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Cativo de Amor
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Capítulo

Emir depois de ser abandonado, se tornou um homem amargo e descrente do amor, seu único foco na vida é o trabalho. Traído pela ex-namorada, se dedica exclusivamente a sua carreira, para se tornar um publicitário de sucesso. Numa manhã ele conhece uma estudante de jornalismo, destemida, atrevida e muito mais jovem do que ele. Que vai lhe mostrar que a vida não tem um manual de instrução e que o amor pode quebrar todas as regras. Emir e Layla se conhecem de uma forma não muito agradável, mas de uma discussão um amor verdadeiro nasce que vai precisar enfrentar os problemas e desafios. O que as correntes do amor reservam para estes dois? Eles serão capazes de enfrentar as suas próprias barreiras?

Capítulo 1 1

-Acorda, garota, ou você vai se atrasar para a faculdade!

Layla Aydın é uma jovem universitária de jornalismo, de 19 anos, que vive com seus pais e seu irmão caçula Ahmet.

As férias de verão tinham acabado e aquele era o primeiro dia, na faculdade. A mãe, Eda, estava feliz pela conquista da filha. Layla começaria o primeiro período e os pais estavam felizes, pela conquista da garota.

- Cinco minutos e prometo que vou me levantar.

-Layla Aydın, eu disse para você se levantar agora!

A mãe da menina abriu a cortina e o sol daquela segunda ensolarada entrou pela janela.

***

Emir Divit, 36 anos, publicitário, é dono de uma das melhores agências de talentos e propaganda da Turquia. Abandonado e desacreditado no amor, três meses atrás, na noite em que pediria a namorada em casamento, ao invés de fazer uma surpresa para Sevda, foi surpreendido ao ouvir que, além dela estar indo embora para Itália, o abandonava depois de cinco anos de namoro. Na mala ela levaria o seu novo amor, que era ninguém menos que o seu rival.

Naquela manhã, o publicitário acordou tarde, havia perdido a hora depois de passar quase a noite toda em claro, tentando se concentrar na nova campanha em que sua agência iria disputar.

Tudo lembrava Sevda e depois de muito tentar, acabou desistindo.

Saiu da cama e foi para o banho. Uma nova semana começava e ele tinha certeza de que teria sucesso em criar algo.

***

-Layla, presta atenção no primeiro dia de aula, cuidado ao andar na rua com o fone de ouvido porque te conheço e sei bem que a senhorita ouve isso nas alturas. Você sabe que mesmo uma caminhada curta até a faculdade é perigoso o movimento dos carros essa hora do dia.

Furkan, o pai da jovem, repreendeu a esposa.

-Querida, pare de tratar Layla como uma criança. Ela é adulta e sabe bem o certo e o errado.

-Filha, aqui o dinheiro do lanche da semana e se precisar de algo você me fala.

Ahmet que tomava o café em silêncio, reclamou com o pai que enquanto ele levava o lanche, a irmã ganhava dinheiro.

-Olha a minha idade para sua, garoto.

-Pai, mãe, me desejem sorte e que eu me saia bem no primeiro dia de aula. Tchau, seu chatinho, você também se cuida na escola e vê se não vai arrumar confusão.

A jovem se despediu da família e saiu. Com a mochila nas costas, viu se a mãe não estava olhando, tirou o celular e conectou o fone de ouvido. Guardou na bolsinha que ficava de lado, e saiu caminhando para a faculdade. Da sua casa até lá era menos de quinze minutos, assim ela aproveitava para fazer seu exercício logo cedo.

**

Emir conversava com a irmã, que em meio a décima crise no casamento, incomodava o irmão naquela hora do dia.

-Bahar, minha querida, podemos conversar quando eu chegar no trabalho? Estou dirigindo, o trânsito está caótico e você chorando desse jeito, não consigo entender nada.

-Irmão, eu juro que tentei, mas Aras não entende que eu quero me firmar na carreira e não penso em ter filhos agora.

Emir era o irmão mais velho e sua irmã caçula era tudo que ele tinha na vida. Os pais moravam em uma cidade no interior e os filhos viviam na grande İstanbul.

-Tudo bem, Bahar. Eu passo na sua casa hoje à noite. Agora eu realmente preciso desligar! Conversamos mais tarde.

Os dois se despediram e Emir parou no sinal, em uma rua que não estava tão movimentada assim. O sinal abriu e quando ele virou a esquina, ouviu apenas o baque de algo se chocando contra o seu carro.

-Que não seja nenhum motoqueiro. - Emir parou o carro, desceu apressado e se surpreendeu com o que encontrou.

Uma adolescente havia batido na lateral do carro, a garota estava caída no chão, gemendo de dor por conta do impacto.

-Menina, você não presta atenção por onde anda? -Emir brigou com a jovem que permanecia caída com um machucado no joelho.

-O senhor é que não presta atenção para onde tá dirigindo, é cego ou o quê? Eu estava dobrando a esquina, seu carro se aproximou de mim e acabou me atropelando.

Emir não acreditava no que ela falava, ali mostrava que a preferência era dele e aquela menina estava errada e queria culpá-lo.

Ela tentou levantar e Emir foi até ela e a ajudou a ficar de pé.

Quando a garota mexeu no cabelo, Emir viu os fones de ouvido. Com certeza ela ouvia a música nas alturas e não prestou atenção no trânsito.

-Se estivesse sem esses fones, tenho certeza de que teria prestado atenção e não iria entrar ao mesmo tempo que eu.

Layla estava indignada, ela estava certa e tinha certeza disso, aquele homem estúpido e péssimo motorista que aproximou o carro dela.

-Vem cá, seu sabe tudo, você é que deve ter comprado a carteira e tá pagando de bom motorista.

Assim que a menina falou, reparou na calça suja e na pulseira da sorte quebrada.

-Inferno! Olha o que você fez? Seu idiota, a minha pulseira da sorte está quebrada. Hoje é meu primeiro dia na faculdade e por sua culpa vou chegar atrasada! E ainda por cima levar um grande sermão dos meus pais.

Emir nunca tinha encontrado uma garota tão sem educação e boca suja como aquela.

-Hey mocinha, eu não tive culpa de nada e você é quem virou a esquina ao mesmo tempo que eu.

Layla sabia que ele tinha razão, mas não iria assumir seu erro e agora ela precisava arrumar sua pulseira e não sabia como. Se contasse a verdade para os pais. Levaria uma bronca por ser irresponsável e provavelmente Eda a deixaria de castigo.

Então uma ideia veio à sua mente.

-Olha só, você me deixa na faculdade, arruma a minha pulseira da sorte e eu não conto nada para os meus pais e nem chamo a polícia de trânsito para você.

Emir não acreditava no que ouvia, aquela garota estava fazendo chantagem e ainda por cima queria que ele pagasse o conserto da pulseira sem eu pulso.

-Garota, eu ...

-Tudo bem, não vai aceitar, então vou ligar agora mesmo para o meu pai que é advogado, ele virá até aqui resolver essa situação.

Emir pelo jeito teria uma segunda-feira infernal, ao encontrar aquela garota mal-educada e ainda por cima chantagista.

-Tudo bem, garota. Eu te deixo na faculdade e mando consertar a sua pulseira e você esquece o que aconteceu aqui.

O publicitário ajudou a garota a entrar no carro. Ela havia entregado a pulseira para ele, que guardou no bolso do terno. A chantagista se acomodou no banco do carona e quando entrou no automóvel notou a forma que ela estava instalada.

-Com licença? - Emir apontou para os pés dela que estava mexendo no celular e não prestou atenção.

-Você pode, por favor, tirar os pés de cima do banco?

-Ops, desculpa, senhor. É que já estou acostumada.

Emir ligou o carro e respirou fundo, perguntou o endereço da faculdade e descobriu que era a menos de dez minutos dali a pé e a garota estava fazendo ele de idiota. Achou melhor não falar nada, já teve confusão demais em menos de cinco minutos ao lado dela.

Ela ouvia som no último volume e ele ouvia o ruído que vinha dos fones no ouvido dela.

Foi por isso que não prestou atenção no trânsito. Adolescentes sem noção e sem educação. - Emir pensava consigo mesmo e em menos de 3 minutos estacionou na porta da faculdade dela.

-Senhorita... -Emir deu carona para a jovem e nem mesmo sabia o nome dela.

-Layla! E qual o nome do senhor?

-Emir!

-Bom...você está entregue. Eu vou pedir que consertem sua pulseira da sorte e peço para um funcionário trazer para você.

-Por que você não me busca às 13:00 e traz a minha pulseira? Assim eu posso te desculpar por quase me atropelar e por ter estragado algo que tem um valor importante para mim.

A menina olhou o horário no relógio e falou um palavrão que Emir até se assustou com os modos daquela moça.

-Eu espero você aqui na frente às 13:00? Não se atrase, porque preciso estar em casa antes das 13:30 ou a minha mãe come meu fígado.

Emir ficou sem saber o que responder, apenas concordou com a garota e ficou surpreso com o beijo que ela deu em seu rosto.

Ela saiu do carro e antes de entrar se despediu novamente dele.

-Tchau, Emir. Não se atrase e leve a minha pulseira para uma joalheria que preste.

A jovem correu, atrasada deixando um Emir totalmente sem reação.

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