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Sedução na areia...
Os boatos envolvendo o príncipe exilado Tahir Al'Ramiz chegaram ao seu ápice! Após ser encontrado em um cassino de Monte Carlo criando confusão, ele é convocado a retornar ao seu país para a coroação de seu irmão. Mas ele jamais chega ao seu destino. Quando são encontrados destroços do helicóptero no qual viajava, presume-se o pior... até ele aparecer novamente, como se tivesse ressuscitado! Mais intrigante ainda é a presença de uma bela mulher no palácio... Agora, há quem diga que ela está grávida. E isso levanta algumas suspeitas... Será que o tempo em que Tahir ficou perdido no deserto encobriu, na verdade, um romance secreto?
CAPÍTULO UM
— Façam suas apostas, mesdames et messieurs.
O sheik Tahir Al'Ramiz esqueceu o monte de fichas que ganhara e observou as pessoas que aguardavam sua próxima jogada. Um garçom serviu outra rodada de champanhe. Tahir olhou para a mulher que o acompanhava: loura, bonita, insinuante. Quando ela entrara no cassino de Monte Cario, chamara a atenção com uma cascata de diamantes no pescoço e um vestido prateado que demonstravam o que o dinheiro e um bom estilista são capazes de fazer. Ela sorriu do mesmo modo cúmplice e ansioso que as outras mulheres brindavam. Ele lhe estendeu uma taça de champanhe e, enfim, admitiu o que sentira a noite inteira: tédio. Da última vez, levara dois dias para se cansar de Monte Cario; dessa vez, mal acabara de chegar.
— Últimas apostas, mesdames et messieurs. Tahir suspirou e olhou para o crupiê.
— Catorze — ele disse.
O crupiê recolheu as fichas. Alguns espectadores ficaram ansiosos, outros se apressaram a seguir sua aposta.
— Catorze? — A loura arregalou os olhos. — Você vai jogar tudo em um número?
Tahir deu de ombros, levantou a taça e constatou que sua mão tremia. Há quanto tempo não dormia? Dois dias? Três? Primeiro fora a Nova York, onde fechara um negócio e festejara. Depois, à Tunísia, onde participara de um rali. Oslo e Moscou, também a negócios. Afinal, chegara a Monte Cario, onde seu iate estava ancorado. Aquele estilo de vida começava a incomodá-lo. Ele tentara se manter interessado, mas falhara. O crupiê girou a roleta. Tahir sentiu que a loura lhe apertava o joelho e subia a mão por sua coxa, respirando com dificuldade. A vibração do jogo alheio a deixaria excitada? Ele quase a invejava. Se ela se despisse e se oferecesse a ele naquele momento, ele não sentiria nada. Nada. A mulher sorriu e pressionou o seio contra o seu braço. Ele sequer se lembrava do seu nome. Não se interessara o suficiente para gravá-lo. Elsa? Eriça? Sua memória começava a falhar? Tahir apertou os lábios. Infelizmente, sua memória estava intacta. Havia coisas que ele jamais esqueceria, por mais que tentasse. Elisabeth. Sim, Elisabeth Karolin Roswitha, condessa von Markburg.
As reflexões de Tahir foram interrompidas por gritos entusiásticos. A condessa abraçou-o e beijou-o, tão animada que quase subiu em seu colo.
— Você ganhou novamente, Tahir — Os olhos dela brilhavam. — Não é maravilhoso?
Ele esboçou um sorriso e fez um brinde. Invejava o prazer que ela sentia. Há quanto tempo não sentia o mesmo? Jogar não o excitava mais. Estratégias de negócios? Às vezes. Esportes radicais? Proporcionavam-lhe apenas uma descarga de adrenalina toda vez que se arriscava. Sexo? Uma morena sedutora, usando pingentes de rubis e um vestido que em alguns países provocaria sua prisão por falta de decoro, se aproximou, mas ele nada sentiu. A morena se inclinou sobre a mesa de um jeito que revelava não apenas seus seios, mas muito mais.
— Tahir, querido. Há quanto tempo. — Ela o beijou, explorando-lhe os lábios com a língua, mas ele não reagiu. De repente, sentia-se cansado, invadido por um vazio que o perseguia há muito tempo.
Estava cansado da vida.
Tahir se afastou bruscamente da mulher. Fazia poucos meses que haviam ficado juntos em Buenos Aires, mas lhe parecia ter sido em outra vida.
— Elisabeth — ele disse para a loura. — Quero apresentá-la a Natasha Leung. Natasha, esta é Elisabeth von Markburg. — Ele pediu outra taça ao garçom.
— É minha safra favorita — ronronou Natasha, encostando a coxa na perna de Tahir. — Obrigada.
— Façam suas apostas, s'il vous plait — disse o crupiê em voz monocórdica.
— Catorze — murmurou Tahir.
— Catorze? — O crupiê não disfarçou sua perplexidade. — Oui, monsieur.
— Catorze de novo? — A voz de Elisabeth soou estridente. — Você vai perder tudo! A chance de dar o mesmo número outra vez é remota.
Tahir deu de ombros e pegou o celular que tocara discretamente em seu bolso.
— Então, vou perder. — Ao ver a cara de horror que ela fez, ele quase riu. A vida é tão simples para algumas pessoas... Ele olhou para o celular e estranhou não reconhecer o número que o chamava. Apenas seus advogados e seus agentes mais confiáveis sabiam seu telefone particular, e não se tratava de nenhum deles.
— Alô?
— Tahir? — Mesmo depois de tanto tempo, a voz era inconfundível. Tahir se levantou, desembaraçando-se das duas mulheres que se penduravam a ele.
— Kareef. — Só algo muito importante faria com que seu irmão mais velho lhe telefonasse depois de tantos anos. Tahir procurou um local sossegado para falar. — Que surpresa inesperada — ele murmurou.
— A que devo a honra? — O silêncio do outro lado se prolongou, e ele se arrepiou.
— Quero que volte para casa. — A voz de Kareef soou calma e familiar como sempre, mas Tahir jamais pensara em ouvir aquelas palavras.
— Eu não tenho mais casa. Você se lembra? — Ele percebeu que lançava sua amargura sobre Kareef, mas o irmão não tinha culpa do que lhe acontecera.