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Grávida e Rejeitada na Máfia de Amane Anne

SEU AMOR, SUA CONDENAÇÃO (Um Romance Erótico com um Bilionário)

SEU AMOR, SUA CONDENAÇÃO (Um Romance Erótico com um Bilionário)

Viviene
Aviso de conteúdo/sensibilidade: Esta história contém temas maduros e conteúdo explícito destinado a audiências adultas (18+), com elementos como dinâmicas BDSM, conteúdo sexual explícito, relações familiares tóxicas, violência ocasional e linguagem grosseira. Aconselha-se discrição por parte do leitor. Não é um romance leve - é intenso, cru e complicado, explorando o lado mais sombrio do desejo. ***** "Por favor, tire o vestido, Meadow." "Por quê?" "Porque seu ex está olhando", ele disse, recostando-se na cadeira. "E quero que ele perceba o que perdeu." ••••*••••*••••* Meadow Russell deveria se casar com o amor de sua vida em Las Vegas, mas, em vez disso, flagrou sua irmã gêmea com seu noivo. Um drink no bar virou dez, e um erro cometido sob efeito do álcool tornou-se realidade. A oferta de um estranho transformou-se em um contrato que ela assinou com mãos trêmulas e um anel de diamante. Alaric Ashford é o diabo em um terno Tom Ford, símbolo de elegância e poder. Um homem nascido em um império de poder e riqueza, um CEO bilionário, brutal e possessivo. Ele sofria de uma condição neurológica - não conseguia sentir nada, nem objetos, nem dor, nem mesmo o toque humano. Até que Meadow o tocou, e ele sentiu tudo. E agora ele a possuía, no papel e na cama. Ela desejava que ele a arruinasse, tomando o que ninguém mais poderia ter. E ele queria controle, obediência... vingança. Mas o que começou como um acordo lentamente se transformou em algo que Meadow nunca imaginou. Uma obsessão avassaladora, segredos que nunca deveriam vir à tona, uma ferida do passado que ameaçava destruir tudo... Alaric não compartilhava o que era dele. Nem sua empresa. Nem sua esposa. E definitivamente nem sua vingança.
Moderno 18+EróticaPrimeira experiênciaLuxúria loucaTentação
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O sol atravessou as cortinas, e Alina Petrov tateou por seu biquíni em uma gaveta da

cômoda. Os dias de verão eram a sua fraqueza, e ela mal podia esperar para relaxar junto à

piscina de seu pai. Era um dos poucos atos de lazer que ela se permitia ultimamente.

Tirando sua calça de moletom e sua regata, deslizou no biquíni preto e o ajustou. Aros

dourados conectavam duas tiras finas que sustentavam a parte inferior, e a parte superior cruzava

ao redor de seu pescoço. Isso aproximava seu amplo decote, e Alina não pôde evitar franzir a

testa para o próprio reflexo. Para Yuri Petrov, ela ainda era uma pequena princesa que não

deveria ousar vestir coisas tão escandalosas, mas Alina agora tinha vinte e dois anos. Estava na

hora dela sair da concha. Ela havia passado toda a sua vida adulta concentrada em sua

educação, mas aquela fase já havia passado. Independência era o seu próximo objetivo.

Seu pai não tinha entendido quando ela quis ir para a faculdade, e ele gostou ainda menos

da ideia quando ela se recusou a frequentar a universidade local. Sem dúvida, Yuri pensou que

ela viria rastejando de volta quando seus dias de faculdade terminassem, e foi apenas porque ela

não conseguiu um emprego que ela foi forçada a voltar para casa.

E agora ela não conseguia arranjar um apartamento. Cada candidatura a um emprego ou

um lugar para ficar era imediatamente rejeitada. Ela tinha se graduado como melhor da turma, e

tinha economizado dinheiro suficiente para pagar mais do que o depósito exigido por

apartamentos. Não fazia sentido que ela continuasse sendo rejeitada a cada tentativa. A única

resposta lógica era que seu pai estava envolvido.

"Mas você não precisa de um emprego, princesa", ela zombou de sua voz grave. "Tudo o

que você precisará está aqui. Eu cuidarei de você."

Alina sabia que seu pai realmente cuidaria dela, mas ela realmente queria se virar sozinha.

Ela não era mais uma criança, e não queria ser tratada como tal.

Cabelo loiro. Olhos azuis. Corpo torneado. Disseram-lhe a vida toda que ela era linda, e

sabia que virava as cabeças dos homens de seu pai, mas quando ele estava por perto, eles

desviavam o olhar e silenciavam suas conversas. Ela sempre esteve muito ocupada para pensar em

homens, mesmo na faculdade, mas hoje ela começaria seu novo plano. Fazer tudo o que pudesse

para irritar seu pai para que ele parasse de obstruir suas ações.

Passando um pouco de gloss nos lábios, ela vestiu seus óculos de sol e sua saída de banho

transparente. Com sua bolsa de piscina pendurada sobre o ombro, ela saiu rapidamente de seu

quarto e desceu os degraus de pedra.

Yuri Petrov era um homem rico. Como chefe da máfia da cidade—o que o tornava um dos

homens mais poderosos de toda a região—ele gastou um bom dinheiro na mansão. Ele sempre

dizia a ela que a aparência é tudo. As obras de arte caras alinhavam as paredes, a maioria

conquistada em atividades ilícitas. Mobiliário de luxo, tapetes persas, vasos de cristal. Alina cresceu

na riqueza, e ela mal tinha olhos para isso. Aquela era a sua casa. Ela nem sequer pensava sobre

isso.

Cantarolando uma canção pop que não saía de sua cabeça há dias, ela abriu a porta de

vidro que dava para o deck e andou descalça até a madeira escura e manchada. Uma passarela

conduzia até o grande gazebo bem no meio da piscina. Do outro lado da piscina, uma fonte fazia

a água jorrar com beleza. Lindíssimas flores azuis e roxas decoravam a cerca alta de ferro

forjado, e um bar com área para lanches ficava ao canto.

Aquele espaço dava paz para Alina. Seu pai raramente usava a piscina. Ocasionalmente,

ele organizava uma festa, mas, for a isso, o lugar estava sempre em silêncio. Saltitando e sorrindo

com alegria, ela seguiu a passarela até a ilha no meio da piscina e deixou cair sua bolsa sobre

uma das cadeiras. Depois de remover sua saída de banho, ela se moveu até a borda para

mergulhar a ponta dos pés na água e testar a temperatura. Algo vermelho rodopiou pela água, e

ela franziu a testa.

Alina o viu pelo canto dos olhos. O pânico a inundou, mas foi só quando ela virou a cabeça

e reconheceu a forma que ela começou a gritar.

Seu pai flutuava de bruços na água, cercado por seu próprio sangue.

"Papai!", ela gritou. "Papai! Alguém me ajude!"

Girando para chamar os guardas de seu pai, seu pé deslizou para fora da borda. Ainda

gritando, ela se chocou com força contra a madeira antes de escorregar na água. Logo, seus gritos

foram abafados. A água estava congelando, e ela rapidamente afundou em choque. Quando ela

chegou ao fundo, automaticamente se impulsionou para cima, mas o sangue circulava ao redor

dela, e a histeria tomou conta.

Normalmente, Alina era uma ótima nadadora, mas a ideia de estar presa na piscina com o

corpo do pai a paralisou de medo. Mãos fortes a agarraram e a puxaram bruscamente da

piscina. Ela atravessou a superfície e lutou contra seu atacante.

"Alina! Alina, você tem que parar de gritar. Alina! Sou eu!"

A voz familiar finalmente penetrou em seu medo, e ela ofegou e balbuciou enquanto sugava

o ar. Kristof, um dos guardas de seu pai, puxou-a da água e envolveu sua toalha ao redor de seu

corpo, que tremia.

"Papai", ela ofegou quando ela virou a cabeça para olhar para trás. "Kristof, alguém..."

Kristof agarrou sua cabeça e a impediu de olhar para trás, "Alina, me ouça. Nós precisamos

ir."

"Ir? Ir para onde? Precisamos chamar a polícia.

"E nós faremos isso", ele disse calmamente. "Faremos isso. Mas quem matou seu pai ainda

pode estar aqui, e sua segurança é nossa primeira preocupação. Precisamos ir agora. Preciso que

você se acalme e respire".

Seu coração pulava contra sua caixa torácica enquanto ela pressionava sua cabeça contra

o peito dele. Uma ponta de vermelho pairava no canto de seu olho. Ela deve tê-lo salpicado com a

água sangrenta. Ela estremeceu. O homem acariciou seu cabelo molhado, e ela deixou que ele a

guiasse para longe da piscina.

"Timur", disse ele em voz baixa. "Nós precisamos tirá-la daqui. Peça a Ivan para chamar a

polícia e revistar o local em busca de quem não deveria estar aqui. Eu não preciso lhe dizer para

fazer isso o máximo possível antes da polícia chegar aqui. Mantenha isso dentro dos limites da lei,

mas queremos lidar com isso nós mesmos. Encontre-me na casa depois".

Timur disse algo em voz baixa, mas Alina mal podia ouvi-lo. O sangue rugia em seus

ouvidos, e ela não conseguia tirar a imagem da cabeça o suficiente para temer por sua própria

segurança.

"Papai", ela sussurrou. "Quem faria isso?"

"Seu pai tinha muitos inimigos", disse Kristof, enquanto a envolvia com um braço e a forçava

até a garagem. "Alina, eu preciso que você se concentre. Pelo menos até que a gente estar em

segurança. Você consegue fazer isso?"

Ela tropeçou quando ele continuou a arrastá-la, mas ela não conseguia lutar. Abrindo a

porta do passageiro de um dos carros, ele facilmente a colocou para dentro. Molhada e tremendo,

ela envolveu os braços em torno de si mesma e começou a balançar de um lado para o outro.

"Papai."

Gemendo, ela mal notou quando Kristof ligou o carro. Ele saiu da casa, e ela olhava para o

nada enquanto as árvores passavam voando. Seu pai estava morto. Seu pai estava morto. Era

como um disco arranhado em sua cabeça. Seu pai estava morto.

"Filho da puta", ele gritou de repente e pisou no freio. Movendo-se bruscamente para a

frente, ela imediatamente ergueu os braços e bateu contra o painel. A dor a puxou para fora de

seu estado hipnótico, e ela gritou. "Coloque o cinto de segurança", ele chiou.

Virando a cabeça para o lado, ela viu outro carro seguindo bem ao lado deles. O motorista

usava um capuz, e ela não podia distinguir suas feições, mas suas intenções eram claras. Ele virou o

volante e o carro se aproximou dela perigosamente. Ambas as janelas se quebraram quando algo

passou próximo de sua cabeça, e ela imediatamente se abaixou.

"Kristof! ", gritou ela.

Seu guarda-costas deixou escapar uma série de obscenidades e pisou fundo. Alina olhou

para o velocímetro e engoliu seco. Um movimento errado, e Kristof faria com que eles batessem

nas defesas metálicas. Mas o outro carro os acompanhou.

De repente, Kristof pisou novamente no freio e o outro carro avançou. Engatando a ré,

Kristof virou a cabeça e dobrou a esquina. Engatando a primeira marcha, ele disparou com o

carro pela outra rua.

"Por que alguém tentaria me matar?" Ela sussurrou enquanto virou a cabeça e olhou

desesperadamente para o perigo.

"Pense, Alina", ele disse suavemente. "Você poderia muito bem ter visto o assassino e não ter

percebido isso."

"Mas eu não vi", ela engasgou. "Eu não vi nem ouvi nada. Apenas papai flutuando na água."

Seu estômago se agitou, e ela o apertou com uma das mãos e tentou tomar algum fôlego.

"Você está em choque", disse ele, sombrio. "Você pode não saber o que viu ou ouviu. Há uma

boa razão para alguém tentar matá-la, Alina. Eles acham que você viu alguma coisa."

Ela fechou os olhos e tentou bloquear as imagens horríveis. "O que eu faço, Kristof? O que

eu devo fazer?"

"Seu pai se assegurou de que você seria cuidada", ele disse suavemente. "Você não precisa

se preocupar com isso, mas precisamos ter certeza de que quem matou seu pai não a mate."

Uma hora atrás, ela estava furiosa por seu pai ter bloqueado mais uma tentativa sua de se

mudar. Agora ele estava morto, e havia boas chances de ela nunca mais voltar para casa.

Eu nem sempre estarei aqui por você, princesa. Você precisa prestar atenção. Estou tentando te

ensinar a como se proteger.

Nunca havia lhe ocorrido que seu pai tinha razão. Ele nem sempre estaria por perto, e

agora alguém estava tentando matá-la.

* * *

Nikolai estava no meio de seu treino com a porta aberta. O suor escorria de seu corpo, e

seus músculos gritavam de dor, mas ele não estava pronto para parar. Agarrando o saco de

pancadas pesado para mantê-lo no lugar, ele franziu a testa. "Viktor, você sabe como eu me sinto

sobre interrupções."

O homem acenou com a cabeça respeitosamente. "Peço desculpas, mas acabamos de

receber a notícia de que Yuri Petrov está morto."

Suas entranhas se contraíram, e Nikolai estreitou os olhos. "O que aconteceu?"

"Um tiro na cabeça esta manhã, em sua propriedade. Sua filha o encontrou".

"Maldição", ele jurou e começou a desenrolar o pano em torno de seus dedos machucados.

Ele nem mesmo sentiu a dor. "Ela também está morta?"

Viktor sacudiu a cabeça. "Não. Seu guarda-costas imediatamente a tirou da cena do crime.

Ela está em um local seguro. Precisamos agir rapidamente se quisermos fazer a transição sem

dificuldades."

"O que as autoridades acham?" Nikolai perguntou, ignorando a última declaração de Viktor.

"Ninguém foi encontrado no local", disse Viktor. "Eu tenho certeza que eles aparecerão para

falar com você em breve."

Claro que sim. Nikolai seria o suspeito número um. "Eu acho que isso significa que eu deveria

tomar banho e trocar de roupa", disse ele com um suspiro.

"Você precisa tomar cuidado, senhor", disse Viktor gravemente. "Você pode ser o próximo."

"Yuri era um homem poderoso, mas era muito ingênuo", rosnou Nikolai. "Seu assassino não

vai me achar um alvo tão fácil."

Isso não era inteiramente verdade. Yuri não era exatamente ingênuo, mas Nikolai tinha

endurecido seu coração há muito tempo. Não acreditava em ninguém. Essa foi a única maneira de

sobreviver nesse tipo de negócio.

"Eu vou me levar," ele murmurou ao levantar do banco. "Vá em frente e entre em contato

com o meu advogado."

"Quer falar com a filha? "

Nikolai hesitou. A mulher não tinha muita utilidade, mas ele não podia deixá-la vulnerável.

Além disso, protegê-la iria provar a todos que ele era capaz do trabalho. "Ainda não. Vamos

esperar até que todos os papéis estejam assinados e Yuri esteja enterrado. Preciso que todos

compreendam que a máfia é minha justamente antes de assumi-la. Até lá, procure os guarda-

costas e verifique se eles têm tudo o que precisam."

"Sim senhor."

"Viktor, mais uma coisa".

"Sim?"

"Quais são as chances de que ela tenha matado seu pai?"

Viktor sacudiu a cabeça. "Ela não é como ele".

Nikolai o olhou desconfiado. "Isso não significa nada. Yuri não era um homem tão cruel. Se

ela tivesse noção do seu testamento, de tudo o que eu tomaria conta, ela poderia tê-lo matado de

raiva".

"Duvido, senhor. Não só não seria um movimento inteligente da parte dela, mas a menina tem

tentado fugir dele e de seu dinheiro por meses. Além disso, ela praticamente desmaiou ao vê-lo, e

tentaram matá-la enquanto seu guarda-costas a tirava da cena. Ela não é a assassina.

Interessante. "Bem. Eu quero o máximo possível de informações sobre ela. Não quero

surpresas".

O assassinato de Yuri não foi uma surpresa, mas a sobrevivência de Alina foi. Se ele

estivesse correto em suas suspeitas, o assassino não queria que ela sobrevivesse por mais uma

noite.

Viktor acenou com a cabeça e o deixou em paz. Nikolai terminou de secar o suor do

pescoço e pegou o telefone. Percorrendo as fotos, ele olhou para as imagens de vigilância que

havia tirado há cinco anos. Alina Petrov era uma mulher interessante. Frequentou uma faculdade,

inteligente, bonita, motivada e aparentemente inocente.

Tão inocente.

Ele apagou a maioria das fotos, mas algo sobre uma delas o fez guardá-la durante todo

aquele tempo. Na foto, ela havia acabado de tirar os óculos escuros e estava prestes a

cumprimentar alguém. Seu pai não estava interessado nas outras pessoas em sua vida, então

Nikolai não tinha perguntado, mas ele não podia deixar de se perguntar agora. Quem fez a

mulher sorrir tão brilhantemente?

Tão calorosamente?

Fazia muito tempo que ninguém o olhava daquele jeito. Nikolai tinha certeza de que ninguém

jamais o faria. Desligando o telefone, dirigiu-se para as escadas. Alina Petrov era uma

preocupação para outro dia. Não havia muito que ele pudesse fazer por ela agora. Assim que

assumisse tudo, ele a procuraria.

Até lá, ela estaria sozinha.

Capítulo Dois

Havia momentos em que Alina nem sabia o que estava acontecendo ao seu redor. Às vezes o

tempo parava, e outras vezes o dia corria sem que ela percebesse. Ela se levantava, ia para a

cama, e não tinha ideia do que tinha acontecido naquele intervalo de tempo.

Kristof e Timur não a perdiam de vista. Ela vagava sem rumo pelo local seguro, um

apartamento pequeno, mas bem mobiliado nos arredores da cidade e tentou se concentrar no que

faria em seguida.

Uma pequena mala de roupas a esperava no apartamento. Quando a polícia finalmente

liberou a cena do crime, ela conseguiu voltar para buscar mais coisas, mas seus guarda-costas não

a deixaram ficar, e ela realmente não queria.

O céu estava nublado no dia do funeral. Alina se sentou no banco, espremida entre Timur e

Kristof; seu tio Vadik, o gêmeo de seu pai e seu único parente vivo, sentou-se no banco atrás deles.

Ela não tinha ouvido falar dele desde o assassinato.

Um tiro de 38 na têmpora. Alina tinha estado perto de armas toda a sua vida. Ela podia

facilmente imaginar a arma que acabou com a vida de seu pai. As autoridades disseram que o

assassino provavelmente usou um silenciador e atirou em seu pai poucos minutos antes de ela entrar

na área da piscina. Ele estava morto antes mesmo de cair na água.

Ela tentou se confortar no fato de que ele não sofreu, mas isso não aliviava sua dor. Seu pai

estava morto. Sua última conversa com ele tinha sido cheia de raiva.

"Por quê? Por que você quer se mudar? Por que você quer me deixar?"

"Papai, eu sou adulta. Você acha que eu iria viver aqui para sempre? A faculdade terminou. Eu

quero explorar o mundo. Eu quero ter a minha própria casa."

"Eu não vou impedi-la."

"Mas você está! Você está impedindo que alguém aceite minhas propostas! Eu sei que você está!

Você está me deixando louca! Você está me tratando como uma prisioneira!"

Um nó apertou em sua garganta, e ela tentou engoli-lo. Agora não era o momento de

desmoronar.

"Alina?", sussurrou Timur. "Você quer sair e tomar um pouco de ar?"

"Já está quase acabando?", perguntou. "Eu não consigo respirar."

Ele a envolveu com um braço e a apertou suavemente. "Sim, quase. Aguente firme."

Timur e Kristof estavam com seu pai desde que ela era criança. Na época, eles eram

adolescentes arrogantes procurando crescer dentro da máfia, mas agora eram praticamente da

família. Saber que eles estavam cuidando dela era o único conforto que ela tinha. Eram como seus

dois irmãos mais velhos. Ela confiava neles.

Finalmente, uma oração silenciosa terminou o funeral, e ela se levantou. Agora ela só tinha

que suportar o enterro no cemitério, e ela finalmente seria capaz de deitar em sua cama com uma

garrafa de vinho e tentar afogar suas dores.

Alina se voltou para olhar a congregação. O lugar estava lotado. O território de seu pai

era grande, e embora o seu negócio estivesse encharcado de violência e sangue, ele protegia

aqueles que precisavam. Metade da cidade tinha aparecido para prestar homenagem, e parecia

que todos os olhos estavam sobre ela.

"Você acha que ele está aqui?" Ela murmurou, sem expressão. "Acha que o homem que

assassinou meu pai está me observando?"

"Vamos," Timur disse enquanto indicou para que ela andasse. "Esse momento não é sobre o

assassino. É sobre o seu pai, certo? Concentre-se nisso."

Assentindo com a cabeça, ela engoliu seco e entrou no corredor. Todos inclinaram a cabeça

e esperaram até ela chegar na porta. Todos menos um. Ela parou quando alguém passou em sua

frente para abrir a porta.

"Senhorita Petrov", disse ele com a voz grave.

Alina ergueu os olhos e o observou. Alto. Cabelo escuro. Olhos de um azul cristalino

devastador e um corpo que a distraiu momentaneamente. Ela o via ocasionalmente saindo de

reuniões fechadas com seu pai, mas nunca prestou atenção nele. Ela nem sabia o seu nome.

Aqueles olhos penetrantes nunca deixaram os dela enquanto ele segurava a porta aberta e

esperava que ela passasse.

"Obrigada", disse ela suavemente.

Ele assentiu solenemente, mas não disse mais nada. Kristof continuava a pressioná-la para a

frente, mas Timur parou para falar com o estranho em voz baixa. Por um momento fugaz, ela se

perguntou se aquele lindo homem teria matado seu pai. Ele estaria brincando com ela agora?

"Quem é ele?", perguntou ela, parando e virando a cabeça. Timur já estava se juntando a

eles.

"Seu nome é Nikolai Sokolov", resmungou Kristof em voz baixa. "Vamos, Alina. Temos de ir.

Todo mundo está esperando por você."

Obedientemente, ela baixou a cabeça e seguiu seus guarda-costas para fora. Eles a

acompanharam em ambos os lados, e ela observava com curiosidade a multidão em busca de

possíveis ameaças.

"Você realmente não acha que alguém me atacaria aqui, no enterro do meu pai, não é?"

"É sua primeira vez ao ar livre em dias", lembrou Timur. "Se eles tiverem pressa, sim, não há

dúvida de que eles irão atrás de você no funeral de seu pai."

As palavras a fizeram estremecer, e ela voltou a se recolher. Um sentimento mais intenso—

raiva—rapidamente anulou sua dor e seu medo. Ela deveria ser livre para chorar a morte de seu

pai, mas em vez disso, ela tinha que temer pela própria vida.

Poucos carros seguiram da igreja ortodoxa até o túmulo. A descida do caixão na sepultura

era somente para aqueles mais próximos de Yuri. Além de Vadik, todos eram sócios dos negócios.

Ao crescer, Alina passava boa parte do tempo se comportando mal porque achava que seu pai

amava mais seus homens do que ela. Era estranho ter que compartilhar aquele momento com eles.

O sol aqueceu sua pele quando ela se aproximou do túmulo, e ela franziu a testa. As nuvens

tinham desaparecido. Aquilo não parecia certo. O vento deveria uivar e os trovões ressoarem, mas

em vez disso, o dia estava rapidamente se tornando agradável. Até mesmo bonito.

Apenas mais um lembrete de que a vida não parou simplesmente porque ela estava

perdida.

"Vou dar uma olhada no local", disse Kristof em voz baixa.

Timur assentiu, e Alina percebeu que ele estava inquieto. Ela tomou seu braço, mais por

conforto do que por necessidade, e o deixou levá-la até as cadeiras metálicas dobráveis que

estavam alinhadas em frente ao túmulo aberto. Mais uma vez, ela seria forçada a se sentar na

frente e no centro.

Puxando seus óculos escuros para fora de sua bolsa, ela os colocou em seu rosto e olhou ao

redor. Pelo menos agora ela se sentia um pouco mais escondida. Um pouco mais segura.

A maioria das pessoas que saíam dos carros estacionados atrás dela era um tanto

familiares. Guardas. Sócios de negócios, suas esposas. Ela ouvia seus sussurros silenciosos e virava

a cabeça para ver quem estava ali. Um homem se destacou, e ela inalou bruscamente.

Nikolai Sokolov. O que ele estava fazendo aqui? Um par de homens seguiram atrás dele.

Seu olhar a provocou enquanto vagava pelo seu corpo, e Alina sentiu algum alívio por ele não

poder ver seus olhos.

Seu rosto endureceu, e ele franziu a testa e virou a cabeça. Alina olhou fixamente quando

Kristof fez um sinal para o homem e sussurrou algo em seu ouvido. Nikolai assentiu e Kristof dirigiu-

se para a parte de trás do cemitério.

"Alina?" Timur perguntou suavemente.

"Quem é esse homem?" Alina perguntou enquanto o deixava guiá-la até as cadeiras.

Sentada, ela nunca tirou sua atenção de Nikolai.

"Já lhe dissemos. O nome dele é—"

"Não o nome dele", ela cortou rapidamente. "Ele é importante. Por quê?"

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Passei dez anos na prisão, pagando por um crime que Pedro Cardoso, meu marido e o homem que eu amava, cometeu. Sacrifiquei minha juventude pela promessa dele de que me esperaria, cuidaria dos meus pais e me compensaria por tudo. Quando os portões da penitenciária se abriram, meu coração ansiava pe
Romance CrimeFamíliaTraiçãoVingançaAdvogados
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CHEFÕES DA MÁFIA - NA SOMBRA DO PODER

CHEFÕES DA MÁFIA - NA SOMBRA DO PODER

AutoraAngelinna
AVISO: Este livro é um ROMANCE SOMBRIO autônomo que contém cenas que podem ser gatilho para alguns leitores e devem ser lidos apenas por pessoas com 18 anos ou mais. SINOPSE ESTAMOS DESTINADOS A UM DESASTRE DESDE O SEGUNDO EM QUE NOS ENCONTRAMOS... Massimo D'Agostino é o herdeiro
Aventura 18+CrimeCasamento arranjadoAmor forçadoMáfiaPaixão / EróticaArrogante / Dominante
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Grávida de um Adorável Mentiroso

Grávida de um Adorável Mentiroso

mora campos
O que você espera do seu primeiro dia de trabalho? Um bom salário? Um bom ambiente de trabalho? Possibilidades de crescimento? Benefícios? Isso já seria suficiente para comemorar. Mas e se você conseguisse isso e algo mais? O primeiro dia de trabalho de Clara não se parecia com nenhum outro. Ela se
Romance 18+TraiçãoGravidezGêmeosCharmosoLocal de trabalho
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Amor e Ódio na Tempestade

Amor e Ódio na Tempestade

Gavin
A morte tinha o gosto de fumaça e o cheiro de carne queimada. A última coisa que vi foi o sorriso satisfeito de Ana, minha filha adotiva, do outro lado da porta trancada do porão, enquanto minhas chamas consumiam tudo. Fui eu quem começou o incêndio, meu ato final de vingança. Levar todos comigo:
Fantasia FamíliaTerrorPTSDTraiçãoVingança
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A Dona de Máfia

A Dona de Máfia

Kelsey W. S.
Quais as chances de uma criminosa extremamente fria e traumatizada se apaixonar por um agente da narcóticos? Dakota Drummond sofreu muito na vida, sempre envolvida no mundo do crime ao ver seu pai comandando a máfia que operava em Chicago. Ao conhecer um agente da narcóticos que fora enviado pa
Romance 18+CrimeTriangulo amorosoAmor a primeira vistaMáfiaEncantadoraGêniosPaixão / Erótica
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Traída e Grávida: Meu Novo Destino

Traída e Grávida: Meu Novo Destino

Gavin
No nosso aniversário de três anos, preparei o prato favorito do meu marido, Ricardo, vestindo o vestido do nosso primeiro encontro, esperando uma noite romântica. Mas ele chegou em casa, me ignorou completamente e, com o celular na mão, murmurou que estava cansado e já havia comido com clientes. H
Romance TraiçãoVingançaGravidezDivórcioCEO
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Grávida e Rejeitada na Máfia de Amane Anne

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