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Meu marido, Júlio Monteiro, o queridinho de São Paulo e herdeiro de uma dinastia poderosa, um dia foi completamente apaixonado por mim. Ele desafiou seus pais elitistas pelo nosso amor, me prometendo a eternidade.
Então, Kátia Franco apareceu. Encontrei uma pasta secreta em seu notebook, cheia de centenas de fotos dela e análises detalhadas de sua vida. Era uma obsessão nua e crua.
Ele prometeu que não era nada, apenas "curiosidade", e eu, agarrada à memória do homem que me adorava, escolhi acreditar nele.
O "jeito dele de resolver" foi começar um caso, levando-a para eventos públicos e me humilhando.
Quando descobri que estava grávida, tive a esperança de que nosso bebê nos salvaria. Por algumas semanas, ele pareceu feliz.
Então Kátia ligou, dizendo que Júlio também queria um bebê com ela, e que minha "pontuação" no afeto dele estava caindo.
Em um momento de pura frustração, eu dei um tapa nela. A punição dele foi rápida e brutal.
Ele me mandou prender, grávida de três meses, me deixando em uma cela fria.
Ele até se inclinou para a minha barriga e sussurrou: "Sua mãe foi desobediente. Este é o castigo dela."
O homem que um dia moveu céus e terras por mim agora me abandonava em uma cela, priorizando sua amante. Meu conto de fadas tinha se tornado um pesadelo, e eu não conseguia entender como chegamos a esse ponto.
Capítulo 1
O metal frio das algemas cortava os pulsos de Estela. Ela encarou seu marido, Júlio Monteiro, o rosto dele uma máscara de frieza glacial. Ao lado dele, Kátia Franco se agarrava ao seu braço, um sorriso fraco e triunfante nos lábios.
"Júlio, por favor", Estela implorou, a voz falhando. "Eu não toquei nela. Ela caiu sozinha."
O olhar de Júlio era como gelo. Ele era um prodígio do direito, o herdeiro de uma dinastia paulistana, o homem que deveria amá-la para sempre. Agora, ele a olhava como se ela fosse uma estranha, um lixo a ser descartado.
"Levem-na daqui", ele disse aos policiais que ele mesmo chamou. "Ela precisa aprender uma lição."
Ele fez isso para agradar Kátia, sua nova obsessão. Ele fez isso enquanto Estela estava grávida de três meses do filho deles.
Os policiais hesitaram, seus olhos passando rapidamente pela barriga de Estela. "Senhor, ela está grávida."
"É só uma noite na cela", disse Júlio, a voz desprovida de qualquer calor. "Um tempinho para refletir sobre suas ações."
Ele então se inclinou, o rosto perto da barriga de Estela, e falou em um tom assustadoramente suave. "Está ouvindo, pequeno? Sua mãe foi má. Este é o castigo dela. Você tem que ser bonzinho e não dar trabalho para ela."
Uma onda de puro terror tomou conta de Estela. Este não era o homem com quem ela se casou. Era um monstro usando o rosto dele.
"Júlio, é o seu bebê", ela sussurrou, lágrimas escorrendo pelo seu rosto. "Nosso bebê."
Ele zombou, um som cruel e feio. "Então por que você tentou machucar a Kátia? Você pensou no nosso bebê naquela hora?"
Ele não esperou por uma resposta. Virou-se, guiando uma Kátia "abalada" para longe, deixando Estela ser levada para uma viatura. O mundo tinha virado de cabeça para baixo, e Estela estava em queda livre. Seu conto de fadas tinha se tornado um pesadelo.
Ela não conseguia entender como chegamos a esse ponto.
Júlio Monteiro era o queridinho da elite de São Paulo, o brilhante herdeiro do império corporativo Monteiro. E ele havia escolhido ela, Estela Bastos, uma simples artista têxtil de uma família de classe média.
Eles estavam casados há cinco anos, juntos há oito.
Ele era o homem que havia desafiado seus pais poderosos e elitistas, Beto e Célia Monteiro, para ficar com ela. Eles a viam como uma plebeia, uma adição indigna à sua dinastia.
Mas Júlio já tinha sido seu campeão, totalmente devotado. Ele voltava de viagens internacionais só para jantar, comprava galerias inteiras por uma única peça de sua arte e até ameaçou cortar os laços com a família por causa de um casamento arranjado, declarando: "Estela é a única mulher com quem eu vou me casar. Sem ela, o império Monteiro pode desmoronar por mim."
Ele havia construído para ela um ateliê particular em sua cobertura com vista para o Parque Ibirapuera, buscando os melhores materiais de todo o mundo. Ele ficava sentado por horas apenas observando-a trabalhar, seus olhos cheios de um amor tão profundo que parecia palpável.
Quando ele a pediu em casamento, alugou o MASP inteiro por uma noite. Ele se ajoelhou no vão livre, e sua voz tremeu ao pedi-la para ser sua esposa.
Todos diziam que ela era a mulher mais sortuda do mundo.
Ela também acreditava nisso.
Então, seis meses atrás, Kátia Franco apareceu.
Estela ouviu o nome pela primeira vez de uma amiga, uma colunista social que cobria a alta sociedade da cidade.
"Tem essa nova 'artista performática' na cidade, Kátia Franco", disse sua amiga durante o almoço. "Ela está causando. Apareceu num evento beneficente e declarou publicamente que ia conquistar o homem mais inatingível de São Paulo: o seu Júlio."
A história virou assunto no círculo deles. Kátia era uma influenciadora de redes sociais, uma autoproclamada artista cuja mídia era a manipulação psicológica. Ela era astuta e mirava em homens poderosos e ricos.
Amigos avisaram Estela. "Cuidado. Essa mulher é uma predadora."
Estela tinha rido.
"Júlio me ama", ela dizia, completamente confiante.
Sua confiança não era infundada. Foi construída em oito anos de devoção inabalável. Foi construída na memória dele a protegendo do desprezo de sua família. Foi construída nas noites tranquilas e nas declarações apaixonadas. Ela era o mundo dele. Nenhuma influenciadora boba poderia mudar isso.
Então ela encontrou a pasta secreta em seu notebook.
Era tarde da noite. Júlio estava dormindo, e ela estava usando o computador dele para procurar uma receita. A pasta se chamava "Projeto K.F.". Dentro havia centenas de fotos de Kátia Franco. Algumas eram profissionais, outras eram fotos espontâneas tiradas à distância. Havia anotações, análises detalhadas das postagens de Kátia nas redes sociais, seus gostos, seus desgostos. Era uma obsessão nua e crua.
Uma dor aguda atravessou o estômago de Estela. Ela se sentiu mal.
Ela o acordou, as mãos tremendo enquanto segurava o notebook. "O que é isso, Júlio?"
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