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A esposa em fuga do CEO
A Segunda Chance com Meu Amor Bilionário
Um casamento arranjado
Noiva por contrato - Bella mia(série: Destinos entrelaçados)
A ex-mulher muda do bilionário
Um vínculo inquebrável de amor
— E some da minha casa, eu não quero ver você nunca mais! — Eduarda estava aos berros pela janela enquanto jogava todas as coisas de seu marido para fora, sem nenhuma pena, até mesmo dos álbuns caríssimos, comprados com muito esforço por ele.
Ela havia descoberto que ele estava jogando a comida que ela fazia pelo ralo da pia, e estava comendo na casa da mãe, o que para ela era imperdoável, o tipo de coisa que apenas um péssimo marido iria fazer, um ultraje contra seus dotes culinários, um tanto duvidosos, porém nem tão ruins ao ponto de virar comida triturada assim que desse as costas.
— Eu é que estou feliz por estar indo embora dessa casa, sua maluca! — Matheus gritava de volta, o ruivo estava definhando por conta da comida ruim e queimada da esposa, além de ter outros mil motivos para querer ficar bem longe dela.
Se parasse para enumerar os defeitos de Eduarda, sairia como o herói desta história, por ter sobrevivido mais de dois dias em, nem tão, sagrado matrimônio.
Matheus recolheu todas as suas coisas do meio da rua, isso antes de Eduarda mirar uma mala enorme em sua cabeça com o que tinha restado, por pouco não o acertou em cheio. Os vizinhos observavam a cena com as línguas coçando para ligarem e fofocarem com todo mundo, pois com este, já era o quinto marido que Eduarda expulsava de casa desde que se mudara para aquela casa amarela, que ficava entre a Rua das Roseiras e a Rua Coronel Sávio de Sá. Seus casamentos eram tão curtos que eles faziam bolão apostando quanto tempo duraria, sendo que desta vez o senhor do 87 ganhou, oito meses.
O marido, agora ex, mal tinha entrado no ônibus, e Eduarda já havia começado a chorar e a quebrar tudo que via pela frente, aquilo era tão costumeiro que ela mantinha as facas e coisas afiadas trancadas, só para garantir que não mataria ninguém, pois sempre que estava com raiva, se esquecia de onde tinha posto as chaves.
E depois de ter chorado e esperneado como sempre, ligou para sua irmã, Vivian. Limpava e assoava o nariz, enquanto esperava que ela atendesse, até que atendeu.
— O que foi dessa vez, Madu? — Vivian costumava atender Eduarda desta maneira, pois sempre que ligava, era problema.
— Botei o Matheus pra fora de casa.
— O que? Mas já, Maria Eduarda? Eu achei que esse casamento iria durar mais, você estava tão animada e colocava um milhão de qualidades nele!
— Não jogue a culpa em mim, Vivi, a culpa é dele!
— ‘Tá bem, chego aí em vinte minutos.
Eduarda roía as unhas enquanto esperava, não era lá uma pessoa muito paciente, estava pensando em como queimar totalmente a fita de seu atual ex-marido, ele não foi um companheiro muito ruim, mas ela era daquele tipo que erra, sabe que está errada, mas morre e não admite.
Acabou por ter roído todas as unhas e agora já não sabia o que fazer, mudava de posição a cada dois segundos, olhava para a porta a todo instante, estava vermelha de raiva a ponto de socar a parede, só não fez isso porque sabia que iria se machucar, como machucou-se na expulsão de seu terceiro marido, Josué, o mecânico.
Foi só então que Vivian chegou, Eduarda, Madu para os íntimos, ainda ouviu quando ela se despediu de seu marido, tinha inveja de como Vivian conseguia manter seu casamento tão bem. A moça de cabelos cacheados fechou a porta e deu de cara com a irmã descabelada e jogada no sofá, parecia uma daquelas vendedoras de bugigangas após quase ter sido pega pelo Rapa.
— De novo, Madu?
Vivian sentou-se ao seu lado no sofá, e a moça de cabelos cor de rosa já foi tratando de deitar a cabeça em seu colo, já estava prontinha para reclamar e dizer o quanto estava sofrendo e tudo mais que costumava fazer quando isso acontecia, o que pelo visto, era comum, discurso ensaiado inclusive.
— Ele ficava reclamando da minha comida o tempo todo, Vivi! — choramingou. A moça de cabelos cacheados revirava os olhos.
— Você sabe que sua comida é ruim, nem você mesma come. — A mais velha foi sincera, o que fez a outra não gostar nada, mas tinha que admitir que não era nenhuma cozinheira de mão cheia.
Nem de mãos vazias, nem de mãos cheias pela metade.
— Mas ele me dizia que adorava a minha comida! — ela protestou, sacudindo os braços como se esganasse um pescoço imaginário.
— Porque estava apaixonado, você podia dar uma chinela com sal para ele que ele iria comer, mas chega uma hora que a fome fala mais alto, mana, não pode culpá-lo por comer fora de casa. Aliás, isso nem é motivo para terem se separado.
— Eu não contei que ele comia fora de casa — a rosada comentou desconfiada, endireitando-se sobre o sofá. — Espera aí, dona Vivian, você estava dando comida a ele também? — Eduarda se levantou automaticamente e olhou para a irmã como quem olhava para um inimigo que acabara de confessar um crime bárbaro.