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ESTELA
O clima estava muito tempestuoso lá fora, parecendo o fim do mundo. Eu estava nervosa vendo o céu pela janela da carruagem, com meus dedos entrelaçados com os de Sarah que dormia levemente ao meu lado.
Prometi protege-la, como ela sempre fez comigo, desde que me encontrou em uma cesta em frente à porta da casa de seus pais. Saber que ela insistiu em ficar comigo, como uma irmãzinha que ela precisa para ser feliz, quebra o meu coração só de lembrar de tudo o que ela passou, para no fim precisarmos fugir o mais longe possível da aldeia. Me proteger nunca foi uma tarefa fácil para Sarah, independentemente da minha idade — mas agora fugir do mundo está sendo arriscado tanto para mim, quanto para ela. Arriscar sua vida por mim, foi uma de demonstrar seu amor por mim. Também irei protege-la até a minha morte — se for possível eu morrer.
— Chegamos, — disse o cocheiro me tirando de meus pensamentos. Sarah e eu insistimos a ele para que nos levasse para o castelo, mesmo que todos presentes na multidão querem minha cabeça em uma bandega de ouro — e não de prata. — Vinte xelins. — esclareceu o cocheiro depois que saímos da carruagem.
— Mas você disse cinco xelins! — eu exclamei indignada com sua mudança de valor pela viagem.
— Mudei de idéia, quero vinte xelins. Olha para o céu, garota, preciso de uma garantia se chegarei em casa vivo. — ele deu de ombros.
Revirando os olhos para ele, entreguei minha bolsa de moedas que tinha juntado por um tempo, sabia que aquele xelim seria útil para alguma coisa, mas não para pagar absurdo para um cocheiro por nós trazer até o castelo. Contando cada xelim até tem vinte em minha mão, entreguei ao cocheiro com uma expressão exasperada.
— Bom show as damas, espero que gostem de ver a cabeça daquela bruxa em uma bandeja de ouro antes do sol nascer. — ele disse e depois virou de volta em direção a floresta.
— Não ligue para ele. — disse Sarah tocando no meu ombro.
Ela percebeu que aquele comentário me ofendeu, ela sempre sabia quando eu estava incomodada com algo. Anos um ao lado da outra, sabíamos de tudo sobre a outra, até mesmo as nossas fraquezas.
— Vamos, não podemos nos atrasar, senão as pessoas ficaram desconfiadas. — ela disse pegando minha mão e me puxando para o portão do castelo que estava lotado com a multidão.
Adentrando no castelo, ouvindo os gritos agudos de todos os soldados e guardas, minha barriga revirou com a crueldade visível em cada rosto desses seres humanos. Homens que sobreviveram guerras, ataques, humilhações e várias outras coisas. Senti vários olhares quando estavámos passando pela multidão, olhares que me deram medo e despertado meu interior protetor. Chegando em uma das altas fileiras estendidas nas arquibancadas do estádio de guerra, conseguimos ver todos presentes querendo a cabeça da última bruxa viva na terra, — que no caso era eu. A garota que todos queriam morta.
O olhar do rei era de raiva, pela morte de seus soldados que a penúltima bruxa os matou. Eu não consegui saber nada sobre ela, tentei perguntar para os moradores da aldeia, mas todos eles disseram a mesma coisa: "quem se importa, ela era uma abominação!". Tentei não parecer afetada com os comentários maldosos sobre nós bruxas, mas eles nunca poderiam saber a verdade sobre mim. A única pessoa que me aceitou por quem eu sou foi Sarah.
Olhei para ela que estava em choque ao meu lado, olhando para as catapultas soltando bolas de fogo sobre o ar, dizendo que queria a última bruxa morta. Será que eles me matariam? Será que eles saberiam que eu era uma bruxa?
As bruxas em nosso mundo eram consideradas uma espécie de humano demoníaco, que matam pessoas, inocentes ou não, e as levam para o inferno consigo. Bruxas querem disser perigo que não eram estampados em nossos rostos, mas que a nossa bondade era chantagens para os humanos. Bruxas não tinham sentimentos e nem coração, às vezes eu queria perguntar a eles o que é isso que bate no meu peito.
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