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Maria do Céu era órfã e sem parentes, perdeu os pais, vítimas de assalto seguido de morte e aos doze anos, foi para um abrigo. Nunca quis ser adotada e acabou se tornando muito querida pela diretora. Terminou o colégio e aos dezoito saiu, a diretora arrumou um emprego em uma firma terceirizada de limpeza, em que a gestora era sua conhecida. Voltou para a casa da família, que estava abandonada e em péssimo estado.
Como a firma era terceirizada, havia uma rotatividade dos locais de trabalho. Essa semana havia iniciado no turno da noite em uma grande empresa de Marketing no centro da cidade, a Global “Marketing”. Como era antiga na firma e digna de confiança, ficou responsável pelo andar da presidência. A diretora foi bem clara do quanto o serviço deveria ser minucioso, pois, esse era um contrato ótimo. Falou que o presidente era metódico e muito exigente, e era conhecido por explosões de humor quando não estava contente com os serviços prestados e a conservação dos ambientes era algo que ele prezava muito. Ou seja, devia ser algum neurótico chato, que pegava no pé de todo mundo.
Graças a deus no turno da noite não tinha que ver quase ninguém. A sala devia ser o próprio retrato dele, sempre muito organizada, quase não tinha o que fazer, sem nenhuma foto ou objeto pessoal. Apenas uma mobília luxuosa, um computador e papeis, uma infinidade de papéis. Tudo sempre organizado, a secretária devia ser ótima, pensou ela.
Assim transcorreu muito bem há primeira semana nessa nova empresa. Até que... Aí esta ele novamente o nosso ponto de partida, o momento em que, de alguma forma, tudo começou a ficar esquisito. A menina que trabalhava durante o dia ficou doente, e para não colocar uma novata nesse turno que era mais movimentado, Maria do Céu acabou sendo remanejada. Os primeiros dias foram tranquilos, o CEO estava em uma viagem de negócios, fazia seu trabalho e ia para casa, porém quis o destino que sua vida tomasse um rumo diferente.
Em uma manhã como outra qualquer, limpou tudo normalmente, e deixou por último a sala da presidência, havia sido solicitado que limpasse antes do turno da noite, pois, haviam derramado algo. Tentou esperar que o chefão que havia retornado de viagem fosse embora, mas estava demorando demais. Estava matando um tempo, fingindo limpar algo no corredor, quando ouviu um homem sair da sala e dizer a secretária:
— O presidente já saiu, os ânimos estavam bastante exaltados, você sabe o protocolo.
— Sim, vou buscar um café, o dia foi bem longo. — Respondeu à secretária e saiu.
Maria acreditou que poderia limpar a sala que faltava. Quando entrou, a sala estava como esperava vazia, com cacos de vidro espalhados, que até o dia anterior havia sido um lindo e caro vazo. Muitos papéis bagunçados, o que definitivamente não era normal. Foi olhar o monte de papéis para ver se conseguia organizar algo, quando a porta do banheiro se abre e sai um dos homens mais altos que ela já havia visto. Era bonito também, mas meu deus, como era alto, ela pensou. Ele a encarou por um tempo, meio sem entender, em seguida seu semblante mudou e ele ficou visivelmente irritado.
— Quem é você, e o que esta fazendo aqui? Quem te deu permissão para mexer nesses papéis, eles são altamente confidenciais!
Só era possível formular o seguinte pensamento. Oh!Ou! Definitivamente aquela era uma situação ruim. Olhou para as mãos, em que estavam os papéis, e só conseguiu pensar estar definitivamente demitida, desempregada e pela fúria nos olhos do homem seria rápido, bem rápido. Em fim, conseguiu responder algo.
— Sou da equipe de limpeza, me chamaram para limpar aqui.
— A quanto tempo trabalha aqui? Não sabe que só pode entrar para limpar!
Ah! Agora estava obvio, esse grandalhão moreno com cara de bebê era o CEO. Mas quantos anos ele tinha, afinal, era permitido ser presidente com essa cara de pouca idade? Maria suspirou, estava divagando outra vez, definitivamente esse não era um bom momento.
— Sim, senhor, mas disseram lá fora que o presidente havia saído do escritório. Devem ter se enganado.
— Não, o presidente que saiu foi o meu pai, o antigo presidente. Ele saiu há um tempo. Mais do que nunca quando ele sai o protocolo é me deixar sozinho. Agora, eu saio do banheiro e ao invés de estar totalmente sozinho ainda encontro você mexendo em papéis confidenciais? Você é realmente uma faxineira ou algum tipo de espiã?
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