Noiva por contrato - Bella mia(série: Destinos entrelaçados)
A proposta ousada do CEO
Minha querida, por favor, volte para mim
O retorno chocante da Madisyn
Um casamento arranjado
O caminho para seu coração
Acabando com o sofrimento de amor
Um vínculo inquebrável de amor
Minha assistente, minha esposa misteriosa
Uma noite inesquecível: o dilema de Camila
[Carol]
Mais um dia entediante de aula. Será possível que os dias demorem tanto a passar? Por que o ano não acaba logo para eu poder ser feliz sem escola?
Estava em um sonho tão gostoso quando senti a mesa tremer. Acordei assustada e dei de cara com a professora me olhando de braços cruzados. Olhei para a mesa e vi um livro. Ela jogou o livro na mesa? Sério? Nossa, quanta ignorância.
— Você não quer ir pra casa ficar mais à vontade? — perguntou me fuzilando com o olhar.
— Bem que eu queria né, mas tenho que ficar aqui. — Olhei para ela e estava com o rosto vermelho. Ops! Acho que alguém está na TPM...
— Pra secretaria agora!
Cara precisa mesmo gritar? Levantei e fui caminhando lentamente para a porta.
— Rápido que eu tenho aula pra dar!
Nossa quanta fúria. Comecei a andar mais rápido e quando passei pela porta, vi um garoto loiro sentado na carteira perto dela. Nunca vi ele, será que é aluno novo? Nossa, dormi tanto assim que nem vi eles o apresentando? Ai, ai preciso dormir mais cedo.
Desci as escadas segurando firme no corrimão. Só pra prevenir. Não tenho muita sorte. Quando consegui descer, segui devagar para a secretaria, mais uma vez. Acho que ela já até sabia que eu iria pra lá porque quando bati na porta, a diretora falou "pode entrar, Carol” Oi? Como assim? Ah, não importa. Entrei.
— Você não cansa de vir parar aqui não? — Ela me olhava sorrindo. Até pra dar bronca essa mulher sorria e isso me irritava.
— Na verdade, eu adoro te visitar! — respondi com um sorriso amarelo e ela riu. Então me deu uma série de broncas, sempre sorrindo. Depois me mandou voltar para sala, nem eu nem ela aguentamos mais nos encontrar.
Subi as escadas e parei na porta da sala, aquela mulher ia acabar comigo, ô professora chata! Não se pode nem tirar um cochilo? Poxa que saco! Bati na porta e o loirinho abriu. Sorri para ele, que sorriu e olhei para a professora.
— Entra logo!
Nossa que mulherzinha estressada. Fui andando até a minha carteira.
— Carol! Você não vai mais sentar aí atrás!
Ah, está de sacanagem né? Como vou dormir agora?
— Pode se sentar do lado do Erick.
— Quem?
Ela apontou para o loirinho que sentava perto da porta.
— Ah professora na primeira carteira?
Ela cruzou os braços. Que mulher chata! Bufei e fui até a minha carteira, peguei minhas coisas e segui até onde ela mandou. Ela me olhava de braços cruzados enquanto eu andava.
Sentei ao lado dele. Falei “oi” e levei uma bronca da professora. Faltam quantas eternidades pra ir embora mesmo? Que mulherzinha...
Ela saiu da sala para pegar alguma coisa que não me importa nem um pouco.
—Oi. — Ele respondeu quando a mulher saiu. Olhei para o lado e uau! Que olhos são esses?
— Você tira notas boas? — perguntei na cara de pau.
— Só nove ou dez.
— Ótimo! Meu boletim vai melhorar agora!
A aula passou. De vez em quando deixava minha cabeça cair e levava susto e logo escutava uma risadinha. Por isso que gosto de sentar no fundo da sala! O sinal bateu e eu quase saltei de alegria.
— Onde você mora? — perguntei ao loirinho que arrumava suas coisas. Ele me falou o nome do prédio que tinha acabado de se mudar. — Está de sacanagem? — perguntei surpresa e ele me olhou sem entender. — Eu moro lá! Qual andar?
— Quarto.
Mas que porr* é essa?
— Ah, eu também. Mas você é do número quatro ou número nove? — falei virando um pouco a cabeça. Perguntei isso porque tinham dois novos moradores no quarto andar e como eu não me importava com isso, nem procurei saber quem era.
— Quatro.
— Para! — Ele fez cara de confusão, deve estar assustado comigo. — Eu moro no três.
— Então já tenho companhia pra ir pra casa.
Fiquei quieta olhando para ele. Coitadinho, não sabe com quem está querendo andar... Peguei minhas coisas e fui andando ao seu lado, quando cheguei às escadas, parei e olhei lá para baixo.
— Algum problema? — perguntou, provavelmente não entendo o porquê da retardada estar parada no meio do caminho sem se mexer.
— Não... — falei segurando com toda a minha força no corrimão.
Erick ficou me olhando com uma sobrancelha levantada. Cara, vira pra lá! Está me deixando constrangida!
Então fez uma coisa que eu não esperava, segurou minha mão livre. O olhei não entendendo e ele começou a descer as escadas segurando minha mão. Não vou mentir que fiquei mais tranquila, ao ponto de soltar a outra mão do corrimão.
— Medo de escadas? — perguntou quando já estávamos lá embaixo. Que alívio me dá saber disso.
— Na verdade, tenho um pouco de azar com elas. — falei mostrando a cicatriz debaixo da minha franja. Ele arregalou os olhos e que olhos...
— Você conhece alguém aqui?
Estávamos indo a pé e eu o assustando, tagarelando como sempre, mas ele não parecia se importar com meu falatório.
— Só o meu irmão e você — disse sorrindo.
— Quem é seu irmão?
— Edgar Alves.
— Sério?
— Sério. Você o conhece?
— Ele não sai da minha casa!
Ele me olhou assustado. Falei algo errado?