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Qualquer um ( amor inesperado 3)

Qualquer um ( amor inesperado 3)

Rosa Benguela

5.0
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Leituras
1
Capítulo

O Julgamento

Capítulo 1 O julgamento

No julgamento

Rose apresenta uma defesa firme e bem estruturada. Ela começa argumentando que a acusação contra ele é baseada em evidências circunstanciais, destacando a falta de provas concretas que liguem diretamente Ariclénio ao crime de tráfico de drogas. Com calma e clareza, Rosa questiona as testemunhas da acusação, expondo falhas em suas declarações e inconsistências nos relatórios policiais. O promotor, por outro lado, tenta retratar Ariclénio como um membro ativo de um esquema maior de tráfico. Ele se apoia em mensagens de texto e registros telefônicos, sugerindo que Ariclénio estava envolvido na distribuição de drogas. Promotor: "Sr. Ariclénio, você poderia explicar o motivo de seu nome estar presente em conversas telefônicas entre conhecidos traficantes da região? Por que tantas mensagens que indicam transações financeiras com essas pessoas?" "Não é verdade que, em várias ocasiões, você esteve presente em locais onde drogas foram apreendidas? Como pode explicar sua presença em tais ambientes?" "Esses registros de chamadas frequentes com um dos principais envolvidos no tráfico não indicam que você tinha algum tipo de participação nas atividades ilegais?" Essas mensagens não têm nada a ver com tráfico. Eu estava apenas conversando com conhecidos, pessoas que eu cresci junto, mas não sabia que eles estavam envolvidos nisso. Nunca participei de nada ilegal." "Eu estava presente em alguns desses lugares, sim, mas eu não tinha ideia de que coisas ilegais aconteciam ali. Eu só fui encontrar amigos ou resolver assuntos pessoais. Jamais tive intenção de me envolver em algo criminoso." "Essas ligações eram relacionadas a coisas banais, conversas comuns. Não sou traficante, e nunca participei de nenhum esquema como estão tentando sugerir." Rose, porém, rebate, apontando que essas mensagens podem ser mal interpretadas e que a relação de Ariclénio com as pessoas mencionadas nas mensagens é ambígua. Durante o interrogatório de Ariclénio, Rose faz perguntas diretas e cuidadosas, garantindo que ele mantenha uma postura tranquila e sincera. Ela explora a possibilidade de Ariclénio ser uma vítima de circunstâncias, alguém que foi acusado injustamente por estar no lugar errado na hora errada. A tensão no tribunal aumenta à medida que a narrativa da defesa e da acusação se confrontam. Rose: "Ariclénio, você pode nos contar o que realmente aconteceu na noite em que as acusações começaram? Onde você estava e com quem?" "Essas mensagens mencionadas pelo promotor, elas podem ser interpretadas de várias formas, certo? Pode nos esclarecer o contexto real dessas conversas?" "Você tem algum envolvimento com tráfico de drogas ou esteve em algum momento consciente de qualquer operação desse tipo?" "Por que seu nome apareceu em registros de pessoas envolvidas com o tráfico? Alguma vez já foi questionado sobre isso antes, e qual foi sua reação? Na noite em questão, eu estava voltando de um encontro com amigos. Fui pego de surpresa com tudo isso. Não fiz nada de errado, e estava no lugar errado na hora errada." "As mensagens podem parecer suspeitas, mas é só conversa entre amigos. Não tinha nada de transação ilícita ou tráfico. Estávamos falando de coisas cotidianas, nada relacionado a drogas." "Eu nunca me envolvi com tráfico de drogas. Nunca fiz parte de nada disso, e não sabia que pessoas próximas a mim estavam." "Quando soube que meu nome estava envolvido, fiquei chocado. Eu nunca fiz parte de nada criminoso e sempre tentei manter minha vida longe de problemas. Essa acusação é injusta." E assim foi o primeiro dia do julgamento. Ao final do primeiro dia de julgamento, fica claro que Rose conseguiu plantar dúvidas razoáveis na mente do júri, mas o desfecho ainda é incerto. No segundo dia do julgamento, a tensão no tribunal aumenta. O promotor vem preparado com novas evidências e testemunhas, enquanto Rose ajusta sua estratégia para continuar defendendo Ariclénio de forma eficaz. Promotor: O promotor começa o dia apresentando uma nova testemunha, um policial que participou da operação em que Ariclénio foi preso. Ele questiona o policial, tentando solidificar o envolvimento de Ariclénio: "Oficial, o senhor pode descrever o que viu na noite da operação? Ariclénio estava presente no local onde as drogas foram encontradas?" O oficial confirma: "Sim, ele estava lá. Foi uma das pessoas abordadas, e sua atitude foi evasiva quando perguntamos sobre sua presença naquele local." O promotor prossegue: "E durante a abordagem, o senhor encontrou algo suspeito com o réu? Alguma atitude que indicaria envolvimento no crime?" O oficial responde: "Ele não tinha drogas consigo, mas a maneira como estava agindo levantou suspeitas, e os registros telefônicos reforçam isso." Rose: Quando chega a vez de Rose, ela questiona o mesmo oficial com precisão: "Oficial, você disse que Ariclénio estava no local, mas ele não foi encontrado com drogas, correto? Apenas sua presença o torna culpado?" O oficial, um pouco hesitante, responde: "Não, mas o comportamento dele nos fez acreditar que ele sabia o que estava acontecendo." Rose continua: "Comportamento evasivo pode ser uma reação normal ao estresse de uma abordagem policial, não é verdade? Ariclénio poderia estar apenas nervoso, sem envolvimento com o crime, concorda?" O oficial tenta justificar: "Sim, mas o contexto levanta dúvidas." Rose também questiona a validade dos registros telefônicos: "Esses registros telefônicos mencionados, eles foram obtidos com base em algum mandado específico contra Ariclénio? Ou ele foi incluído apenas por estar na lista de contatos de suspeitos?" O oficial admite: "Ele foi incluído por estar em contato com outros suspeitos." Testemunhas de Defesa: Rose traz uma testemunha de defesa, um amigo próximo de Ariclénio, que afirma que Ariclénio não tem envolvimento com drogas e sempre evitou se envolver em atividades ilícitas. O amigo declara: "Conheço Ariclénio há anos. Ele nunca mexeu com isso. Ele sempre foi alguém que se manteve longe de confusão. Estava naquele lugar para resolver um problema pessoal, e não sabia de nada ilegal." Rose aproveita essa declaração: "Você pode nos garantir que Ariclénio nunca se envolveu com essas pessoas para fins criminosos?" O amigo responde com firmeza: "Posso sim. Ele estava no lugar errado, mas isso não faz dele culpado." Desenvolvimento: Ao fim do segundo dia, tanto a acusação quanto a defesa colocam suas peças no tabuleiro. O promotor tenta reforçar a narrativa de que Ariclénio estava envolvido, mesmo que indiretamente. Rose, por outro lado, continua a construir sua defesa em torno da ideia de que Ariclénio foi acusado injustamente, sendo apenas uma vítima de associação e circunstâncias. O juiz adia o julgamento para o dia seguinte, deixando o júri pensativo sobre as evidências apresentadas. No terceiro dia do julgamento, a atmosfera no tribunal está ainda mais carregada. Todos estão tensos, pois os últimos dias trouxeram revelações importantes, mas o caso ainda não está claro para o júri. O promotor tenta um ataque final, enquanto Rosa se prepara para sua defesa final e para garantir que as dúvidas sobre a culpa de Ariclénio permaneçam. Promotor: O promotor decide apresentar uma última testemunha: um informante que supostamente tem ligações com o grupo de traficantes ao qual Ariclénio foi vinculado. O informante é um homem nervoso, mas tenta demonstrar confiança ao testemunhar. "Você pode nos dizer, sob juramento, qual era o papel de Ariclénio nas operações do grupo?" pergunta o promotor. O informante responde: "Ariclénio não estava diretamente envolvido nas vendas, mas ele conhecia as pessoas. Ele estava presente em algumas reuniões e sabia o que estava acontecendo." O promotor sorri, vendo a oportunidade perfeita para incriminar Ariclénio: "Então, podemos afirmar que Ariclénio, mesmo que não atuasse diretamente, tinha conhecimento e, possivelmente, participação passiva nos crimes, certo?" O informante hesita por um momento: "Sim, ele sabia." Rose: Rose vê a hesitação do informante ( Lucas) como uma fraqueza na acusação e aproveita o momento. Levanta-se calmamente e começa seu interrogatório: "Sr. Lucas, você afirma que Ariclénio estava presente em algumas reuniões, mas pode descrever com exatidão que tipo de reuniões eram essas? Ele participou ativamente ou estava lá por acaso?" Lucas responde, com menos convicção: "Ele estava lá, mas eu não sei se ele realmente participou das conversas. Ele não falava muito." Rose continua: "Então, o senhor está nos dizendo que Ariclénio, apesar de estar presente, não tomou parte nas atividades criminosas? Não houve envolvimento direto dele?" Lucas, visivelmente desconfortável: "Eu... eu não posso dizer com certeza que ele estava envolvido. Só sei que ele estava lá." Rose então conclui: "Portanto, o senhor não tem evidências concretas de que Ariclénio estava diretamente ligado ao tráfico de drogas, apenas que ele estava em lugares onde outras pessoas envolvidas estavam, correto?" Lucas murmura: "Sim." Com o depoimento de Lucas enfraquecido, o promotor tenta uma última jogada em suas declarações finais: "Embora Ariclénio não tenha sido pego com as mãos nas drogas, sua presença frequente entre criminosos não pode ser ignorada. O que temos aqui é alguém que escolheu se associar com pessoas perigosas e participar, mesmo que indiretamente, dessas operações." Rose, em sua declaração final, fala diretamente ao júri: "Senhoras e senhores, o que a acusação nos mostrou até agora? Eles tentaram associar Ariclénio ao tráfico de drogas simplesmente por ele estar no lugar errado, na hora errada, e por conhecer as pessoas erradas. Isso, por si só, não prova culpa. Onde estão as evidências reais? Onde está a prova inquestionável de que ele é culpado? Nós não podemos condenar alguém com base em suposições ou por associação. O dever do júri é considerar os fatos e as evidências, e aqui, claramente, não há provas suficientes." Decisão: O júri se retira para deliberar. A espera é tensa para todos, especialmente para Ariclénio, que sabe que sua vida depende do resultado desse julgamento. Horas depois, o júri retorna ao tribunal. O juiz pergunta ao porta-voz do júri: "Vocês chegaram a um veredito?" O porta-voz, com uma expressão séria, responde: "Sim, meritíssimo. Considerando as evidências apresentadas, nós, do júri, consideramos o réu... Após horas de deliberação, o júri retorna ao tribunal. O clima é de tensão absoluta. Todos olham atentamente para o porta-voz do júri, aguardando o resultado que decidirá o futuro de Ariclénio. O juiz pergunta: "Senhor porta-voz, o júri chegou a um veredito?" O porta-voz, sério, responde: "Sim, meritíssimo." Todos no tribunal prendem a respiração. O porta-voz continua: "Com base nas evidências apresentadas, nós, do júri, declaramos o réu, Ariclénio... inocente das acusações de tráfico de drogas." Um suspiro coletivo percorre o tribunal. Ariclénio, aliviado, olha para Rose, que também esboça um leve sorriso, satisfeita com o resultado. O juiz agradece ao júri pelo trabalho e encerra a sessão, declarando Ariclénio oficialmente livre das acusações. Ariclénio sai do tribunal com uma nova chance de recomeçar, mas também com uma grande lição sobre as pessoas com quem se envolve e as consequências de suas escolhas. Após o veredito final do caso de Ariclénio, onde ele foi absolvido, Rose sente um misto de alívio e euforia. Para comemorar, ele a convida para sair e beber. Relutante no início, Rose acaba aceitando, sentindo que, após o fim do caso, as barreiras profissionais entre eles não eram mais tão rígidas. Em um bar discreto, os dois bebem mais do que pretendiam, e a tensão que existia desde o início de seu relacionamento volta à tona. As conversas fluem de forma leve no começo, mas logo se tornam mais intensas e íntimas. As provocações sutis de Ariclénio e os olhares trocados criam um clima inevitável. Após algumas horas, eles saem do bar juntos, e o desejo reprimido toma conta. Sem as limitações que Rose havia estabelecido anteriormente, eles se envolvem sexualmente, agora sem o peso do julgamento pendente. Após aquela noite intensa, Rose e Ariclénio não conseguem mais ignorar a conexão que têm. O envolvimento entre eles deixa de ser apenas um momento isolado, e com o passar dos dias, Ariclénio começa a demonstrar um interesse mais profundo por Rose. Ele a convida para sair novamente, desta vez de forma mais descontraída, sem a tensão do caso ou da relação puramente profissional entre eles. Rose, por sua vez, hesita no início, preocupada com a diferença entre seus mundos e com a reputação de Ariclénio, mas a insistência gentil dele e os momentos de sinceridade que compartilham começam a quebrar suas resistências. As saídas casuais viram rotina, e aos poucos eles se veem mais próximos do que imaginavam. Com o tempo, o relacionamento se solidifica. Ariclénio se mostra mais vulnerável e genuíno do que Rose esperava, enquanto ela começa a confiar mais nele, permitindo-se abrir emocionalmente. Eventualmente, os dois oficializam o relacionamento, começando um namoro, embora o passado de Ariclénio e suas complexidades ainda lancem algumas sombras sobre o futuro dos dois.

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