A proposta ousada do CEO
Noiva por contrato - Bella mia(série: Destinos entrelaçados)
O caminho para seu coração
Acabando com o sofrimento de amor
O retorno chocante da Madisyn
Minha assistente, minha esposa misteriosa
Uma noite inesquecível: o dilema de Camila
A ex-mulher muda do bilionário
A Segunda Chance com Meu Amor Bilionário
Um casamento arranjado
Prólogo
Continuo escondido atrás da sombra nebulosa do prédio que
fica no beco. Inverno, em Paris, definitivamente não gosto do frio.
Junto as mãos aproximando da boca para soprá-las. Encosto na
pilastra, observando os casais supostamente apaixonados. Mãos
dadas, abraçados, sorrindo com olhares carinhosos. Diria que é
patético, mas como estamos em uma das cidades mais românticas
do mundo “Vivre l'amour.’’
Aguardo o homem para matá-lo. É, meu caro amigo, não é nada
pessoal, mas fazer lua de mel com a amante mais jovem que sua
esposa, não foi uma boa ideia. Os homens não têm noção de como
uma mulher traída, e pior, por uma mais jovem, pode se tornar
perigosa e vingativa. Esse ano é o quarto trabalho que aceito, onde
tenho que dar fim a vida do marido traidor. Homens, se querem tanto
aproveitar a liberdade, porque se casam? Aprendam comigo, pego e
não se apego. Quem sabe um dia crie um manual com dicas, o título
será: como não ser assassinado por minha esposa.
Confiro mais uma vez o relógio, completamente entediado.
Quanto tempo essa porra leva para comer um prato com tão pouca
comida? Se tiver que esperar muito mais, irei mudar a cláusula do
contrato de morte limpa e rápida, para lentamente torturante. Bom,
vamos às opções :
Primeira opção: Usar o silenciador com um tiro certeiro na
cabeça de ambos.
Segunda opção: Usar o fio que está guardado no bolso da minha
jaqueta para enforcá-los. Ou atirar na cabeça da vadia, e espancá-lo
até ficar irreconhecível. Assim iria dificultar um pouco o lado da
polícia. Qual é? Ninguém nunca me falou que nessa profissão tenho
que ser complacente com a polícia. Como dizem, cada qual com
seus problemas.
Mudo o peso do corpo de uma perna para outra. Bato o pé
impacientemente no chão. A ponta do meu nariz está congelando,
junto com a pele do rosto. Juro que esse velhote safado irá pagar
bem caro por isso. Ouço vozes de longe, escondo o corpo ainda
mais para a escuridão. Como esperado o pacote caminha em minha
direção tropeçando nos próprios pés. Alguém se excedeu na bebida.
Então, opto por usar o primeiro método, só quero acabar logo e ir
para o hotel degustar de uma boa taça de vinho à beira da lareira,
antes de partir. Abro o casaco enfiando as mãos nos bolsos internos.
Pego a pistola, juntamente com o silenciador. Encaixo-o na ponta,
deixando o equipamento preparado.
Essa é minha última encomenda do ano, preciso de férias. Quero
um lugar quente, isolado, onde possa ouvir o som da minha própria
respiração. Engulo em seco, ajeito o corpo na posição mais
confortável, e aguardo que se aproximem ainda mais. Balanço a
cabeça ao observar o casal sensação abraçados. A jovem não tem
mais de vinte e quatro anos, e o adúltero cinquenta e cinco anos, o
dobro da idade. Admiro a coragem dessa princesa, mas sinto muito,
você entrou em um jogo perigoso demais. Repito, não é nada
pessoal.
Cubro a cabeça com a touca do casaco, escondendo ainda mais
minha presença. Ergo o cano da arma, miro diretamente na testa da
garota, e sem dó nem piedade, faço o primeiro disparo. Certeiro e
limpo. Seu corpo magro cambaleia para trás, caindo no chão como
se fosse uma boneca de pano. O porco bêbado, sem entender nada
a encara. Após uns segundos, recobra sua consciência e percebe
que a mulher está morta com sangue escorrendo da testa.
Assustado, acelera os passos olhando para todos os lados. Tenho
um recado da esposa que não posso esquecer de transmitir. Antes
que ele possa se afastar demais, avanço alguns passos parando em
sua frente. Não sei se dou risada da sua expressão, ou se meto logo
a bala nesse filho da puta. Espera. Qual era o recado mesmo? Ah,
lembrei.
Você pensa demais com a cabeça de baixo, morre seu traidor
desgraçado.
Confesso que soou estranho, mas quem está pagando sempre
tem razão. E em fração de segundos, finalizo o trabalho atirando na
cabeça careca do meliante traidor. Guardo o equipamento de
trabalho rapidamente. Afasto-me com passos rápidos saindo do beco
indo em direção ao movimento. Abaixo a touca que cobria meu rosto
para deixá-lo visível, e não levantar suspeitas. Enfio as mãos no
bolso, enquanto caminho calmamente aproveitando a paisagem
como qualquer turista.
— Ei, você, ei... Ei... eu vi tudo. — Encaro a figura feminina que
está atrapalhando meu caminho e apontando o dedo para mim.
Olho de um lado para o outro para ter certeza de que essa
maluca está falando comigo mesmo. Sua voz está estranha, falando
enrolado como se estivesse bêbada. Será que ela me viu no beco.
Porra, três cadávares na mesma noite.
— Não sei do que está falando. — Disfarço, tentando desviar
contornando o corpo por trás.
De repente sou pego de surpresa, quando sua mão aperta firme
meu braço, segurando-me no lugar. Claro que se quisesse poderia
escapar, e ainda quebrar o braço dessa bêbada maluca. Mas bater
em mulher é contra meus princípios, matá-las é diferente.
— Senhorita, por favor, está me confundindo com alguém. —
Respiro fundo, tentando manter a calma.
— É você, estava de capuz, eu vi... Nossa, seus olhos são lindos.
Tem umas pintinhas coloridas.
— O quê? — questiono confuso.
Reagindo rapidamente, seguro o corpo da mulher que despenca
em direção ao chão. Além de bêbada, a criatura ainda fica
inconsciente. Preciso ter certeza se ela realmente viu algo, ou foi só
delírio alucinado. Suspendo-a no ar e a carrego nos braços. Não faço
ideia do que fazer com esse fardo, já que não estava nos meus
planos. Droga. A única opção é levá-la comigo para o hotel e tentar
descobrir mais sobre essa estranha. E assim que estiver sóbria,
decido o que realmente farei com sua vida.
Capítulo 1
Mal conheço a mulher e já estou levando prejuízo.
Desembolsei alguns euros para que a camareira me deixasse usar o
elevador dos empregados. Seria arriscado subir com ela desmaiada
em meus braços no elevador principal do hotel, sem contar o fato de
atravessar o saguão repleto de câmeras de segurança, realizando
vários closes da situação. Quando se está em um país onde milhares
de turistas circulam todos os dias, os funcionários dos hotéis, estão
acostumados com cenas como essas. Mulheres bêbadas, casais
bêbados, o que importa é o quanto você paga para que possa
receber ajuda. Salto para fora do elevador no quinto andar,
chacoalho o corpo mole e desfalecido para ver se a maluca
ressuscita, ou dê qualquer sinal de vida, mas nada. O que essa
criatura bebeu?