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Essa história começa justamente no dia da formatura de Maya, uma moça de 21 anos, que veio estudar Relações Internacionais no Brasil, um país que não era o seu. O cenário era um campus universitário imponente, com prédios de arquitetura moderna que se mesclavam harmoniosamente com jardins bem cuidados. Grandes edifícios de concreto e vidro erguiam-se majestosamente, refletindo a luz do fim de tarde em cores alaranjadas e intensas. Ao redor, os jardins exibiam uma variedade deslumbrante de flores e árvores, criando um ambiente sereno e inspirador.
No dia da formatura, o sol brilhava intensamente no céu azul, criando um sentimento no coração de Maya: “hoje tudo vai dar certo!”. Os alunos e alunas se reuniram em frente ao prédio principal, ansiosos para iniciar a cerimônia que marcaria o fim de sua jornada acadêmica. As bandeiras tremulavam ao vento, e o som alegre das conversas preenchia o ar.
Maya tinha um segredo que sequer suas amigas mais próximas sabiam: ela era filha de um bilionário, fato que não era difícil de esconder, pois, no Brasil, o sobrenome de sua família pouco chamava atenção. Além do mais, Maya era uma pessoa muito pé no chão: sabia o quanto seus avós trabalharam para construir a empresa, que começou apenas com a importação de produtos, mas que, hoje, é um conglomerado empresarial.
Maya não era uma pessoa que deixava transparecer sua riqueza: andava de transporte público; dividia apartamento com mais duas colegas; no dia a dia, usava roupas comuns, apenas quando saía para se divertir é que ousava um pouco mais em um vestido ou sapato de grife. Nada que uma mulher de classe média não fizesse.
Como esperado, ela foi a oradora da turma e foi quem jogou primeiro o capelo para cima, sendo acompanhada pelos demais. O salão de formatura estava decorado com flores coloridas e balões brilhantes, encerrando com charme e requinte aqueles quatro anos de extrema dedicação aos estudos; murais retratavam momentos importantes da história da universidade, como se observassem o desempenho dos jovens formados. O aroma suave das flores enchia o ar com uma sensação de que o novo estala logo ali. Depois, Maya correu para abraçar suas amigas, que lhe acompanharam à cerimônia. Marcela era estudante de arquitetura e Cláudia, de secretariado.
— Maya! — Marcela e Cláudia gritaram, quando ela vinha correndo na direção.
— Amigas! — As três se abraçaram, dando pulinhos.
— Então, vamos devolver essa beca e esse capelo, passar em casa para guardar o certificado e, depois vamos para balada? — Marcela perguntou, animada.
— Vamos, sim! Preciso trocar esse vestido longo por um mais... como eu poderia dizer? Por um mais sexy!
— Podemos passar numa hamburgueria antes? Estou faminta! — Cláudia choramingou.
— Ok, ok, sua faminta!
As três passaram numa lanchonete perto do apartamento onde moravam. O estabelecimento era acolhedor, com mesas de madeira rústica e um aroma delicioso de hambúrgueres grelhados que pairava no ar. Maya pediu hambúrgueres gourmet e milkshake para as três.
— Amiga, este é muito caro — Marcela reclamou.
— Hoje é por minha conta, relaxa.
— Você e essa mania de pagar nossos lanches. Está certa de que, agora formada, vai conseguir um bom emprego, né não?
— Vou, sim! Tenho certeza!
Maya arrependeu-se um pouco de nunca ter contado às amigas que era extremamente rica. De início, tinha medo de ser tratada de modo diferente; depois, quando já tinha mais intimidade, ficou com medo de as meninas ficarem com raiva porque ela não contou logo. E a mentira foi se alastrando e se tornou essa bola de neve enorme. E ela ainda tinha que lhes contar que ela voltaria para seu país em pouco tempo.
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