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O Corvo das Entranhas da terra

O Corvo das Entranhas da terra

James Nungo

5.0
Comentário(s)
17
Leituras
2
Capítulo

Depois de uma viagem até uma área onde há gente que esconde um segredo sombrio, a minha e vida e a dos meus colegas de trabalho mudou. Me deparei com algo que nunca imaginava que era possível existir e isso fez com que eu tivesse a inspiração de escrever um poema. Meu nome é Edgar Allan Poe.

Capítulo 1 Preso

Talvez passe um ano ou mais, que estou aqui, preso no que não consigo definir. As paredes as vezes ficam húmidas de uma forma repentina, coisa que não entendo por conta de não ouvir nem algum pingo do som agredindo alguma coisa. O hábito de ouvir as chapas que constituem o meu teto gemendo em contacto com o líquido divino me engana, talvez.

Bem, a cada dia que passa escrevo os meus pensamentos neste caderno que parece ter sido deixado aqui de propósito. Sinto saudades do sol e da brisa fora deste inferno que não intendo o que é.

O primeiro dia que percebi que estou preso, abri os olhos de repente como se fosse mais um dia para respirar, quando me vi preso. Lutei com a porta tentando abrir esta miséria, porém foi em vão e aqui continuo preso e insano.

Sinto a cada dia que passa que a minha mente vai me enlouquecendo, deixando-me insano e com os meus pensamentos tornando-se turbulentos e barulhentos. Mas estou feliz porque acho que existe uma esperança, pois tenho algumas páginas preenchidas dos meus pensamentos e factos que aconteceram comigo ou ao redor de mim.

Espera, quero ler um pouco. Começo em seguida.

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– E se a gente conversasse sobre a lenda de Zdondi? Acho que isso seria mais interessante do que essas piadas sem graça. – disse o adolescente naquela roda de gente miúda que nada de interessante aos olhos dos adultos fazia. – Acho que seria muito interessante se isso fosse verdade, mas você já disse; é apenas uma lenda. – disse Vladik, o mais preto de todos. – Calma, pode ser uma lenda, mas ela é muito interessante. Os céticos ali, no grupo de 7 amigos eram apenas dois. O Vladik e o Saraup, o resto acreditava na grande lenda. Os rostos dos 7 viraram para os céus e as nuvens distanciaram-se numa separação dramática para em seguida tudo ficar escuro e uma luz vermelha eclodir dos céus, nascendo de um ponto minúsculo e se expandindo, numa coloração que lembra sangue. Além dos 7 adolescentes, mais rostos viraram para aquele acontecimento e inevitavelmente o medo foi convocado para presenciar o desconhecido. O desespero atingiu aos 5 adolescentes sentados naquela roda, pois eles acreditavam na lenda do Zdondi e segundo os detalhes da mesma, o que estava acontecendo exatamente naquele momento era prelúdio da chegada da lendária entidade de 8 caudas que uma vez foi mencionada pelo grande caçador Simon Jhallen. Os animais assustaram-se também quando o céu pariu um fulgor de machucar os olhos acompanhado de um grito demoníaco que em seguida deu espaço a um riso de penetrar a alma. Tudo era tão rápido que era difícil de todos assimilarem a informação. A escuridão era assustadora e até os céticos ficaram abalados na terra de coisas estranhas, uma terra amaldiçoado, que é Moamba. Aquele foi o início de um caos que durou um mês de uma era das trevas...

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