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O cheiro da fazenda, que antes trazia paz a João Carlos, agora pesava em seus pulmões, lembrando-o do dia em que salvou Maria Eduarda, uma mulher da cidade grande, e a amou contra o bom senso.
Ele a ajudou a forjar a própria morte para que ela pudesse se vingar no Rio, e ela conseguiu, voltando triunfante, casando-se com ele, mas a paz durou pouco.
O silêncio na casa era a prova de seu erro: o berço vazio no quarto do bebê era um eco da dor. Seu filho, sacrificado, pois Maria Eduarda usou o órgão do bebê para salvar Pedro Henrique, seu amor de infância, que adoeceu supostamente porque João Carlos a "impediu" de voltar a tempo.
Ele segurava um pequeno sapato de lã, presente de sua mãe, Dona Clara, ele não chorava, as lágrimas haviam secado. Maria Eduarda, elegante e sem remorso, o encontrou no chão.
"Você vai ficar aí se lamentando para sempre, João Carlos? Levante-se, temos coisas a resolver."
Quando ela ordenou que a "floresta sagrada" de sua família, o cemitério de seus ancestrais, fosse desmatada para Pedro Henrique, algo em João Carlos finalmente quebrou, uma fúria que ele não sabia que tinha.
"Você não vai tocar na floresta!"
Mas Maria Eduarda mostrou sua jogada: a vida de Dona Clara dependia da cooperação de João Carlos. Ele cedeu, a fúria se esvaziou, substituída por um desespero gelado. No dia seguinte, os tratores rugiram, derrubando as árvores.
Quando Marcos, seu capataz, veio chorando para dizer que sua mãe havia sofrido um "acidente" fatal, João Carlos soube.
"Foi você! Você a matou!"
Ele a atacou, mas foi contido e espancado pelos seguranças, derrubado no chão, ferido e impotente, ela ordenou que o trancassem no galpão, sem comida nem água.
"Ele é um homem do campo, é forte, um pouco de dor só vai ajudá-lo a pensar melhor."
Dias depois, Maria Eduarda o arrastou para a floresta devastada, forçando-o a se ajoelhar diante de Pedro Henrique, o homem por quem ela sacrificou tudo.
Lá, entre serragem e valas, ele viu o relicário de sua mãe no entulho.
Isso não era mais sobre um casamento fracassado ou amor perdido.
Era sobre profanação e a traição final.
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