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Meu celular começou a vibrar.
Contei seis pequenos tremores.
Senti o corpo de Natasha se remexer, ela iria acordar com a merda do
barulho que o aparelho fazia sobre o criado-mudo.
Eu me forcei a abrir os olhos, a cabeça pesada por conta da bebedeira
da noite passada me fez ser lento para atender o telefone.
— O que é tão urgente assim para que você me acorde, Felippo?
— Acabei de receber uns e-mails, seria bom você ler — a voz do meu
consigliere não era a mais amigável do mundo, ele parecia preocupado e, em
consequência disso, eu despertei.
— Louis? Venha para a cama — o sotaque da garota era sensual, e
quando suas unhas roçaram nas minhas costas, precisei me controlar para não
soltar nenhum som indecente ao telefone.
— Quem está aí? Não me diga que a filhote russa já está na sua cama?
— Felippo zombou.
— Está intacta onde interessa, se é o que você quer saber.
Virgindade dentro da máfia era uma merda. Noite passada, eu havia
precisado de todo o controle para não foder a garota como eu queria. Em
compensação, ela lembraria de mim nas portas detrás por algum tempo.
— Enfim, levante logo e veja o que mandei. Dessa vez, eu não
conseguirei resolver essa porra sozinho. Já mandei preparar tudo, acho que
você vai gostar de São Paulo.
— Até depois — eu me despedi sem esperar uma resposta e larguei o
celular no criado-mudo.
Deitei, esfregando os olhos e vendo que o sol já nascia, se fazendo
notar entre os prédios e iluminando meu quarto o bastante para que eu
enxergasse o azul muito claro dos olhos da garota ao meu lado.
Natasha era linda, eu não podia negar.
Se tudo desse certo, eu seria um homem de sorte por esse lado, mas
também sabia que ela era manipuladora e inteligente… Sendo sincero, nem
isso me abalava o pensamento quando eu enxergava o corpo dela nu ao meu
lado. Os cabelos eram de um castanho avermelhado forte, quase ruivo, e a
pele era tão branca, que parecia nunca ter tomado sol. Ela era magra, mas
tinha uma bunda boa, e os peitos não decepcionavam.
— Diga que vou poder continuar dormindo... — ela falou quando
pousou a cabeça no meu peito e acariciou minha barba por fazer. — Você
acabou comigo, preciso de um tempo para me recuperar.
— Durma o quanto for necessário, querida — peguei sua mão e beijei
seus dedos. — Mas eu preciso resolver algumas coisas importantes hoje…
— O que Felippo disse? — a garota foi criada dentro da máfia, o que
eu esperava? O tom de desprezo quando disse o nome do homem me fez
sorrir de canto, quase irritado. Ela era petulante às vezes.
— Nada que você precise se preocupar… Agora durma — disse, me
levantei em um pulo, assustando Natasha, e dei um belo tapa em sua bunda
branca antes de ir para o banheiro.
Esperava que, no Brasil, as bundas de São Paulo fossem tão boas
quanto as do Rio.
Eu estava dirigindo, puto demais para aguentar qualquer um dos
soldados com cara de merda por precisarem ir em uma viagem de última
hora. Já havia ameaçado dois de manhã, com direito a pegadas de colarinho e
um bom susto. Esses bostas achavam que eu queria sair de Nova Iorque bem
naquela hora? Eu tinha muitos assuntos para resolver naquela cidade, mas
grande parte do lucro estava indo embora graças a uma ação de higienização
do novo prefeito de São Paulo. Uma quantidade considerável das drogas da
família ia para aquele pedaço do mapa, e parecia que o povo daquele lugar
consumia cada vez mais… Bando de merdinhas viciados.
Ali também era um ponto inteligente para todas as mulas abastecerem
seus estoques e levarem mais do nosso material para o resto da América
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