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Sentada em meu quarto, pinto minhas unhas calmante, teria um encontro junto de minhas amigas, teríamos uma tarde de meninas. Desde que comecei o meu relacionamento com Vasco, não tinha mais tempo para elas e elas começavam a reclamar, principalmente a minha melhor amiga Sandra que, não gostava nem um pouco do meu namorado.
No início do meu relacionamento com Vasco, eu não entendia o porquê de ela não gostar dele, mas depois de mais de quatro meses juntos, começo entender o porquê de ela não gostar dele, Vasco não era mais o mesmo rapaz doce e galante que conheci no início, tinha se transformado num sujeito ciumento, possessivo e desrespeitoso. Nosso relacionamento não era mais o mesmo, nós nos víamos pouco, mas nas poucas vezes em que nos encontrávamos, nós brigamos feio, ora porque a minha roupa é curta demais ou porque eu olhei para um outro homem.
- Mãe! Eu vou sair com as meninas, vai precisar de mim? - indaguei parada na porta, minha mãe estava na cozinha fazendo um bolo.
Ela tinha o hábito de fazer tal coisa, todos os sábados, ela tirava os sábados para se dedicar aos filhos. Como contabilista, ela trabalha de segunda a sexta-feira, e sempre volta tarde da noite, ou eu e meu irmão mais novo estamos dormindo ou estamos ocupados com nossas tarefas escolares.
- Já? Pensei que fosse mais tarde, vai demorar? - retrucou parando de fazer seu bolo.
Minha mãe é tão parecida comigo que, às vezes pensou que estou olhando para mim mesma. Eu sou tão igual a ela, desde os dentes desorganizados que me davam um charme delicado, até ao nariz gigante que era nossa marca registrada. Eu tinha puxado as curvas da minha mãe, mas tinha puxado a falta de seios dela em compensação, eu tinha um corpo muito bonito, de dar inveja a qualquer um.
- Prometo chegar cedo, e te fazer companhia ao assistir a anatomia de grey, mesmo não gostando da série - prometi dando um beijo em suas bochechas.
Ela recebeu minhas palavras com um olhar ameaçador. Minha mãe é louca por Anatomia de grey, sempre tinha que acompanhá-la em suas maratonas semanais, mesmo que não gostasse da série, não que fosse chata, mas eu detesto sangue.
- Acho bom, não posso ver aquela obra de arte sozinha - informou se virando e voltando toda sua atenção ao bolo.
- Se refere a série ou aos médicos bonitões? - indaguei me afastando porque eu sabia que ela me lançaria com o pano em suas mãos. Antes que eu conseguisse sair da cozinha, senti o pano atingir meus ombros e o grito da minha mãe vindo da cozinha.
- Me respeita menina! Eu ainda sou tua mãe! - minha mãe berrou da cozinha e eu fugi de lá.
Sai até o quintal da minha casa e fui até a garagem de casa, levei o meu carro e fui até a casa da minha amiga Sandra. Diferente de muitas casas convencionais moçambicanas, a minha casa tinha um arquitetura nigeriana, em que a base da casa aparenta ser muito pequena e não suportar o peso do tecto, daí que é sustentada por Piras enormes e possui um tecto em formato de cone. Em Moçambique, para ter uma carteira de motorista é preciso atingir a maioridade que cá, é com dezoito anos, só que para tal é necessário sofrer muito, muito mesmo, pois, a burocracia neste está mais abundante que carteiras em salas de aulas. Quando alguém jovem como eu, consegue ter uma carta de condução em tão pouco tempo, ou pagou ou tem um familiar trabalhando no INATER, que é a entidade responsável, por emitir as cartas de condução. A viagem da minha casa, até a casa da minha amiga, não durou muito tempo, pois, apesar de estarmos em bairros diferentes, nós estamos no mesmo distrito e não é muito difícil sair da Matola gare até o Malhapsene.
Assim que chego no condomínio dela, tenho que me identificar e falar para onde vou. Assim que autorizam a minha entrada, vou directo a casa dela.
- Amigaaaa! Você está linda - Sandy gritou assim que me viu entrando em sua casa.
- Ai! Obrigada, mas você é suspeita ao dizer uma coisa dessas, você é minha melhor amiga e óbvio que tem a obrigação de me bajular -retruquei com humor e isso arrancou uma gargalhada dela.
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