que cativam até a nossa alma, pessoas essas que são simpáticas e receptivas. Mesmo com as dificuldades, com a fome que assolam todos os dias, eles sorriem e sempre buscam o lado bom de cada dia, uma maneira de sempre dizer que não é fácil, mas estão vivendo.
Por entre as ruelas da comunidade, crianças menores de treze anos brincam de pelada enquanto as mães vigiavam pelo lado de fora da casa, sentadas em banquinhos feitos de madeira, conversavam deliberadamente distraídas do cotidiano. Os meninos vestidos de bermudas, pés descalços, corriam atrás de uma bolota feita de pano, não se importavam com o poeirão que causavam a cada encontro corporal, corriam tanto que poderiam torcer as camisas, que logo escorreria a água em pingos de tanto suor.
As mulheres de famílias com mais condições financeiras costumavam se reunir para fazer fofocas enquanto comiam bolos e tomavam café, outras já saiam para fora para limpar a calçada e aproveitar o dia, mas boa parte delas saíam para trabalhar, deixavam os filhos na escola ou na creche e iam ganhar o dinheiro para seu próprio sustento.
Nos finais de semana, os dias ficam mais agitados, é o momento em que os adultos se reúnem para aproveitar um bom samba acompanhado de espetinho de carne e bastante cerveja, mas nesse fim de tarde as coisas pareciam diferentes, uma pequena rural estaciona de frente para a casa abandonada.
Aquela casa ao qual todos os meninos temiam besbilhotar, o ronco do motor chamou a atenção de todos, uma fumaça branca se espalhou pelo ambiente fazendo todos que estavam na roda de amigos pararem suas funções e direcionarem as atenções para o veículo preto.
— Vamos Liz! — Uma mulher vestindo um macaquinho estampado e com óculos de sol sobre os cabelos acima da cabeça saí da caminhonete. — Iremos levar muito tempo para ajeitar esses baguios.
Ela carregava uma grande bolsa sobre os ombros, a moça também desce fazendo com que todos parem de ficar olhando, eles sabiam que seriam os novos vizinhos do bairro.
— Ja estou indo, nossa que mulher bolada. — Liz pegava mais algumas bolsas de dentro da gabine e colocava sobre os ombros.
Na carroceria encontrava alguns móveis de madeira como uma cama de casal, armário da cozinha feito de alumínio antigo da marca Itatiaia, o fogão descascado da Dako, um sofá pequeno com certos pontos desfiados em sua extensão, um guarda-roupa pequeno e mais caixas de coisas não tão importantes assim.
As crianças param de jogar indo besbilhotar os novos moradores, alguns deles começavam a subir pela carroceria para saberem o que havia dentro do caminhão, Liz vendo esse desaforo logo resolveu enxotar os besbilhoteiros.